UMA QUESTÃO DE SAÚDE

Rastreio da Retinopatia Diabética em Mangualde
A Direção-Geral da Saúde (DGS) fundamenta que a Diabetes constitui um grave problema de saúde pública, nomeadamente pela sua elevada prevalência, e é necessário que no Serviço Nacional de Saúde se desenvolvam esforços acrescidos na prevenção, identificação e tratamento das suas complicações major.
As complicações tardias da Diabetes, de forma silenciosa, afetam cerca de 40% dos diabéticos e muitas vezes já estão instaladas quando são detetadas. A redução dos seus danos é possível através de um controlo rigoroso da glicémia, da tensão arterial e das gorduras no sangue (lípidos), bem como de uma vigilância periódica dos órgãos mais sensíveis (olho, rim, coração, etc.).
De um modo geral podemos dividir as complicações em:
1. Microvasculares (lesões dos vasos sanguíneos pequenos): retinopatia, nefropatia e neuropatia.
2. Macrovasculares (lesões dos vasos sanguíneos grandes): doença coronária, doença cerebral, doença arterial dos membros inferiores e hipertensão arterial;
3. Neuro, macro e microvasculares (incluem alterações de vasos sanguíneos pequenos, grandes e de nervos): pé diabético;
4. Outras complicações: disfunção sexual, infeções, etc.
RETINOPATIA DIABÉTICA
A retinopatia diabética é uma manifestação oftalmológica de diabetes mellitus, e uma das principais causas de cegueira evitável a nível mundial na população entre os 20 e 64 anos de idade.
A sua principal causa é o aumento dos níveis de açúcar no sangue (glicemia), que provocam alterações nos pequenos vasos sanguíneos da retina, no interior do olho. Estes vasos alterados deixam sair líquido e sangue para a retina

Habitualmente não há alterações da visão, logo pode evoluir para formas bastante avançadas sem provocar qualquer sintoma. A visão surge alterada quando estas complicações atingem a mácula, podendo provocar visão turva ou desfocada, sensação de moscas volantes e perda súbita da visão.
Após 20 anos de evolução da Diabetes, entre 60 a 90% dos diabéticos sofrem de retinopatia diabética. A duração da doença e o mau controlo metabólico (glicémia e pressão arterial) constituem os principais fatores de risco para o aparecimento da retinopatia.
O seu diagnóstico é possível através da observação periódica do fundo do olho e a deteção precoce da retinopatia diabética constitui a melhor proteção contra a perda visual.
Todos os casos necessitados de observação e tratamento especializado em oftalmologia são orientados para o hospital de referência. Uma vez detetada a retinopatia diabética, o seu tratamento pode passar por várias modalidades (LASER, cirurgias ou injeções intra-oculares).

QUANDO REALIZAR O RASTREIO DA RETINOPATIA DIABÉTICA?
Idealmente, todos os anos.
- Se é diabético tipo 1 iniciará a sua realização após a puberdade ou 5 anos após o diagnóstico se o aparecimento foi posterior à puberdade;
- Se é diabético tipo 2 iniciará a sua realização logo após o diagnóstico;
- Na gravidez a vigilância deve fazer-se trimestralmente.

É DIABÉTICO? TEM MÉDICO DE FAMÍLIA EM MANGUALDE?
Então será convocado para a realização do Rastreio da Retinopatia Diabética nas datas que se seguem. Caso não aconteça, dirija-se à sua Unidade de Saúde Familiar (USF) até ao último dia previsto para o seu agendamento!
USF Terras de Azurara: 20 de Março a 13 de Abril
USF Mangualde: 17 de Abril a 12 de Maio

RASTREIO TOTALMENTE GRATUITO!
Lembre-se... prevenir complicações significa controlar de forma eficaz a diabetes e diagnosticar precocemente. Embora a população diabética seja uma população de risco é perfeitamente possível manter as complicações longe se cumprir a terapêutica de forma eficaz e se levar um estilo de vida saudável.

Aproveitamos ainda para dar conhecimento que a Unidade Móvel de Rastreio da Liga Portuguesa Contra o Cancro já se encontra nas instalações do Centro de Saúde de Mangualde para realização do Rastreio do Cancro da Mama (Mamografia Gratuita) entre os dias 2 de Março e 7 de Maio de 2017 (2ª a 5ª feira: 9h15 às 12h30 - 13h30 às 17h00; 6ª feira: 9h15 às 12h30 - 13h30 às 16h30). Serão enviadas cartas-convites às mulheres em idade rastreável (45-69 anos). Todas as mulheres entre os 70 e os 74 anos de idade, inclusive, que se dirijam ao local ainda poderão realizar mamografia, se assim o desejarem.

(fontes: apdp.pt, dgs.pt e ligacontracancro.pt)
Madalena Fátima
Patrícia Bica Costa
Rita Luís Nunes