Caros mangualdenses, minhas senhoras e meus senhores
Em muito agradeço a presença de todos vós. É com enorme prazer que me dirijo a todos vós neste dia, e em reta final para as eleições, mas com uma vontade de dar um contributo de valor para o desenvolvimento de Mangualde.
Quero dizer que sou candidato, em primeiro lugar, porque acredito neste projeto. Aceitei este desafio, porque Mangualde é a minha casa há já mais 30 anos e me considero Mangualdense, vim como guarda fiscal e de lá estou reformado. Não tenho necessidade de tacho algum. Foi aqui que vinguei e foi aqui que escolhi estabelecer raízes, construir a minha família e o nosso ganha-pão. Estimo bastante a nossa terra e rapidamente aceitei a oportunidade de finalmente poder fazer o que é preciso, e dar resposta às necessidades que fui identificando ao longo destes anos todos.
Encetámos esta caminhada, sabendo de antemão o que nos espera: responsabilidade e muito trabalho. Mas sabemos mais do que isso: sabemos o que tem de ser feito e como fazê-lo, sabemos o que Mangualde precisa e merece. Temos de apostar mais no turismo e na industria que é de todos nós.
Como sabem, sou empresário e como empresário tinha muito a dizer. Não sou político, nem frequentei essa escola. Frequentei outra, que muito me ensinou, e que pouco se encontra nos tempos que correm. Fui desde menino trabalhador na agricultura, e em tudo que demais fosse necessário. Eram outros tempos, em que a pobreza e o trabalho não se estranhavam, porque eram o dia-a-dia. Tudo advinha do esforço e da vontade que ele se viesse a concretizar no que precisávamos.
Cresci com vontade de ser mais e conseguir mais. Construí um negócio que nos desse isso. Nunca tive grande sucesso na escola, pois tinha de trabalhar. Eu queria ir, e fazer acontecer! Consegui. Consegui com a ajuda de todos vós e da minha família. Com os meus filhos a empresas subiram para outros patamares como já é notório. O Boca de Sapo feito em pedra é exemplo disso.
Nunca tivemos um emprego, mas tivemos muito trabalho. Como é do conhecimento geral estou reformado da Guarda Fiscal, mas ainda lá, assentei muito tijolo pago ao metro quadrado. Tinha de ser assim. Porque só se consegue alguma coisa com trabalho e é o trabalho dignifica o homem.
Agora não é diferente. É com muito trabalho que Mangualde se torna o que sempre quisemos, precisamos e ainda não tivemos! Quero fazer parte de uma solução para o concelho. Sou um homem de construção e Mangualde tem muito por construir!
Quando considero que algo é mal feito, ou deveria ter sido feito e não foi, eu denuncio-o. Como sabem nas páginas do jornal Renascimento já correu muita tinta. Porque as pessoas têm de ser responsabilizadas e chamadas a responder pelo incumprimento das suas promessas. Porque em oito anos de mandato da atual presidência nada fez. E nada fez em relação às expetativas surreais que criou.
Todos nós nos lembramos que em 2009, o então José Sócrates fazia de Mangualde o seu paradeiro, numa sede de campanha que veio a criar a ilusão nos mangualdenses que seria com a atual Presidência que Mangualde iria dar um salto qualificativo no desenvolvimento e na senda do progresso. Volvidos estes 8 anos de mandato damos conta que todas as promessas eram fogo de vista. E volta a prometer.
Temos o quartel da GNR, sim, temos, uma grande obra, esta é uma grande obra mas tem a chancela do PSD foi no governo do PSD.
Agora desculpa-se com a dívida e que baixou a dívida. Ora, eu até diria que se é verdade que a baixou, também é verdade que a podia ter baixado muito mais. Bastava não ter gasto 2 milhões em avenças, com amigos e ajustes diretos. Além disso, lidar com a dívida não é desculpa suficiente para não investir no progresso. A Zona Industrial do Salgueiro continua com as mesmas delimitações e sem incentivo a que novas empresas se fixem e radiquem em Mangualde, e que com elas cresça o emprego no concelho. Dizem que até investiram, pois pintaram placas e ordenaram os espaços por letras... Não chega. Não pode chegar. É pouco, amigo João.
A bandeira do atual executivo para chegar ao poder foi terem uma linha direta ao seu amigo Sócrates e acondicionarem a lagoa a céu aberto na lavandeira, todos nós nos lembramos. Volvidos estes oito anos está tudo de igual forma. E desta volta não só em Mangualde, mas pelo Concelho fora. De norte a sul do concelho e este a oeste sente-se um ambiente nauseabundo, que é urgente tratar. Eu sei e muitos sabem onde existem estas desgraças pelo concelho fora.
Precisamos de devolver a política ao povo, porque é esse o significado de democracia. Enquanto Presidente da Assembleia é essa a minha intenção. Será sempre essa a minha campanha e o meu propósito. Quero ser um Presidente da Assembleia interventivo, com os seus membros e com o povo. Quero que se torne num espaço de verdadeira discussão de questões da praça pública, onde as pessoas possam encontrar soluções e deem o seu contributo.
A Assembleia deve ser isenta de interesses alheios e é o meu objetivo que assim seja. É o espaço político em que o público tem o direito de expressar as suas preocupações e colocar dúvidas, que vê respondidas. É a ponte entre a política e o povo. E deveriam haver mais! Como Mangualdense, e vosso conterrâneo, será esta a minha prioridade: ouvir-vos.
Aproveito esta ocasião para agradecer o apoio e amizade de todos em geral. Conseguiremos dar um novo rumo a Mangualde!
Por fim um sinal de esperança. Estou e estarei sempre em favor dos mais necessitados, para mim todo o ser humano tem a mesma importância, os deformados, rejeitados, doentes, humilhados, explorados, famintos, sujos ou abandonados. É este o meu propósito, é esta a minha vontade. Mais ainda. Estou aqui para trazer paz. Paz de espírito e paz na vida política.
Obrigado a todos e até já.
Quero dizer que, como Presidente da Assembleia Municipal de Mangualde, todos vós sabeis onde me encontrar, em qualquer uma das minhas empresas ou, por aí.
Nunca me calarei e estarei sempre ao vosso serviço.
Obrigado a todos.