EDITORIAL Nº 731 – 15/5/2018

serafim tavares
Caro Leitor,
O Presidente da República veio a público dizer, que se o governo nada fizer em relação a incêndios, pondera não se recandidatar. Até que enfim, que haja alguém que coloca os interesses nacionais acima dos interesses pessoais.
O segredo de justiça impediu a divulgação, em mais de cinco meses, do incêndio de Pedrogão Grande, mas ao tornar-se público, aí o Ministério Público autorizou a sua divulgação.
O momento mais mórbido do atual governo foi os incêndios do último verão.
Primeiro a Ministra não se demitia, dizia não ser culpada. Mais tarde, saltou da cadeira.
O responsável da proteção civil a nível nacional também dizia não ter culpa, mas este serviço acabou esfrangalhado. Eu vi com os meus olhos os Bombeiros na estrada do Coval no início de um incêndio, já ardia, e os Bombeiros deixavam arder à espera de ordem para atuar. Sei lá de onde. Ouvia-se dizer, da central que era Lisboa?
Está a chegar outro verão. Ninguém sabe o que nos espera ou para onde vamos.
É nítido que este governo e seus seguidores só se preocupam em primeiro lugar com a sua imagem, é tudo pensado e a informação estudada antes de falarem à comunicação social. Na dúvida, ou não sabendo o que vem a seguir, não se diz nada, os portugueses engolem a imagem. É este o rumo de 95% dos Socialistas.
Ao governo, a este ou outro qualquer, é exigido que governe e bem, que coloque o interesse nacional acima do interesse pessoal ou da cor política.
Quem gere dinheiros públicos que é o caso, define políticas com consequências na vida dos cidadãos. Na saúde, segurança, educação e justiça, este triângulo tem direta ou indiretamente muito impacto no bem ou no mal dos Portugueses.
No domingo transato foi o dia mundial da comunicação social e o Exmº Sr. Padre Rocha de Mangualde, falou na sua homilia a favor da transparência, um assunto de relevante importância sendo ele próprio Presidente do N. da Beira. Daqui as minhas saudações.
A transparência ou ocultação são graves, mas o problema não é dos jornalistas, mas de toda a sociedade quando esta se cala.
Abraço amigo,