Arquivo mensal: Março 2016

EDITORIAL Nº 681 – 15/3/2016

SR

Caro leitor,
Todos os dias sou abordado por pessoas que me sugerem com incentivos que eu assuma mais responsabilidades na contribuição para o desenvolvimento de Mangualde, nomeadamente que me envolva mais na participação política. Respondo-lhes, no entanto, que como empresário não tenho tempo para esse tipo de devaneios. Gosto bastante de ser empresário, pelo que contribuo assim para o desenvolvimento local, com o que posso fazer e com o que faço por gosto.
Com vinte e dois anos fui admitido na Guarda Fiscal, na altura uma corporação honrada na medida de poucas outras. Ainda hoje tenho memórias bastante claras e saudades daquelas vivências. Felizmente, fiquei jubilado da mesma. Ficou ainda na bagagem, um louvor atribuído na quinta companhia de Aveiro que ainda hoje me enche de orgulho, assim como aos meus.
Nos seguintes anos 80/90, construí a minha própria casa, com os saberes que tinha aprendido aos 19 anos.
Por baixo dessa mesma moradia, no bairro da Imaculada Conceição, abri uma oficina de granitos. Os passeios do bairro cheios de pedra são uma imagem que quem lá vivia ainda guarda.
Depressa se tornou pequeno esse espaço e, crescendo, investi num pavilhão na Zona Industrial do Salgueiro, cujo emprendimento me parecia bastante moroso. No entanto, volvidos dez anos, a falta de espaço levou-me a adquirir mais terreno e um novo pavilhão, este com área coberta superior a 4000 metros quadrados. Desta vez com tecnologia moderna, para melhor continuar a fazer face às necessidades dos clientes, também agora cada vez mais exigentes, felizmente.
Em 2012, fui contactado para ficar com parte da empresa Jornal Renascimento. No início não ponderei sequer dizer que sim, mas à procura de um desafio, rapidamente aceitei, sabendo que os mangualdenses não podiam nem deviam perder este órgão de comunicação social, que em 2027 vai fazer um século. Infelizmente, outros marcos regionais não resistiram, como foi o caso da rádio voz de Mangualde. Subsistiu este jornal, feito com os contributos do povo, para o povo.
No final de 2015, aceitei um novo desafio, desta volta mais melindroso e de maior responsabilidade e dignidade. Com a compra de 50% da Ferraz e Alfredo, procuro agora manter o respeito, a dignidade e honestidade na empresa, a par com o trabalho.
Posto isto, não tenho de facto tempo para contemplar coisas ademais, e por vezes, a mim alheias. Prefiro manter-me com a seriedade de sempre, e assim continuar a dar-me no dia-a-dia com toda a comunidade, mais rica e mais pobre. Neste registo, tenho e terei a disponibilidade necessária para ajudar todos os que de mim precisarem.

Abraço amigo,

RECORDAÇÕES

janeiras

EUGÉNIO SALVADOR
1908-1992
Eugenio Salvador Marques da Silva nasceu em 1908 e faleceu em 1992. Estreou-se no palco como amador em 1923 no Teatro Nacional na peça “O Regente” e como profissional já com 5 anos de Conservatório a 5 de Novembro de 1927 na peça “Grão de Bico”, no Maria Vitória, e no papel de “Marçano Barata”. Foi considerado um dos mais talentosos actores do Teatro Português.
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MAIS DE DUAS CENTENAS DE CRIANÇAS EM MANGUALDE 3º Encontro de Futebol Distrital de Petizes e Traquinas

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Num ambiente de muito futebol e de muito convívio, decorreu em Mangualde no passado sábado, dia 5 de março, no Estádio Municipal, o 3º Encontro de Futebol Distrital de Petizes e Traquinas. A organização foi da Associação de Futebol de Viseu em parceria com o Município de Mangualde.
Neste encontro contou com a participação de mais de 200 crianças distribuídas pelos seguintes escalões e clubes: Sub6 – G.D. Mangualde, Dínamo, O Crasto e Santo André; Sub7 – G.D. Mangualde, Dínamo, Sátão, Os Pestinhas, Académico, Carregal do Sal, Vila Nova de Paiva e Galfarritos; Sub8 – Dínamo, O Crasto, Santo André, Galfarritos, Viseu Benfica, G.D. Mangualde, Cinfães, Académico, Carregal do Sal e Sátão; e Sub9 – Cinfães, Viriatos, G.D. Mangualde, Dínamo, O Crasto, Oliveira de Frades, Académico, Vila Nova de Paiva, Sátão, Viseu Benfica, Santo André e Os Pestinhas.

CÂMARA DE MANGUALDE ALERTA PARA OS CUIDADOS A TER NA PREVENÇÃO E COMBATE DO ESCARAVELHO DA PALMEIRA EVITE PROBLEMAS PARA O ECOSSISTEMA E PARA A SAÚDE PÚBLICA

Consciente dos problemas para o ecossistema e para a saúde pública que o “escaravelho da palmeira” pode causar, a Câmara Municipal de Mangualde alerta para os principais sintomas a detetar e para as principais formas de o combater.
O “escaravelho da palmeira”, também conhecido como “escaravelho vermelho”, ataca diversas espécies de palmeiras provocando estragos importantes que podem conduzir à sua morte. Alguns dos sintomas que nos permitem detetar a eventual presença do inseto são: folíolos roídos e desiguais, em particular nas folhas centrais - aspeto serrilhado, folhas centrais pendentes, facilmente destacáveis, orifícios e galerias na base das folhas, também visíveis na zona de corte das podas, presença de larvas e/ou casulos com pupas ou adultos na base das folhas, coroa desguarnecida de folhas jovens no topo, coroa com aspeto achatado pelo descaimento das folhas centrais - aspeto chapéu-de-chuva aberto.
Se estes sintomas se verificarem é urgente tomar medidas. Assim, no caso das palmeiras muito infestadas ou mortas deverá proceder-se ao abate e destruição da mesma. Contudo, deverá ser tratada com produto homologado antes do corte para evitar dispersão dos adultos no momento do abate. Este tratamento pode ser dispensado se o abate for efetuado entre Novembro e Fevereiro. Após eliminação das folhas, cortar a coroa e o espique até não se observarem galerias da praga na zona de corte, aplicar pasta cicatrizante com ação inseticida na zona de corte do espique, recolher todos os materiais e resíduos (p.e. – casulos) resultantes do abate, destruir no local por queima, trituração ou aterro a pelo menos 2 metros de profundidade. Na impossibilidade de destruir no local, o transporte deve ser efetuado em camião fechado ou coberto com lona ou rede que evite a dispersão de insetos, devendo a destruição (queima, trituração ou aterro) decorrer com a maior brevidade possível.
No caso das palmeiras com sintomas leves ou pouco infestadas deverá efetuar uma poda sanitária e tratamentos fitossanitários, de forma a eliminar todas as folhas que apresentem orifícios ou galerias provocadas pela atividade das larvas e proceder à limpeza de toda a parte afetada da palmeira até chegar aos tecidos sãos, tendo o cuidado de não danificar o gomo apical.
Por fim, no caso das palmeiras sem sintomas visíveis, deverão ser aplicadas medidas culturais preventivas e, se houver risco fitossanitário, tratamentos fitossanitários. A poda deverá ser feita entre novembro e fevereiro.
Podar só as folhas secas, evitando podas excessivas (tipo “ananás”), deverá efetuar cortes lisos e não lascados, destruir por queima, trituração ou enterramento os resíduos resultantes da poda. Se necessário o corte de folhas verdes, proteger a superfície de corte com pasta cicatrizante com ação inseticida. Se localizadas nas proximidades de exemplares atacados, efetuar tratamentos fitossanitários.