Arquivo diário: 2 de Março de 2022

EQUIPA PARA A IGUALDADE NA VIDA LOCAL REUNIU NO MUNICÍPIO DE MANGUALDE


O Município de Mangualde recebeu a Equipa para a Igualdade na Vida Local para a realização de uma reunião de trabalhos, que aconteceu no passado dia 22 de fevereiro, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Mangualde. A iniciativa decorreu na sequência do projeto “+Igual Viseu Dão Lafões”, desenvolvido pela Comunidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões, em parceria com os 14 Municípios associados.
Esta reunião deu início ao processo de elaboração do Diagnóstico do Plano Municipal para a Igualdade. Estiveram presentes membros da Equipa para a Igualdade na Vida Local de Mangualde e o consultor da Biosphere Portugal.
O Diagnóstico do Plano Municipal para a Igualdade visa identificar e priorizar as necessidades do Município em matérias alinhadas com a Estratégia Nacional para a Igualdade e a Não Discriminação, nomeadamente no que respeita à igualdade entre homens e mulheres, prevenção e combate à discriminação em razão do sexo, origem racial e étnica, idade, deficiência, nacionalidade, orientação sexual, identidade de género, entre outros, bem como a prevenção e combate de todas as formas de violência contra as mulheres e de violência doméstica.

MANGUALDE ACOLHE A PRIMEIRA SESSÃO DE CAPACITAÇÃO ARTÍSTICA DO PROJETO “ALTAMENTE”


O Município de Mangualde deu início ao Projeto ALTAMENTE, no passado domingo, dia 20 de fevereiro, com a primeira sessão de capacitação artística. Uma das iniciativas delineadas para o ano 2022 que decorre no âmbito do Projeto Intermunicipal “Alto Mondego Rede Cultural”, envolvendo os Municípios de Mangualde, Nelas, Fornos de Algodres e Gouveia.
O projeto ALTAMENTE visa trabalhar a vertente da música, envolvendo os agentes locais. Desta forma, foram convidadas a integrar esta iniciativa as Associações Culturais locais, as Bandas Filarmónicas e os Ranchos Folclóricos.
Os elementos inscritos participarão em quatro sessões de capacitação na área da música, que contam com a presença de artistas de reconhecida experiência em matéria de criação e qualificação artística e cultural, que terão como missão a transmissão de conhecimentos e de novas técnicas artísticas, estimulando o desenvolvimento de um trabalho criativo e qualificado nas áreas das artes, em específico da música.
Nestas sessões serão trabalhadas novas competências alicerçadas na identidade cultural do território constituindo uma vantagem para as próprias entidades, para o território da rede cultural e para toda a envolvente regional, no sentido de alavancar a qualidade da oferta cultural.
Este trabalho de capacitação culminará com a realização de 8 espetáculos, dois em cada um dos quatro Municípios da Rede, com datas já previstas: Mangualde - 3 de abril e 10 de junho; Fornos de Algodres – 2 de abril e 11 de junho; Nelas – 23 de abril e 18 de junho; Gouveia: 10 de abril e 19 de junho.
O projeto ALTAMENTE é apoiado pelo Centro 2020, Portugal 2020 e União Europeia, através do fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.

MANGUALDE – UMA TERRA COM FUTURO

A Nova Barragem de Fagilde
Nos últimos tempos tornou-se recorrente afirmar que a civilização se encontra numa época de transição. Confrontados com a transição energética, com a transição climática e com a transição digital, por vezes esquecemos que todas elas se interligam e, que as respostas aos desafios que cada uma delas levanta, estão absolutamente dependentes das estratégias a definir para cada uma das outras.
Colocando o foco na transição climática, cuja emergência é cada vez mais evidente, é hoje claro que a bacia do Mediterrâneo, região na qual Portugal se insere, será das mais afetadas pelas alterações climáticas. O clima português, caracterizado pela grande irregularidade de chuvas, em que os anos muito secos vão alternando com anos húmidos, verá acentuar a escassez de chuvas e segundo os peritos do clima verá concentrar cada vez mais essa quantidade de precipitação em períodos cada vez mais curtos. Tudo aquilo que puder ser feito na melhoria da gestão das bacias hidrográficas, nomeadamente na drenagem, na eficiência do tratamento, transporte e distribuição de água e na gestão e tratamento das águas residuais deve ser encarada como prioridade nacional. Num ano de seca, como o que vivemos atualmente e que nos permite antever o possível futuro, a prioridade passa a emergência nacional.
O esforço para concretizar esta prioridade deve ser transversal a todos os níveis do poder político: nacional, regional e local. No plano local tem sido incontestável o esforço empreendido pela Câmara Municipal de Mangualde, que nos últimos 8 anos operou uma verdadeira revolução no tratamento de águas residuais, retirando o concelho de uma situação indigna, de absoluta insuficiência de tratamento de águas residuais, que contaminavam as linhas de água de todo o concelho, colocando em risco a saúde pública e desbaratando esse recurso precioso num dos maiores exemplos da incúria da gestão municipal anterior. Essa aposta significou a conceção, planeamento e construção de 10 ETAR’s, distribuídas por todo o concelho a saber: Almeidinha, Sta Luzia, ETAR Poente Tabosa, Freixiosa, Chãs de Tavares, Abrunhosa-a-Velha, Oliveira e Passos, Tibaldinho, Lobelhe do Mato, Gandufe. A concretização, aliás já em obra da completa renovação da ETAR de Cubos, e as restantes em plano, bem como, o plano de mais de 1 milhão de euros para a re-utilização da água delas proveniente garantirão ao concelho um futuro risonho na questão do tratamento de água residuais.
Já no plano do armazenamento de água, a questão da escala é primordial. Aqui a questão deve ser abordada no plano regional. A principal fonte de abastecimento de água ao concelho, a Barragem de Fagilde, está a aproximar-se do fim de vida. Se nos idos anos 80 a sua construção foi determinante para alavancar o desenvolvimento da região e a qualidade de vida das populações, hoje o tempo urge para garantir que uma nova barragem suprirá as necessidades crescentes de água em quantidade e qualidade que garanta a sua correta gestão, nomeadamente o seu armazenamento na abundância dos anos húmidos, para prevenir a escassez cada vez mais certa nos anos secos. Bem estiveram os municípios de Mangualde, Viseu, Penalva do Castelo, Nelas e Sátão quando nos últimos anos encetaram diálogos e estudo técnicos por forma a apresentarem uma solução cabal, robusta e duradoura, sem as habituais quezílias paroquianas de quem não vê além do seu quintal. Mal estiveram e estarão velhos protagonistas regressados de outras lides que tudo questionam à 25ª hora, desprezando consensos já estabelecidos sem que daí advenham vantagens para a concretização efetiva do empreendimento que a todos beneficiará. A solução que interessa a Mangualde, porque a toda a região beneficia, é a construção de uma nova barragem a jusante da existente, que aumente muito a capacidade de armazenamento. A profundidade do vale a jusante assim o permite, garantindo que durante a construção o abastecimento está garantido. Simultaneamente a manutenção da cota máxima garante a salvaguarda das povoações ribeirinhas e seu património. Esse trabalho tem vindo a ser feito onde e por quem de direito, longe dos holofotes mediáticos como convém a todas as questões estratégicas complexas.
Sendo esta uma prioridade para mais de 150 mil habitantes dos concelhos envolvidos, a sua importância socioeconómica extravasa em muito a realidade regional. Deverá por direito assumir-se como parte da Estratégia de Desenvolvimento Nacional, aliás como foram outros empreendimentos hídricos. Se Alqueva é sobretudo um projeto de regadio agrícola, não podemos esquecer que serve o consumo humano de 200 mil habitantes. O mesmo pode ser afirmado em relação à nova Barragem do Pisão, no distrito de Portalegre, cuja dimensão ronda os mesmos 150 mil habitantes da Barragem de Fagilde. A barragem de Pisão foi incluída no PRR e será em breve construída. Também a Nova Barragem de Fagilde deverá ter igual tratamento por parte do Governo de Portugal. Financiamento nacional e europeu devem garantir o suporte a este empreendimento crucial para o futuro do Vale do Dão.
Perdida que foi a oportunidade da Barragem de Girabolhos, por desistência contratual do concessionário, Endesa, e pela fragilidade do facto do empreendimento se focar exclusivamente na produção hidroélectrica, quando os acima citados foram definidos como empreendimentos de fins múltiplos em que o abastecimento humano e regadio estiveram sempre priorizados, não podemos atrasar mais a definição, projeto e construção de uma solução duradoura e eficaz para os futuros constrangimentos no abastecimento de água em quantidade e qualidade a toda a região.

Secretária de Estado Adjunta e do Património Cultural VISITA MANGUALDE A visita passou por dois monumentos nacionais: Mosteiro de Sta. Maria de Maceira Dão e Castro do Monte do Bom Sucesso

A Secretária de Estado Adjunta e do Património Cultural, Ângela Ferreira, visitou na tarde do passado dia 23 de fevereiro, o concelho de Mangualde. A visita passou por dois monumentos nacionais: o Mosteiro de Sta. Maria de Maceira Dão, na freguesia de Fornos de Maceira Dão e o Castro do Monte do Bom Sucesso, na União das Freguesias de Tavares.
Neste momento, no Mosteiro de Sta. Maria de Maceira Dão estão já a decorrer as obras de intervenção da reabilitação de parte do Mosteiro (obras de conservação e restauro da cobertura da igreja e da estabilização dos claustros), ao abrigo do Pacto Coesão Territorial – Comunidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões, numa candidatura apresentada pelos proprietários do monumento.
Construído em 1173, no início da Nacionalidade Portuguesa, isto é, 849 anos, pertenceu à poderosa Ordem de Cister com sede em Alcobaça, um Centro Artístico e Intelectual que deu grandes figuras ao nosso País, como o Padre António Vieira.
Os Monges de Cister deram à Região os seus saberes, principalmente na cultura da vinha e do vinho, onde eram Mestres.
Este importante Mosteiro ostenta as Armas de Portugal sobre a sua porta de entrada e está num estado de degradação, que muito preocupa a Câmara de Mangualde que tudo tem feito para a sua recuperação.
Esta visita é mais um esforço para que, com o apoio do Estado seja possível evitar a sua ruína.

Quanto ao Castro do Bom Sucesso, em Chãs de Tavares, este Monumento Nacional - que está a par do Mosteiro no mapeamento da cultura para ser igualmente intervencionado – está, neste momento, em fase de elaboração de projeto, ao abrigo do Pacto Coesão Territorial – Comunidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões, numa candidatura apresentada pelo Município de Mangualde.

Para o Presidente da Câmara Municipal de Mangualde, Marco Almeida, “foi uma visita importante e produtiva. Era importante que a senhora Secretária de Estado e a Senhora presidente da Comissão de Desenvolvimento Regional do Centro pudessem avaliar presencialmente a necessidade da recuperação deste património que é nacional. Há razões para olharmos para o futuro com confiança, vimos da parte de todos os agentes interesse na reabilitação deste Mosteiro. Não só os proprietários podem estar satisfeitos, mas também nós temos razões para acreditar que o futuro será um futuro de cultura, de património e de valorização deste território.”
“Há uma vontade do Município, vontade essa que passa por ter este monumento aberto, em condições, no menor tempo possível. Sabemos que esse desejo depende do esforço de todos agentes, hoje demos mais um passo na concretização desse desejo” – conclui Marco Almeida.
A Secretária de Estado Adjunta e do Património Cultural, disse à imprensa que “Para já a intervenção que decorre é ao nível da igreja, de contenção das abóbadas, de pinturas e de restauro de alguns materiais, limpeza das pedras, etc., mas depois há todo o restante da parte do mosteiro que vai ter de ser alvo de intervenção também para contenção e ao nível das coberturas”, a governante, lembra que ainda estão em causa “bastantes intervenções, que ficam, no fundo, pendentes do próximo quadro comunitário de apoio”, mas sem que se possa ainda “avançar um valor concreto”. Ângela Ferreira lembra ainda “o valor deste monumento nacional e onde ele se insere e a relevância que ele tem para o concelho de Mangualde e para o património do país é muito importante”.

Acompanharam a visita da Secretária de Estado da Cultura e da Presidente da CCDR Centro, o Presidente da Câmara Municipal de Mangualde, Marco Almeida, o Presidente da Assembleia Municipal de Mangualde, Elísio Oliveira, a Delegada Regional da Cultura, Susana Menezes, o Secretário da União de Freguesias de Tavares, Alfredo Dias, e o Presidente da Junta de Freguesia de Fornos Maceira Dão, Humberto Mendes.