CONSULTÓRIO

dr. raul
O CANCRO DO CÓLON E DO RECTO E O VALOR DA COLONOSCOPIA!
Porque é que se fala tanto na colonoscopia?
E porquê a insistência em despistar o cancro colo-rectal?
Porque, se diagnosticado precocemente, pode curar-se em mais de nove casos sobre dez.
Quando despistado a tempo, um cancro colo-rectal, na maioria dos casos, não tem mau prognóstico.
O cancro colo-rectal constitui uma das mais frequentes causas de morte por cancro. É o cancro mais frequente nos homens, embora, neste mesmo grupo, seja a quarta causa de morte oncológica. Já nas mulheres é o segundo tipo de cancro bem como a segunda causa de morte oncológica.
No entanto, se for diagnosticado logo no início, a taxa de sobrevida a 5 anos pode elevar-se a 94%.
Mas não é isso que se passa actualmente: apenas um em cada em cada cinco é que sobrevivem. Por isso, torna-se imperativo fazer o despiste deste cancro num estado de desenvolvimento ainda mais precoce.
Quais são os factores de risco?
Idade superior a 50 anos;
Factores dietéticos: como o baixo consumo de vegetais verdes, fibras ou excessivo valor energético das refeições;
Excesso de peso e sedentarismo;
Presença de pólipos no intestino grosso;
História de colite ulcerosa ou de doença de Chron;
Certas doenças hereditárias, como a polipose adenomatosa familiar.
Quais são os sinais e os sintomas mais frequentes?
Alteração nos hábitos intestinais, como o aparecimento de diarreia ou de obstipação;
Presença de sangue nas fezes;
Sensação de que o intestino não esvazia completamente;
Desconforto abdominal;
Perda de peso inexplicada;
Cansaço.
Quando e como despistar?
O despiste deve ser feito a todos, mulheres e homens, com idades entre os 50 e os 74 anos.
Recomenda-se a realização, cada dois anos, de uma pesquisa de sangue oculto nas fezes, seguida de uma colonoscopia em casos de resultado positivo (2 a 3% dos casos).
Este tipo de despiste precoce pode permitir atingir uma redução de 15 a 20% da mortalidade ligada ao cancro colo-rectal.
O cancro colo-rectal desenvolve-se, de início, de forma silenciosa, sem sintomas. Muitas vezes, são pólipos intestinais, excrescências na superfície da mucosa do cólon, que se transformam em tumores e que, na ausência de diagnóstico, acabam por invadir os tecidos vizinhos.
As pequenas lesões cancerosas presentes na mucosa intestinal têm tendência a sangrar com facilidade, donde o interesse da pesquisa do sangue oculto nas fezes.
A colonoscopia, exame que permite a visualização do recto e do cólon, é o meio de diagnóstico chave no despiste desta patologia. Um olho experimentado permite reconhecer as lesões, que devem ser biopsadas para estudo histológico subsequente.
Através da colonoscopia podem extrair-se lesões únicas, sem ter de recorrer a métodos cirúrgicos mais invasivos.
Como prevenir?
A prevenção do cancro colo-rectal assenta, essencialmente, na prática dos bons hábitos alimentares, de vida e de exercício.
E-mail: amaralmarques@gmail.com