Agora, é preciso pensar …

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Para melhor percebermos o que se passa no Sector de Turismo, tomemos como referência a leta U.
O braço esquerdo, no cimo, representa o estado em que o turismo se encontrava antes da pandemia. A base, o estado actual, próximo de zero e o braço direito o caminho que temos de percorrer para ao menos alcançarmos os valores de 2019.
Esta é uma activida económica estratégica para o desenvolvimento do país. Foi desde 2016 a maior actividade exportadora. Porém, além do turismo ser um fenómeno de modas e por isso os fluxos são suceptíveis de se alterarem rápidamente, necessita de muita acalmia, confiança, o que nem sempre acontece, mercê de muitas e variadas causas.
Assim, é sempre um grande risco apostar tudo na actividade turística e esperar que ela cresça sempre para compensar investimentos sucessivos.
Analizados todos os programas, governamentais e privados desde os últimos anos e entrevistas de muitos responsáveis, era só crescimento, eram só coisas boas, esquecendo-se que esta a actividade é muito sensível e a primeira a sofrer as consequências possíveis e inimagináveis que o mundo nos trás de vez em quando.
E, segundo a profecia popular, que encerra um mundo de sabedoria, esta cumpriu-se :-Quem ao mais alto sobe, ao mais baixo vem cair”.
Infelizmente é neste ponto que nos encontramos actualmente. E o que é necessário fazer, com mais segurança, no futuro? Tem que ser bem pensado.
A queda do turismo em Portugal já vinha a notar-se desde os dois últimos anos. Um decréscimo muito pequeno. O tipo de turismo que se praticava estava muito ligado às grandes massas, pouco qualificado, criando problemas nos grandes Centos Históricos, desalojando moradores e criando especulação imobiliária.
Os moradores descontentes, atirados para os arredores, que antes achavam graça ao viajantes, muito diferentes dos turistas, acabaram por proferir :- Bem vindos os viajantes e vão com Deus os turistas”.
Chegados à actual situação, é bom que as autoridades responsáveis, parem para pensar e iniciem rápidamente acções que tenham em conta a valorização do território, uma melhor formação profissional e um maior cuidado com os investimentos. Aqui, lembro outra profecia popular : “ Quem vê as barbas do vizinho a arder, põe as suas de môlho”.
Investimentos cuidados, menos aventuras, mais profissionalismo. O mundo não acabou, nem vai acabar, mas o que vai ser é diferente. Quem não perceber isto, é melhor estar muito quietinho para não fazer asneiras.
Portugal é um destino para visitar, viver e investir. Que venham melhores turistas com mais qualidade e poder de compra.
E, nuncam se esqueçam que o melhor de Portugal são os Portugueses.