RENASCIMENTO FALOU COM PEDRO GUIMARÃES, PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE MANGUALDE

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Depois de na edição passada termos publicado o testemunho dos comerciantes de Mangualde, que deixaram o seu parecer quanto à forma como estão a viver esta fase, para todos complicada, provocada pelo surto epidemiológico do COVID-19, fomos nesta edição escutar o Presidente da Associação Empresarial de Mangualde, Pedro Guimarães.
Pedro Guimarães estudou Engenharia e Gestão Industrial no IST. A área da Ourivesaria da qual é comerciante, com várias lojas abertas, é aquela que sempre trabalhou desde que entrou no mercado de trabalho.
É Presidente da Associação Empresarial de Mangualde à quase um ano, tendo encabeçado uma lista única. Consigo tem José Manuel Ferreira e Luis Filipe Matias, vice-presidentes e Filipe Ferraz como Presidente da Assembleia Geral.

RENASCIMENTO - Como é que, como Presidente da Associação Empresarial de Mangualde, sentiu este problema de saúde, provocado pelo coronavírus?
PEDRO GUIMARÃES - Na minha ótica, reconheço que o problema ainda não chegou propriamente a sério às empresas. Penso que o problema ainda só se mostrou. A dificuldade é daqui para a frente, porque as pessoas estão muito retraídas ao consumo havendo pouco comércio aberto compram o estritamente necessário. Em princípio, se o consumo não atingir níveis normais, as empresas, o comércio em si, não compram aos produtores, estes não produzem e as pessoas que trabalham na produção não recebem. Gera-se, assim, um ciclo negativo que pode ser penoso, até que a confiança se restabeleça, que se atinja a situação na qual as pessoas voltem a sentir confiança. Temos que atingir o momento em que as pessoas sintam que tem tudo que voltar ao normal, pois temos, todos, que voltar a ter uma vida normal. Realço aqui que, se as pessoas não tiveram confiança em vir à rua, em fazer a sua vida normal, nada vai voltar ao normal.

RENASCIMENTO - Considera que a passagem do plano de emergência à situação de calamidade, com a abertura de algumas empresas e a possibilidade de uma abertura, total ou quase total, poderá responder a essa dúvida que o senhor está a colocar, a esse pretenso bloqueio que está a surgir e está implícito nas suas palavras?
PEDRO GUIMARÃES - Eu creio que o facto de todo o comércio estar aberto não é sinal que as pessoas consumam. É sinónimo de que há este aparato das máscaras, do gel, das viseiras, de tudo. Não é inspirador de confiança para toda a gente, há muita gente jovem que precisa trabalhar e até os vejo mais protegidos, isto é quando circulo na rua, e por outro lado, perceciono pessoas que pertencem ao grupo de risco e andam mais desprotegidas e menos adaptadas a esta nova realidade. Este aparato todo não é inspirador de confiança e enquanto os números, os indicadores da regressão do coronavírus, não permitirem que toda a gente faça uma vida normal. Parece-me que o consumidor não vai fazer a sua vida normal, pelo menos a maioria dos consumidores

RENASCIMENTO - E o senhor, como presidente da AEM tem alguma proposta que possa contrariar esta situação?
PEDRO GUIMARÃES - Nós até aqui temos estado preocupados com as pessoas tal como o governo e todas as autoridades, a Câmara, Protecção Civil, e outras entidades com responsabilidades sociais. Temos estado mais preocupados com as pessoas que, propriamente, com as empresas. É óbvio que as empresas também precisam. Agora, que está tudo mais ou menos resolvido, esperemos que definitivamente. Embora não tenha a certeza que seja definitivamente, mas espero que assim seja, sinto que é o momento de nos preocuparmos com as empresas. Com base na existência desse facto, fizemos algumas propostas à Câmara Municipal de Mangualde, nomeadamente o perdão de algumas taxas de publicidade, e de tudo o que são relações financeiras com a Câmara Municipal e que estejam ao seu alcance. Propusemos que houvesse reduções das taxas citadas, ou o perdão durante algum tempo. De qualquer maneira, todas essas isenções são custos que se perdoam mas, as empresas não vivem só desses custos, os da relação com a Câmara Municipal, pois, têm outros custos, os PEC’s, os da Seguranças Social, etc. Assim que sejam retomados os negócios, os salários dos trabalhadores são pagos na totalidade pelas empresas. Nessa altura, já não serão apoiados, em grande parte pela Segurança Social, e, a partir do momento que as empresas tem um custo com a abertura da sua funcionalidade orgânica e social, tudo fica um pouco mais turvo. Até porque, se não há consumo e os custos aumentarem, a realidade fica complexa.
No entanto, quer a AEM, que está em processo de consolidação de uma parceria, que vai acabar na união com a AIRV, quer esta ultima – elas estão muito unidas, neste momento, pois, dentro de um ano, serão uma só-, estamos a dar a nossa contribuição em conjunto com a CCP e CIP, para que, junto com o governo, haja todo o apoio, todo o colo que a economia precisa para que isso possa trazer a retoma que, seja longa ou seja curta, seja o mais apoiada possível. No entanto, há uma má notícia, que é, tal como a doença “limpou”, no mau sentido, acabou por castigar algum de nós, o falecimento de pessoas, o de algumas empresas, infelizmente, desaparecerem no meio disto tudo, porque não conseguem suportar as novas exigências, os novos custos. Não vai ser possível salvar tudo, no entanto, quando surgem as ameaças, também surgem as oportunidades, e, por isso, mais cedo do que se possa pensar, a retoma acontecerá e tudo será alcançado. A seguir à tempestade vem, sempre, a bonança.

RENASCIMENTO - O que é que o senhor considera que poderia ser feito mais, para que essa retoma fosse mais rápida. Há aqui um problema de retoma, pode bloquear a própria evolução do empresarial o que acha que poderá ser acrescentado para promover essa retoma?
PEDRO GUIMARÃES - Eu espero que as minhas ideias não sejam suficientes para ser nomeado ministro da economia (risos).

RENASCIMENTO - Não (risos)…. Mas como cidadão, empresário e presidente da AEM o que é que o senhor acha?
PEDRO GUIMARÃES - Dizia-lhe há pouco que a preocupação das entidades responsáveis eram as pessoas. Observo, portanto, se as pessoas perceberem que é preciso consumo para salvarem os seus próprios trabalhos, todos devem ser, se calhar, um bocadinho mais cautelosos, nesse ponto de vista, que o que estão a ser. Não podemos ser tão consumistas como eramos, no período anterior a esta situação de crise, e não podemos ser tão reservados como estamos a ser. Teremos que chegar, então, a um ponto moderador e mediador das duas situações salientadas. Há que sensibilizar as pessoas exatamente por esses motivos, a adaptarem as suas condutas à actual realidade. Acrescento, já, que não é só apoiar financeiramente as empresas com perdões, com isenções, são as próprias pessoas que têm que sentir que tudo depende daquilo que fizerem. A AEM neste momento está em sintonia com a Câmara Municipal, de forma a promover e organizar iniciativas que desencadeiem o consumo local. É claro que, obviamente, que ao propagandear o consumo local, vão beneficiar as empresas da região e os empregos da região. Ao faze-lo, é impossível consumirmos tudo, o que é exclusivamente produzido em Mangualde. Por essa razão, teremos que vender para fora da nossa localidade. Teremos que promover o consumo do excedentário em zonas territoriais, exteriores ao nosso concelho. Realço que não é fácil consumirmos exclusivamente tudo o que se cá faz, mas, ao consumirmos o que produzimos vamos beneficiar os fornecedores que, por conseguinte vão beneficiar os produtores. Envolver-nos-emos, assim, em atitudes que os consumidores, fornecedores e produtores assumirão em momentos distintos, pois, haverá, sempre, uma troca de papéis. São estas pequenas, ou gigantes, atitudes que irão contribuir, exactamente, no sentido da retoma económica, e na promoção do equilíbrio social; o desejado.

RENASCIMENTO - Basta, o referido, como fonte de motivações de consumo, junto dos consumidores, do cidadão comum. Será que isso é suficiente?
PEDRO GUIMARÃES - Nada é suficiente, tudo é subjectivo. Contudo, temos que avançar, algo tem que ser feito. As situações, que foram referidas poderão concretizar-se como previsto, outras não. Na realidade que que se tornar real, haverá sempre alterações, substituições, de forma a situarmo-nos numa etapa evolutiva de consenso e de benefício para todos. Agora, sublinho, nem sempre conseguimos agradar a todas as pessoas propostas e concretizadas.

RENASCIMENTO - Falamos da Câmara Municipal, em relação a uma proposta que a AEM assumiu com essa entidade, mas para lá da autarquia, no contexto concelhio, o Governo poderá acrescentar mais algum benefício?
PEDRO GUIMARÃES - O Governo tem estado à altura da situação, aliás, se me permite, vejo até uma união politica, duma maneira geral. Todos os partidos, de uma forma ou de outra, tem estado numa posição coerente com o actual momento, sem assumirem uma oposição, com conteúdos ou trajeto divergente. O que pretendo dizer é que todas as entidades politicas, com assento, na Assembleia da Republica, têm estado, entre si, muito colaborantes. Afirmo que a AEM não tem qualquer vertente política e, por esse motivo, não estou aqui para falar de política mas, de acordo com a questão colocada, e do que me é permitido percepcionar no dia-a-dia, permite-me afirmar que sinto por parte do parlamento, e do governo, que todos têm dado uma boa contribuição. Todos estão preocupados com a economia geral, e com a situação social que vivemos. Verificam-se até medidas que não eram expectáveis. Um exemplo, esta medida de apoiar em 80% todas as empresas que contribuam para o isolamento sanitário dos estabelecimentos comerciais. Vai, na sua concretização, além do que seria expectável, pelo menos na minha expectativa. Não estava, sinceramente, à sua espera, porque se um qualquer investimento custa 100 euros mais IVA. Este é deduzível, como sabe, e, por isso, num universo de 123 euros, acabamos por só gastar 20 euros. É um custo, não deixa de ser um custo, mas é um custo menor dentro das expetativas que estavam geradas. Agora, o que é necessário? É que também a economia europeia estimule a economia portuguesa. Sabemos que, se a economia europeia apanha uma corrente de ar, Portugal apanha uma pneumonia. Esperamos, portanto, que a economia europeia respire saudavelmente, para que a nossa economia seja feliz, ou aconteça da forma mais satisfatória possível. Agora, junto do Governo o que é que a AEM pode fazer? Estamos como lhe disse junto da CCP – Confederação do Comércio e Serviços de Portugal--, que também nos representa. Temos dado a nossa contribuição, no sentido do referido, e, esperamos, que os factos identificados, hoje, sigam a bom porto. Tenho a esperança que conseguirão.

RENASCIMENTO - Como é que vê o futuro da AEM na junção que há pouco falou. Como é que enquadra o futuro desenvolvimento das empresas de Mangualde?
PEDRO GUIMARÃES - É simples, o distrito de Viseu tem algumas associações, todas com o mesmo interesse, que é o desenvolvimento da região. Há a AEM, a AIRV, a ACDV e temos, também, a Associação Empresarial de Lafões. Logo, com esta representatividade, se todas elas se unirem numa só, julgo que a força da região será muito maior. Esse é o nosso pensamento, porque representaremos muitas empresas. O sentimento é podermos ter ligações muito mais próximas do governo do que actualmente estarmos a ter, ao depender da associação de associações. É um desafio. O pensamento, que subjaz à intenção expressa, é o de criarmos uma associação de representatividade distrital. A propósito, não posso deixar de referir que não sei se o distrito da Guarda, de alguma forma sonha, ou não, unir-se a nós. Será, possivelmente, uma situação geoestratégica coisa que valerá a pena pensar, porque se poderá atingir outra representatividade, com a união do distrito de Visei e do distrito da Guarda, que será de uma região mais vasta, a Beira Alta. No sentido dessa apresentação, e mesmo representação, poderemos lutar, defender mais o interior e, por esse motivo, podermos deslocar mais pessoas para a nossa região, pois, vermos todos os dias, os nossos filhos que até gostavam de ter cá condições de trabalho, e fogem para Lisboa, para o Porto. Com a força que poderemos adquirir, através de uma união forte, poderemos concretizar projectos, que ofereçam e dêem oportunidades de radicação na nossa região, às gerações mais jovens que, habitualmente, se têm deslocado para outras regiões, no nosso país, e em muitos casos, infelizmente, para fora do país. Será uma maneira de tentarmos lutar por esses quadros tão valiosos que produzimos e que, infelizmente, vão fugindo.

RENASCIMENTO - Esse é o aspeto positivo e o negativo?
PEDRO GUIMARÃES - Negativos, confesso que ainda não vi nenhum, mas aceito que possam existir.

RENASCIMENTO - Não o incomoda ver por exemplo a assimetria do desenvolvimento, regiões a serem mais favorecidas do que outras. Mangualde não poderá correr esse risco em relação a Viseu?
PEDRO GUIMARÃES - Não, não vejo isso por esse lado, antes pelo contrário. Aliás a AIRV já teve Presidentes de empresas de Mangualde, e esta cidade não foi mais beneficiado ou prejudicada por isso. Não é por aí, julgo eu, que deveremos investir, em termos de decisão empresarial.

RENASCIMENTO - Não terá alguma lógica a pergunta formulada?
PEDRO GUIMARÃES - Compreendo a sua dúvida, mas para já Viseu não é assim tão grande, infelizmente ou felizmente. Por exemplo, não são raras as vezes em que vivo em Mangualde e trabalho em Tondela. Aliás, conheço várias pessoas de Mangualde que trabalham em Tondela, e de Resende que trabalham em Viseu ….

RENASCIMENTO - Não considera, contudo, que a união das associações empresariais do distrito de Viseu numa entidade própria, a ficar localizada em Viseu, não poderá beneficiar esta cidade? Não é mais uma entidade oficial com sede em Viseu? Não há demasiadas instituições, do poder político, da área educacional, da saúde, e de outras áreas, localizadas em Viseu? O senhor não constata muita concentração na referida cidade?
PEDRO GUIMARÃES - Se estivermos a falar duma Associação que apenas quer lutar pela cidade e concelho de Viseu, compreendia a sua pergunta. O que é certo, é que actualmente a AIRV tem contactos, já tem contatos com Câmaras Municipais do distrito, e com instituições, no sentido de termos já gabinetes de trabalho institucionais. Desculpe eu utilizar a expressão nós, mas o sentimento de união é mesmo esse, no sentido de termos gabinetes de apoio às empresas locais e regionais. É o projeto que se está a desenvolver. É uma desmultiplicação da AIRV, com o provável e eventual “casamento”, que venha a acontecer com as outras associações da região. Esperemos que essa situação se verifique. É esse é o meu sentimento. A união das associações terá mais representatividade e desenvolverá um maior número de projetos, criará sinergias, com gabinetes de apoio às empresas junto das Câmaras Municipais, que uma única associação não conseguirá fazer. Qual será a lógica que terá, com o devido respeito, ter uma associação empresarial, exclusivamente, para um concelho, Penalva do Castelo, ou outro assim do mesmo tamanho, Nela. Considero que, se tivermos alguém que possa estar uma manhã, por semana, em Nelas, ou a visitar as empresas de Nelas, e depois, na outra manhã já poder ir a outro concelho, cria um sentimento de proximidade, que juntar todas as sinergias todas e produzirá uma força de conjunto. A AEM, ou outra entidade da mesma natureza, não tem essa capacidade, não tem colaboradores suficientes, não tem capacidade de os manter para que possam visitar com frequência as empresas, para que possam estar, não só ao lado, mas também de frente, para as poder visitar. Uma associação maior terá essa proximidade para o fazer em todo o distrito. Julgo que se estivermos mais preocupados com o “quintal dos nossos vizinhos” que com a união do nosso “quintal”, definitivamente, não iremos a lado nenhum.

RENASCIMENTO - Sim, mas a pergunta coloca-se apenas, porque há muita concentração em Viseu?
PEDRO GUIMARÃES - Não me preocupa. Não me preocupa.

RENASCIMENTO - E por exemplo, a promoção de desenvolvimento das empresas através da própria qualificação das pessoas que a AEM tem desenvolvido, isso não pode ser posto em causa?
PEDRO GUIMARÃES - A ideia é fazer o mesmo trabalho que temos estado a fazer. Obviamente que, como todos os casamentos, toda a gente sente que vai ser feliz. Não conheço ninguém que se case pensando que vai ser infeliz, agora, se vai ter dificuldades, se vai haver também malefícios dentro dos benefícios, é normal como dentro de todos os casamentos. Não tenho dúvida disso. Agora, aos olhos de alguns é natural que lhe pareça que o casamento é uma infelicidade e que é motivo para grande divórcio.

RENASCIMENTO - Essa associação ficará localizada em Viseu ou em outro local do distrito?
PEDRO GUIMARÃES - É uma coisa que não me preocupa muito, mas Mangualde, como sabe, há uma sede fantástica, que aconteceu com base num acordo com a Câmara Municipal. Será mantida e constituirá, também, um local de proximidade. Neste mandato municipal, a autarquia fez um trabalho muito interessante, com muita produtividade, na nossa área de trabalho, o empresarial. Será, certamente, por esse trabalho, concretizado “do nosso lado”, que as situações se concluem, acontecem com naturalidade. Sublinho que os meus antecessores fizeram um bom trabalho, em contexto temporal. Eu sou muito recente e quase que, literalmente, fui inaugurar a sede. Por isso, o mérito de estar onde estamos não é meu, apesar de ter feito parte das outras direções, mas dos outros Presidentes, que me antecederam. Esses, sim, merecem todo o mérito, porque a sede que agora temos, é, na sua globalidade, da sua responsabilidade. Tem condições privilegiadas, das quais não abdicaremos. Agora, se a sede vai ser em Mangualde, se calhar vai haver direções, daqui a quatro, cinco ou vinte anos, que optarão por Mangualde. Poderá existir direções circulantes, que num ano vão ter a sua presidência em Mangualde, no outro em Tondela. Essa circunstância poderá acontecer até por proximidade. Imagine que até é uma empresa de Tondela que lidera a AIRV, ou outra localidade qualquer, nada me chocaria, se aquela direção tem mais pessoas daquela região, que a sede fosse em Tondela, para impedir que o staff fosse dividido. Contudo, pelas suas próprias circunstâncias, é natural que as capitais de distrito tenham maior representatividade. Assim, constitui-se como pacifico a localização nelas das associações representativas dos vários sectores de actividade, seja empresarial, militar, educacional ou de outras.

RENASCIMENTO - Pretende acrescentar mais alguma questão?
PEDRO GUIMARÃES - É importante para a AEM estar mais próxima não só das empresas mas também das pessoas. Neste tempo que vivemos, hoje, em que realmente houve essa preocupação de todas as instituições, primeiro com as pessoas e depois com as associações, a associação esteve, exactamente, nesse tom, solidária com todas manifestações sociais que emergiram, em tempo de crise. Estamos felizes por estarmos a fazer tudo o que podemos e esperamos que os danos sejam muito menores dos que os previstos.