CONSULTÓRIO

dr. raul
AS BASES DO EQUILÍBRIO ALIMENTAR
No último número, a propósito da pandemia que estamos a viver, uma das medidas preconizadas no seu combate era o de levar uma vida saudável, em particular sob o ponto de vista alimentar.
Nesse sentido, vamos falar sobre o equilíbrio alimentar.
O Equilíbrio Alimentar repousa sobre:
- uma igualdade entre os gastos energéticos e a entrada de alimentos que trazem essa energia;
- uma boa repartição das proteínas, dos lípidos e dos glúcidos;
- e o esquecimento de um certo número de ideias feitas tais como “o pão faz engordar e, portanto, não devo comê-lo”.
A base do equilíbrio alimentar constrói-se do seguinte modo:
- tomando três refeições por dia;
- comendo de tudo, segundo o apetite;
- comendo somente quando se tem fome ou ainda tem fome;
- comendo somente quando se está sentado à mesa, com um prato, uma colher, um garfo, e uma faca;
- nunca comendo na rua;
- não comendo entre as refeições.
O movimento é essencial: devemos mexer-nos o máximo possível - quanto mais se fica imóvel, ou sentado, menos energia se gasta.
O desequilíbrio alimentar e o sedentarismo estão na origem do aumento de peso levando, passo a passo, à obesidade. E a obesidade é nociva à saúde.
Portanto, o desequilíbrio alimentar e o sedentarismo são nocivos à saúde.
Os alimentos devem ser bem repartidos.
Cada refeição deve conter:
Glúcidos – ou seja:
Pão – ao pequeno almoço, almoço e jantar;
Pastas, arroz, batatas, legumes secos – ao pequeno almoço e jantar.
A energia fornecida pelos glúcidos é rapidamente disponibilizada. É dispensada, em permanência, pelo corpo, apesar deste possuir reservas muitos escassas (200 a 300 g). Daí a necessidade importante dos glúcidos: 50 % das calorias diárias.
Lípidos - em quantidades limitadas:
- um alimento rico em lípidos somente a cada refeição;
- controlar os corpos gordos.
A energia fornecida pelos lípidos não é utilizada imediatamente, é armazenada no organismo, nas reservas do tecido adiposo. Ela é utilizada quando falta a energia glucídica: na sequência de um esforço longo (ténis, bicicleta, jogging, etc.) ou em caso de déficit global de energia (regimes hipocalóricos, jejum). As calorias fornecidas pelos lípidos devem corresponder, somente, a 30 a 35% do total.
Proteínas – as proteínas ao se degradarem quando são usadas, fornecem energia:
- um ou mais alimentos ricos em proteínas a cada refeição.
As proteínas devem ser responsáveis por 12 a 15% das calorias diárias.
Todo o equilíbrio alimentar assenta na assimilação, nas proporções precisas, de proteínas, glúcidos e lípidos, em função dos gastos energéticos.
A diversidade da alimentação é própria dos regimes equilibrados. A mobilidade completa esse equilíbrio. E, assim, estaremos melhor preparados para vencer esta longa batalha da pandemia.