IMAGINANDO

Parte 86
NÓS SOMOS NÓS PRÓPRIOS ?- Parte 2
Proponho ao leitor rever a parte 85, para que esteja dentro do tema e possa entender o conteúdo no seu todo.
Regressemos aos protagonistas do texto anterior.
Cristina, Miguel, Joana e Pedro.
Começo a observar esta repetição diária e o subconsciente de cada um a dizer.
Sim, é isto que tenho de fazer para poder sobreviver.
Chego a uma conclusão:
Já não estamos na qualidade de seres humanos, mas sim andróides programados para a escravidão e preparados para gerar dinheiro a uma Sociedade que nos obriga a um consumismo desenfreado para que haja lucro, bastante lucro. Este é o deus da Sociedade que a maioria serve e não se apercebe que estão sendo manipulados, bombardeados por tudo quanto é mídia, vivendo a obseção do ter e não SER, alimentando uma matrix que não se importa com nossa qualidade de vida, mas sim controlar-nos para os servir.
Porque os meios de comunicação social, não informam quem realmente somos?
Que somos seres multidimensionais, e a experiência a que nos propusemos foi que nossas consciências atinjam um patamar mais elevado, para adquirirmos paz profunda em nosso interior e possamos distribuir nossa maior riqueza. “O Amor Incondicional”. Amar o próximo como a nós mesmos. Nós viemos para evoluir espiritualmente. Este foi o nosso propósito.
Somos regidos pelas Leis da Natureza e como tal, fazemos parte dela. Tudo o que nos rodeia, somos nós. Somos combinações de sons, cores, musicas, matemática, figuras geométricas, que desconhecemos e necessitamos descobrir. Descobrirmos nossa própria essência.
Há uma longa caminhada e para sabermos quem somos, temos que perceber elementos fundamentais para que o conhecimento venha até nós.
Não somos a Cristina, Miguel, Pedro e Joana, como acima descrevi, mas sim parte da Essência da Cristina, Miguel, Pedro e Joana, que utilizam aqueles corpos para se experienciarem e evoluírem, revendo-se cada vez mais no que realmente são. Não para sermos máquinas impostas por uma matrix. Esse não é o trabalho a que nos propusemos, mas sim darmos vida à nossa multidimensionalidade, pela experiência humana. Sabermos que a passagem por esta Orbe é transitória e há que aproveitar mais uma oportunidade, para que através da evolução consciencial possamos elevar-nos a outras Dimensões.
A propósito, vou contar uma conversa entre um Mestre Tibetano e um famoso engenheiro:
O Mestre fez-lhe a seguinte pergunta:
Quem é você?
Prontamente, o Sr. Engenheiro começou a desbobinar o curriculum para que foi programado. Sou Engenheiro, formado numa das melhores faculdades do meu País, exercendo atualmente minha profissão numa grande Empresa multinacional a nível mundial, estando presentemente no seu País, representando-a para futuros empreendimentos e expansão da mesma.
O Mestre Tibetano, após ouvi-lo atentamente, voltou a perguntar-lhe:
Tirando tudo isso que mencionou:
Quem é você?
Claro que o engenheiro, em função do seu percurso desde o nascimento, foi educado em regras materialistas e não compreendeu que o Mestre lhe queria demonstrar que ele era Uma parte da Consciência Cósmica. Ele não é o Engenheiro que diz ser, mas uma Consciência que vem fazer uma experiência como Engenheiro naquele corpo físico, para levar consigo mais um ensinamento, terminando aquela experiência no acto do desencarne, e retornar ao Ser Multidimensional que é. Exerce aquela função sim, para que essa experiência lhe dê uma riqueza espiritual e pelo Amor incondicional, disponibilize a sabedoria ao serviço do UM. Não veio para dar importância à matéria densa, esquecendo a sua condição de Espírito.
Alexandre “O Grande” quando sentiu a aproximação da sua morte, ordenou aos súbditos três desejos quando partisse:
1º. Desejo-Que fossem os seus médicos a transportar seu corpo até à sepultura.
2º. Desejo-Todas as riquezas fossem colocadas em volta da sua sepultura.
3º. Desejo-Que seu corpo ficasse com os braços abertos.
Após ter proferido tais desejos, justificou a razão:
No primeiro desejo, quis demonstrar que nem os seus médicos o conseguiram salvar da morte, por isso era seu dever transportá-lo até à última morada.
No segundo desejo, afirmou que toda a fortuna que adquiriu nesta vida terrena pelo combate, conquistando e matando seus semelhantes de nada lhe valeram. Ele não a podia levar consigo.
Quanto ao terceiro desejo, quis dizer que partia de mãos vazias.
Este soberano, tal como muitos outros, viveram uma vida de Maya, segundo a tradição indiana, uma vida de ilusão.
Resultado: Nascemos com nada e lutamos uma vida inteira, para obtermos aquilo que nunca levaremos.
Continua