CONSULTÓRIO

CHEGOU A PRIMAVERA E, COM ELA, CHEGAM AS ALERGIAS DA PRIMAVERA!
Desta vez, a Primavera, chegou com o equinócio: na data certa do calendário! E, pelo Sol que tem feito, já se instalou!
O calor do sol desperta os pólenes que, levados pelos insectos e pelos ventos fortes que têm soprado, começam a andar pelo ar fazendo com que os olhos dos que sofrem de alergias fiquem vermelhos e a picar, o nariz a espirrar, a escorrer e a ficar entupido, a pele a encher-se de vermelhidões e de comichões e os brônquios a expressarem-se por tosse e pieira e a causarem falta de ar!
A FEBRE DOS FENOS
A febre dos fenos é a associação de conjuntivite e de rinite causadas pelos pólenes, com sintomas simples:
Irritação, vermelhidão e comichão a nível dos olhos;
Espirros abundantes e consecutivos, ardor, nariz entupido e a escorrer;
Fadiga;
Desaparecimento do odor e do paladar.
Este fenómeno traduz, em geral, uma alergia aos pólenes, não só das gramíneas, mas também de árvores, de arbustos e herbáceas. Mas outros factores e outras causas podem, também, explicar e agravar aqueles sintomas: a poluição, o tabaco, os animais de companhia (em particular os gatos), os ácaros, os bolores… ou, mesmo, serem resultantes de alergias cruzadas ligadas à alimentação.
Também a pele pode ficar irritada, com urticária, vermelhidão e, sobretudo, muita coceira.
O CICLO DAS RINITES
Não há dúvida que a Febre dos Fenos está muito associada a esta época do ano. Para as gramíneas o período mais sensível começa agora em Março/Abril e estende-se por mais dois ou três meses, até Junho/Julho.
É preciso não esquecer, também, que outros ciclos podem ter influência sobre as alergias: os ácaros, por exemplo, têm dois picos de reprodução, no Outono e na Primavera. Os fungos e bolores, como gostam do calor e da humidade, também podem aparecer no Verão.
ASMA E A RINITE: UMA LIGAÇÃO ESTREITA
Além de alterarem a qualidade de vida, as rinites podem levar ao aparecimento de asma:
80 % das pessoas com asma têm uma rinite;
40 % das pessoas com rinite têm asma.
EVITAR OS ALERGÉNEOS RESPIRATÓRIOS
Para tratar é preciso diagnosticar correctamente a fim de determinar ou suspeitar quais os alergénios originadores do problema. A história clínica, a pesquisa de alergénios, quer no sangue, quer através de testes cutâneos permitem a sua identificação. Após esta, a solução mais evidente, quando é possível, é de evitar ao máximo o contacto com os alergénios em causa. Quando o afastamento não é possível ou não é suficiente, caberá ao médico a decisão da melhor terapêutica, mas que se irá basear em anti-inflamatórios e anti-histamínicos.
DESSENSIBILIZAR CONTRA AS ALERGIAS
Mas, o mais importante tratamento de fundo contra as alergias respiratórias é a dessensibilização: um tratamento com vacinas, feito durante três a cinco anos. É um tratamento ao mesmo tempo preventivo e curativo.