ESTÁ ESCRITO NAS PEDRAS

As cidades e as suas pedras escurecidas pelo tempo, têm história, são como livros, cujas páginas, ás vezes, inadvertidamente, calcamos com os pés!
Mas, as pedras têm poesia, histórias esculpidas, uma linguagem perfeita – a linguagem das pedras. E é preciso saber ler, ouvir, porque têm muito para nos ensinar.
As pedras foram trabalhadas pelos pedreiros que as transformaram em Cultura.
Foi a pensar nas pedras, no seu valor histórico, no Património que representam, que o Arquitecto José Perdigão, teve a brilhante ideia, no ano de 1992, quando dirigia o Gabinete Técnico Local de Apoio ao Centro Histórico de Viseu de no Projecto de Repavimentação das Ruas do Centro Histórico de representar a Toponímia do Chão.
E, assim nasceu “ A Pedra na Arquitectura – Toponímia no Chão”.
Os primeiros trabalhos são da autoria dos Escultores José Moreira(MO) em 1992, após a sua morte de Francisco Lucena e depois no ano 2000 de Paulo Neves.
Estas esculturas foram muito elogiadas através dos tempos, até pelos Judeus que descobriram as Estrelas de David gravadas na Rua Nova, hoje Rua de Augusto Hilário, entretanto desaparecidas graças à estupidez dos homens … mas que podem voltar à luz da criação!…

Em 2022 farão 30 anos as primeiras. São também dignas de ser incluídas no Roteiro, a foto da Placa da Casa dos Queijos, da autoria do Pintor Luís Calheiros na Rua das Escadinhas da Sé e as Colagens de Papel no Arco da Rua Escura, reproduzindo imagens de Grão Vasco da autoria dos Arquitectos Pedro Maia e Victor Cruz.
No seguimento da ideia da Rota dos Afectos, diz José Perdigão, da autoria de António Fortes e na possibilidade de fazer um Roteiro ( que está em estudo) incluindo a Toponímia no Chão, das ruas do Centro Histórico de Viseu, ganhei com esta ideia, um Prémio Especial de Júri do Concurso Nacional da Pedra na Arquitectura, em que o Primeiro Prémio e único prémio inicial, foi para o Arquitecto Siza Vieira.