A festa socialista

“Já posso ir ao banco?” pergunta António Costa. “Sim”, responde von der Leyen. Esta é a imagem que o PM transmite. Um país sempre de mão estendida com políticos bipolares. O problema não é pedinchar o cheque. O problema é mesmo o cheque. A bazuca tem tudo para estragar mais a nossa economia, as nossas instituições e até a democracia. E para fazer o país ainda mais pobre. E o dinheiro servirá sobretudo um objetivo: ajudar o PS a ganhar as eleições em 2023.
Várias entidades já disseram que é um plano que não nos leva a lado nenhum. Como notava Eça há 150 anos, “os lustres estão acesos, o país distraído”. Ou se distrai com os futebóis ou com os relatórios diários da evolução da pandemia. No terreno os boys vão ocupando posições que a bazuca está a chegar. Nas empresas, sobrevive-se, nalguns casos mal! Os contribuintes portugueses vivem asfixiados com taxas e taxinhas, impostos sobre impostos.
Quando a fadiga pandémica já está confortavelmente instalada há pelo menos um ano, a fadiga fiscal, essa já está instalada há umas décadas. Cada litro de combustível contribui para os cofres de estado com cerca de 60% do seu valor. O preço da gasolina é o quarto mais alto da Europa! Resta-nos o consolo de saber que os nossos impostos estão a ser bem aplicados (ironia).
Veja-se o caso do salário do futuro comissário das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril Pedro Adão e Silva. Depois de anos a comentar tudo desde lagares de azeite a gastronomia e a escrever artigos de opinião complacentes com a catástrofe socialista, eis que chega o merecido prémio!
Que podem os portugueses esperar de Pedro Adão e Silva? No mínimo, propaganda preenchida em vazio.
No que respeita ao comissariado para as comemorações do cinquentenário do 25 de abril, o que mais me repugnou foi a duração do mandato. Há outros aspetos criticáveis, mas este é um abuso incomensurável. O Primeiro-Ministro, que foi eleito para um mandato de quatro anos (2019-2023), nomeou alguém para um período superior a cinco anos. Isto será um comissariado ou um ministério?
Para terminar, o comentador Pedro Adão e Silva acha que o comentador Fernando Medina não se deve demitir por causa do datagate na Câmara Municipal de Lisboa. Aposto que o comentador Fernando Medina concorda com a nomeação do comentador Pedro Adão e Silva para comissário das comemorações do 25 de Abril!
Siga o baile, que nós cá estamos para pagar a festa socialista!