IMAGINANDO

Parte 96
Mente e cérebro
Está a Mente no Cérebro?
Para um melhor entendimento, passemos a exemplificar como ambos funcionam:
Imaginemos um programa televisivo.
Será que esse programa está dentro do ecrã do televisor?
Claro que não, porque ambos são distintos. Quando desliga o Ecrã do seu televisor, o programa continua ativo. Embora haja uma relação mútua, ambos são independentes.
Após alguns estudos os cientistas concluíram que, como o programa televisivo, a mente não se encontra no cérebro, porque ela transcende para a Não-Localidade, indo além do espaço e do tempo embora haja uma correlação, considerando o cérebro um recetor da Mente consciente, que traduz as experiências do dia a dia.
No entanto em certos casos tais como, quando conduzimos, assistimos a um jogo de futebol ou nos concentramos no nosso trabalho, a Mente Consciente vai firmar-se na realidade local, interpretando o “Eu” assistindo a um jogo de futebol ou a um volante.
Embora os Campos Não locais continuem presentes, nossa mente não está sintonizada neles.
Queremos com isto dizer que nossa mente se encontra presa à realidade local.
Só em casos pouco comuns, como o sonho, transe ou meditação, ela deixa de se identificar com o nosso corpo e a noção do “Eu” local, podendo de imediato aceder ao mais distante do Universo e entrar nos Campos Não-Locais, ficando fora desta “realidade” da 3ª. Dimensão.
Também podemos transcender o “Eu” local, quando nos sentimos em contacto direto com a natureza e nos fundimos em consciência, na unidade que somos com ela, tornando-nos um só com o Universo.
Vejamos ainda algumas funções do nosso cérebro:
Além de estabelecer uma ponte, unindo as realidades Local e Não-Local, este dá-nos dois caminhos, sendo um deles o processamento do nosso ambiente.
O outro caminho e como exemplo, se estivermos concentrados em plena meditação ou seja “fora deste mundo” e houver um ruido estranho, somos imediatamente alertados pelo cérebro, que nos faz regressar ao “Eu” local.
Também pode acontecer, quando mergulhamos num sono profundo vagueando pelos campos Não-Locais, sermos alertados pelo cérebro para o caso de um fumo intenso e perigoso, fazendo-nos de imediato regressar ao nosso “Eu” local.
O cérebro está sempre a recolher informações do mundo exterior, transmitindo-as à nossa Mente. Tem a capacidade de se envolver com o mundo exterior e interpretá-lo. Isto é fundamental para nós, seres humanos, no entanto não devemos focalizar toda a nossa atenção no mundo exterior e pensamentos locais, sob pena de nos desligarmos e perdermos o estado de extase da Mente não-Local, que nos enriquece com todo o seu esplendor de felicidade pelo Amor incondicional dando-nos uma visão maravilhosa de que Tudo o que Existe é perfeição.
Quando apenas experienciamos nosso mundo exterior, esta mesma experiência fica empobrecida, porque se desliga do melhor do seu Ser, aproveitando só uma pequena parte da consciência ao nosso dispor.
Concluindo, podemos considerar o cérebro uma ponte entre os campos não-locais e a consciência humana individual.