EDITORIAL – 806 – 15/9/2021

A Qualificação da Sociedade
O dilema põe-se muitas vezes a quem governa - mais construção, ou mais formação.
Um País, ou uma Região com déficit de infraestruturas colectivas deve construir sempre tendo em atenção a melhoria de vida dos cidadãos e não como medidas eleitorais tendo em conta que estas têm um grande peso na contabilidade eleitoral.
Porém, quando se constrói é bom pensar que a seguir é necessário desenvolver uma política que incentive o seu uso e o torne útil para os cidadãos.
A obra feita é importante, mas muito mais importante é que ela sirva de facto para dar mais qualidade de vida às pessoas, principalmente tendo em vista o seu futuro.
Normalmente, um Presidente que não faz obra não serve. O que não serve é um Presidente que faz obra e lhe não deu o devido uso em prol das populações. Esse verdadeiramente não serve.
A obra física, a estrada, a escola são importantes, mas muito mais importante é que ela seja de facto necessária e sirva para para melhorar a qualidade de vida das pessoas.
A grande obra, a mais importante de todas é a que investe nas pessoas. Pessoas que são preparadas para futuramente serem gestores, empreendedores, criadores de empresas inovadoras e de empregos qualificados.
Hoje o que mais conta é a Qualificação e o Conhecimento. Os nossos jovens têm de possuir uma maior literacia mediática, que é fundamental para a Democracia.
Combater a desinformação que é um atentado à Liberdade e à Democracia, educar para uma melhor compreensão das palavras, pois hoje, muitos, apesar da instrução não conseguem distinguir a opinião dos factos.
Transformar a avalanche de informação numa avalanche de conhecimento é primordial.
Evitar o abandono escolar, elevar o nível de escolaridade e combater o risco de insucesso são desígnios nacionais.
Ter mais respeito pelos direitos humanos e mais ajuda e solidariedade para com os migrantes.
Nunca esquecer o Património Cultural e Natural, que herdamos dos nossos antepassados e que teremos que devolver em boas condições aos nossos filhos e netos.
O dinheiro que vamos receber, ou já recebemos, dos Fundos Europeus, tem de ser aplicado com criatividade, imaginação e acima de tudo dirigido mais ás pessoas e menos ao cimento.
Os Portugueses têm o direito de ser felizes na sua terra.