Sai mais uma greve, com isolamento e um covid fresquinho!

Quando tudo parecia estar a voltar à normalidade, o covid volta a atacar, desta vez com a variante Ómicron, originária na África do Sul e que segundo os estudos é a mais contagiosa das variantes identificadas até agora.
Com a população acima dos 50 anos prestes a atingir os 6 meses após a vacinação, até agora completa, a máquina da vacinação não pode parar. As vacinas administradas apresentam-se pouco eficazes contra esta nova variante, sendo necessário atribuir uma 3ª dose a toda a população já vacinada, na esperança que assim, esta variante seja neutralizada.
As crianças surgem agora como uma prioridade e também devem ser vacinadas. Nas escolas, com as atuais regras da DGS, há crianças a cumprir períodos de isolamento profilático sucessivos, sem que consigam ir um único dia às aulas. A situação agrava-se, porque não foi acionado nenhum modelo híbrido de ensino, que garanta o acompanhamento pelos professores das crianças que estão em casa a estudar sozinhas. Foram já dois anos de um ensino cheio de atropelos, que alteraram os métodos tradicionais e as rotinas, tão importantes no crescimento e desenvolvimento das crianças. Esperemos que no futuro esta geração não seja apelidada de “geração covid”, pelos piores motivos.
Com os contágios a aumentar em catadupa, o governo decidiu declarar o Estado de Calamidade desde o passado dia 01 de Dezembro 2021, com o regresso das medidas de contenção. E como se a situação não fosse má o suficiente, em pleno estado de calamidade, várias greves foram anunciadas.
A greve dos trabalhadores do metro, com uma circulação muito reduzida, levou a relatos que os poucos metros que passavam “iam à pinha”. Escusado será dizer o efeito de umas centenas de pessoas fechadas num metro, todas de máscara, claro está, porque é obrigatório. Seguiu-se a greve das cantinas, que levou a que as crianças que ainda conseguem ir à escola, faltassem, porque na generalidade os pais não conseguir ir buscar e voltar a levar os filhos à escolha na hora do almoço. O direito à greve é um direito fundamental, previsto no Capítulo de Direitos, Liberdades e Garantias da Constituição da República Portuguesa, não podendo ser limitado pelo Estado de Calamidade em vigor. Não consigo entender como temos pessoas a morrer todos os dias, impotentes, sem conseguir sair desta espiral de contágios e o direito à greve é alheio a esta realidade. É o pais que temos!
Cabe a cada um de nós conter esta pandemia, impera o bom senso e o respeito pelos outros.