O Futuro não se prevê, Cria-se!…

A Ligação Mangualde – Nelas ( IC12)
Na última Assembleia Municipal de 27 de Dezembro, Marco Almeida, Presidente da Câmara Municipal de Mangualde mostrou-se um acérrimo defensor da ligação de Mangualde a Nelas por autoestrada.
O Jornal Renascimento regozija-se com as suas afirmações e ouviu-o sobre este facto.
“A nossa posição sobre esta matéria é clara. A conclusão desta via até Mangualde é fundamental para o Concelho e Região. O que está em causa é a defesa do nosso território, dos territórios de baixa densidade e do Interior.
Exigimos, por isso o mesmo tratamento que tem sido dado a outras zonas do País. A conclusão desta obra é um compromisso com muitos anos, de vários Governos. Nós estaremos aqui para exigir que o compromisso assumido seja cumprido”.
O Jornal Renascimento, como defensor da Região e das suas populações estará sempre ao lado, de quem defende o nosso Concelho de Mangualde e as suas populações.
Esta obra estrutural para o nosso desenvolvimento iria beneficiar a mobilidade de pessoas e bens, com mais segurança e rapidez, fugindo aos riscos acrescidos de retirar a circulação em meios de aglomerados urbanos.
Fomos ver esta promessa e a sua paragem no tempo.
Desde 2008 e até anteriormente foram feitos estudos de Impacte Ambiental. E procedeu-se à Consulta Pública do Estudo de Impacte Ambiental do Projecto do IC12 - Canas de Senhorim/Mangualde.
A Consulta decorreu durante 40 dias úteis teve o seu início no dia 12 de Novembro de 2007 e o seu final no dia 8 de Janeiro de 2008.
Foi disponibilizado nos seguintes locais: - Agência Portuguesa do Ambiente, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento do Centro, Câmara Municipal de Mangualde e Nelas, Juntas de Freguesia, etc.
Afixação de anúncios e publicações em Jornais.
Os resultados obtidos têm mais implicações no Concelho de Nelas, que em Mangualde. Em Nelas, proprietários, particulares e outras figuras levantaram imensos problemas. Mas resolúveis. Em Mangualde somente duas questões foram levantadas - afastamento da Autoestrada à Capela de Santo António dos Cabaços e uma passagem agrícola entre a Roda e o Canedo.
Catorze anos depois criou-se um silêncio total sobre o assunto da maior importância para Mangualde.
Por isso, tudo o que se fizer para recuperar este projecto cada vez mais estruturante tem o apoio do Jornal Renascimento.

A Estrada Nacional N.º 16 - Nova Rota Turística
A Estrada Nacional N.16 liga Aveiro a Vilar Formoso.
Foi construída na década de 1930 e na época era designada por Estrada Nacional n.º 8 de 1.ª Classe.
Com 220 Kms de extensão ligava o mar e a Espanha e tinha um grande tráfego de ligeiros e pesados. Passava pela maior parte dos Centros das Sedes de Concelhos, Albergaria-a-Velha, Oliveira de Frades, Vouzela, S. Pedro do Sul, Viseu, Mangualde, Fornos de Algodres, Celorico da Beira e ligava as três Capitais de Distrito, Aveiro, Viseu e Guarda.
Apesar de muito sinuosa, não havendo outra alternativa, tinha por vezes grandes congestionamentos na Fronteira de Vilar Formoso, onde se formavam filas com 10 Kms.
Em 1980 foi substituída pelo IP5 e este para evitar a grande sinistralidade pela A25 concluída em 2006. O tempo de viagem diminuiu de 4 horas para 2.
A Estrada Nacional N.º16 que bordeja o Rio Vouga e atravessa o Dão e o Mondego, é de grande interesse turístico, já que faz parte das Aldeias Históricas.
Os 14 Concelhos por onde passa criaram a Rota da Estrada 16 que será uma Rota Turística.
Passando pelo Concelho de Mangualde numa extensão de 28 Kms, Marco Almeida, Presidente da Câmara Municipal de Mangualde deu ao Jornal Renascimento a seguinte informação: - “O Município de Mangualde é um dos Municípios que preparam a Rota turística da EN16 com o objectivo de criar um produto de dinamização e valorização dos territórios percorridos por esta via.
O Município de Mangualde tem previsto já para este ano de 2022 um investimento de mais de 100 mil € em sinalização horizontal e vertical nos mais de 28 Kms da EN16.”

A Ferrovia nas Beiras

Linha da Beira Alta
A Linha da Beira Alta foi inaugurada em 1882.
Nos últimos anos tudo o que se tem prometido para o desenvolvimento da Ferrovia na Linha da Beira Alta e também noutras linhas nada tem sido feito.
Em 2016 foi anunciado um investimento fantástico (porque foi simples fantasia) de 2 mil e 100 milhões de euros para revolucionar a ferrovia nacional. Praticamente nada foi feito.
Entretanto foi anunciado que a Linha da Beira Alta já está toda em obra. Mas, os prazos de conclusão já derraparam. Se tudo correr bem, só para 2023 estarão concluídas.
O investimento previsto é de 550 milhões de euros e inclui uma nova ligação na Pampilhosa para acesso da Linha do Norte à Linha da Beira Alta, mas destina-se essencialmente ao serviço de mercadorias e não se prevê o aumento de velocidade neste troço.
Durante o período de obras, cerca de 9 meses, a Linha da Beira Alta fecha tendo como alternativa a Linha da Beira Baixa para ligações a Espanha.
As obras entre Santa Comba Dão e Mangualde, 57,6 milhões de euros e Mangualde Celorico da Beira, vão substituir integralmente as travessas por travessas monobloco em betão, polivalentes, alterar os cais e as estações de forma a permitir o cruzamento de comboios com 750m.
A Linha da Beira Alta está integrada no Corredor Internacional Norte, cujas obras reforçam a ligação á Europa, facilitam o Transporte de Mercadorias aumentam a eficiência e a competitividade, reduzem a poluição e melhoram as condições de segurança e circulação.

Linha da Beira Baixa
O comboio desliza pela linha nova sem sobressaltos, suavemente.
A Cidade da Covilhã e a da Guarda voltaram a estar ligadas após 12 anos de encerramento, com um investimento de 77 milhões de Euros.
Uma linha nova com velocidades do passado já que os comboios poucas vezes passam dos 100 kms.
Em alguns troços da linha, poucos, chega a atingir 140, ou 200 Kms, mas fruto das curvas acentuadas e do traçado da linha que não foi alterado, vê-se obrigado a reduzir a velocidade.
Quem parte de Lisboa chega ao Entroncamento, inverte para Leste e segue a Linha da Beira Baixa, passando por Abrantes, Rodão, Castelo Branco, Fundão, Covilhã e Guarda, onde se encontra com a Linha da Beira Alta.
Durante parte do trajecto tem o Tejo por companhia e a Leziria Ribatejana. Passa pelo Castelo de Almourol e as Barragens de Belver e Fratel. Depois a Serra da Estrela e os seus contrafortes.
As carruagens fabricadas na Sorefame nos anos 1960/70 foram totalmente remodeladas em 1980/90 e são confortáveis, com largas janelas para observar as vistas extraordinárias. Em comodidade não ficam a dever nada aos comboios europeus.
O comboio é composto de uma locomotiva, duas carruagens de segunda classe e duas de primeira. Tem um Bar onde se pode fazer uma refeição simples ou tomar um café e uma bebida. Os preços são acessíveis - um café 0,80€.
De Lisboa à Guarda leva 4 horas e 27 minutos e custa 21,20 €. De Autocarro são 4 horas e tem o preço de 19 €.
Como novidade a circulação do comboio porta-automóveis da Takargo que liga a Auto Europa, em Palmela a Martorell em Barcelona.
Uma linha que durante 125 anos liga Aldeias e Cidades à Capital do País, Lisboa.