EDITORIAL Nº 818 – 15/3/2022

Em defesa da Paz
A Nato voltou a acordar!
Não fosse a Guerra Ucraniana, continuava como bem disse Emmanuel Macron, Presidente da França, “em morte cerebral”.
Criada em 1949, surge após a 2.ª Guerra Mundial com o objectivo de se opor ao Bloco Comunista, que começava a ser uma ameaça para o Ocidente, melhor para todo o Mundo.
Composta por 30 Países, destacam-se os Estados Unidos como o mais influente. Eram só 16 até ao início do Sec. XX. Depois com a dissolução da União Soviética em 1991, alguns Países que tinham pertencido ao Pacto de Varsóvia juntaram-se ao Ocidente e à Nato.
E aqui reside a Segurança e a Paz que impede o expansionismo russo.
O actual líder russo, Putin, vem no seguimento dos “ines”, Lenine, Staline, ditadores ferozes, sanguinários, responsáveis por milhões de mortos.
Este ditador da Rússia, Putin, um autocrata, desencadeou, quando não se esperava uma guerra feroz contra o povo da Ucrânia, invadindo-a com um exército de centenas de milhar de tropas armadas.
O mundo civilizado, incrédulo e alarmado reagiu com sansões económicas e apoios ao povo martirizado.
A Rússia, com esta acção, é hoje um País isolado, a sofrer sansões que se vão repercutir por muitos anos.
Putin, destruidor, está cada vez mais isolado, representa um perigo para o Mundo e vai ficar atolado numa guerra.
No interior da Rússia, o povo é enganado pela poderosa máquina da Comunicação do estado, suprimindo as redes sociais e fazendo o controlo dos seus contactos. É dito ao Povo, que a invasão é a reposição das fronteiras naturais da “mãe russa” e para travar uma operação de limpeza étnica dos nazis. Putin é apoiado pela extrema direita russa, ultra liberal que apoia o seu nacionalismo militarista
Mesmo assim, milhares de russos, corajosos, manifestam-se contra a invasão e sofrem a prisão.
O Mundo mobilizou-se contra esta atitude repugnante, um crime contra o Direito Internacional e a Paz.
Portugal multiplica-se em apoios e tece as mais duras críticas a esta invasão.
Só há um Partido, em Portugal, o Partido Comunista que não é claro quanto à condenação. Enreda-se em explicações e não toma posição.
Na Imprensa nacional, um conhecido autarca, comunista, que durante anos teve pelouros numa das principais Câmaras portuguesa escrevia na sua crónica semanal:- “Assistimos ao drama da invasão da Ucrânia pelas tropas russas. Invasão que só pode merecer a mais veemente repulsa dos cidadãos de todo o Mundo. Invasão que, personificada em Putin, não é obra de um homem só, antes de um sistema oligárquico capitalista. Invasão que, repito é inadmissível e representa o regresso de uma barbárie à Europa”.
Análise perfeita, uma condenação com coragem. Porém, na crónica da semana seguinte, talvez tendo sido “repreendido”, pelas declarações, já se desfazia em múltiplas explicações.
Putin é um tirano violento, as suas mãos têm sangue. É um criminoso de Guerra.