Guerra na Ucrânia


A Ucrânia é um grande País da Europa de Leste, sendo o segundo maior, depois da Rússia, com a qual faz fronteira a leste e nordeste. Aliás, o nome de Ucrânia provém da palavra eslava fronteira.
Fez parte da união das repúblicas socialistas soviéticas, a URSS, que era governada pelo partido comunista da União Soviética e tinha como capital a cidade de Moscovo.
Nos anos 30 do século passado, Estaline estabeleceu um programa de coletivização da agricultura. O Estado apoderava-se da produção agrícola e dos rebanhos dos camponeses, tornando as fazendas coletivas. Tudo o que produziam era controlado pelos militares e pela polícia secreta. Os que resistiam eram presos, deportados ou executados. No outono de 1932, as autoridades soviéticas começaram a requisitar os cereais, as batatas e os restantes alimentos produzidos pela população maioritariamente rural para vender aos países capitalistas, por forma a conseguir os meios para dinamizar a industrialização da União Soviética. As atividades comerciais estavam proibidas. Calcula-se que, pelo menos quatro milhões de pessoas tenham morrido de fome, devido a esta política, em apenas nos dois anos de 1932 e 1933. Há, inclusivamente, referências a casos de canibalismo.
Em 1985, com Mikhail Gorvachev no poder da URSS, teve início a perestroika, ou seja, a reestruturação económica.
Em Julho de 1990, o Soviete Supremo da Ucrânia proclamou a soberania da República. No ano seguinte foi aprovada a declaração de independência e foi convocado um plebiscito para a sua ratificação, que teve lugar com 90% de votos favoráveis.
Em 1991, os presidentes da Ucrânia, da Federação Russa e da Bielorússia declararam o fim da URSS.
Parece que a guerra contra a Ucrânia, a que Vladimir Putin deu início, visa a reconstituição da extinta União Soviética.
Presentemente, o espaço mediático, que era ocupado principalmente pelas notícias da pandemia, cedeu o lugar às notícias da guerra. Sabemos que têm morrido muitos civis que estavam abrigados e até outros que estavam no espaço público, como uma dezena de pessoas que faziam parte de uma fila para comprar pão.
O Papa Francisco, líder de 1.300 milhões de católicos, e Cirilo, patriarca de Moscovo e da Igreja Ortodoxa russa, fazem apelo a uma “paz justa”.
O fenómeno da guerra acontece praticamente em todas as sociedades, desde as mais arcaicas às mais modernas, em todas as civilizações e em todas as épocas. Esperava-se, porém, que tal não acontecesse nos tempos atuais. Com a criação da União Europeia, pretendia-se evitá-la na Europa. Esperemos que Putin não recorra à utilização de armas nucleares, pois seria um enorme contributo para apressar a destruição do Planeta já tão maltratado pelos que nele habitam.