CONSULTÓRIO

MONONUCLEOSE INFECCIOSA
CONHECIDA, TAMBÉM, PELO NOME DE DOENÇA DO BEIJO!
Um dos grandes sintomas da Mononucleose Infeciosa é a existência de uma grande fadiga ao mínimo esforço. Mas, nem sempre, a manifestação de cansaço frequente, num adolescente, pode significar que é devido à doença do beijo.
A Mononucleose está associada a outros sintomas.
Doença do beijo e fadiga
A Mononucleose infecciosa, também conhecida por doença do beijo ou doença de Pfeiffer, é uma doença viral provocada pelo vírus de Epstein-Barr.
Este vírus propaga-se através da saliva infectada, por exemplo por intermédio de um beijo, mas também através de objectos colocados na boca ou de um copo que foi bebido por várias pessoas ou, ainda, através de um espirro.
Afecta, principalmente, as pessoas mais debilitadas. Em princípio, qualquer pessoa pode transmitir o vírus o qual pode ficar no organismo o resto da vida. No entanto, as pessoas mais contagiosas são as pessoas doentes, as que acabam de ser infectadas ou as que se curaram recentemente.
A Mononucleose não tem os mesmos efeitos em todas as pessoas
A maior parte das pessoas são contaminadas na infância, ainda antes da idade dos cinco anos. Nesta idade, o efeito dos vírus é muito limitado e os sintomas passam, muitas vezes, desapercebidos.
Nos mais idosos, embora os sintomas da doença possam também ser pouco exuberantes, por vezes, ao contrário, podem simular uma doença grave.
Uma grande fadiga
São sobretudo os adolescentes e os adultos os que são mais atingidos pela Mononucleose: dores de garganta, febre elevada, gânglios do pescoço aumentados de volume, assim como por vezes, os das virilhas ou das axilas.
O doente sente-se extraordinariamente cansado, com os mínimos esforços.
Frequentemente existe um aumento do baço associado, por vezes, a perturbação do funcionamento do fígado.
Por entre outros sintomas eventuais podem surgir erupções cutâneas, edema à volta dos olhos e icterícia.
A doença declara-se, geralmente em adultos jovens, quatro a sete semanas após a contaminação.
O diagnóstico
A melhor maneira de determinar se se trata verdadeiramente de uma Mononucleose, e não de uma grande fadiga, é efectuando uma análise ao sangue: o hemograma mostra uma elevação dos monócitos, os anticorpos IgM elevados significam uma contaminação recente e que o paciente está em plena doença. Os anticorpos IgG aumentados significam que a pessoa esteve em contacto com o vírus. Estes anticorpos persistem durante muito tempo (toda a vida) no sangue.
Na prática, a Mononucleose é uma afecção geralmente benigna. Uma das complicações eventuais poderá ser a rotura do baço, pelo que não é aconselhado exercer actividade desportiva durante os primeiros meses que se seguem após o fim da doença, nem transportar cargas pesadas.
Duas semanas em casa
Como a Mononucleose é provocada por um vírus, os medicamentos têm pouca utilidade. Os antibióticos não têm qualquer efeito, ao passo que antipiréticos e os antiálgicos aliviam, unicamente, as dores de garganta e a febre.
O melhor tratamento é o repouso.
Ficar em casa uma ou duas semanas, beber água em quantidades suficientes e evitar os esforços pesados, devem provocar um alívio dos sintomas.
A doença passa por si ao fim de duas semanas a dois meses. Por vezes, a fadiga pode persistir ainda mais algum tempo.
A mononucleose e a Long Covid – estudos e trabalhos recentes têm mostrado, num número de casos que rondam os 10% uma reactivação do vírus Epstein Barr em situações de LongCovid.