Conselho: não adoeça em Agosto!!!


Todos nos orgulhamos em ser portugueses, das nossas praias, das nossas montanhas, das nossas tradições da nossa gastronomia mas quando temos de levar com a Diretora Geral de Saúde e com os nossos governantes, o nosso íntimo diz-nos que temos uma vergonha imensa em quem nos tutela.
No seu rol de conselhos maternais, a Diretora Geral de Saúde abordou a importância da climatização dos espaços fechados, de modo a dar “conforto térmico” e mostrou, mais uma vez, que tem consciência do País real. Um país onde a maior parte da população sufoca de calor nos meses quentes e tilinta de frio nos meses frios dentro das suas casas. Esqueceu apenas de referir a urgência de se retomar o “Programa de Apoio a Edifícios Mais Sustentáveis” do Fundo Ambiental, mas de preferência através de um processo menos complexo, menos extenso e acessível a todos os portugueses. Quando a Senhora Diretora for de férias, deverá aparecer o senhor que nos aconselhou as compotas…ó valha-nos Deus!
Ao recordar que a “pior coisa” que pode acontecer é “adoecer em férias” e em agosto, mês que também não é bom para ter acidentes, doenças ou qualquer outra maleita, a Diretora Geral de Saúde, Graça Freitas expõe de uma forma ridícula e absurda as fragilidades do estado de quase falência do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Por todo o país anunciam-se fechos e encerramentos temporários de cuidados básicos de saúde e não há ninguém que venha para a rua manifestar a sua indignação. É neste país com um povo adormecido e anestesiado pelo método socialista que o Estado mostra todo a sua incapacidade de nos governar e nos projetar um futuro sorridente, gerindo a desgraças do presente e culpando o passado, apesar de António Costa governar desde 2015!
E não é atirando dinheiro para cima dos problemas que se vai salvar o SNS, ou pelo menos garantir um SNS com qualidade razoável. A razão pela qual três milhões de portugueses trocaram a saúde gratuita pela paga é simples: a gestão privada na saúde esmagou a gestão pública. Cito Álvaro Almeida, ex-deputado do PSD e professor de Economia da Saúde “Não há nenhum gestor hospitalar no mundo que consiga gerir bem um hospital público. Os constrangimentos impostos pela má organização do sistema e as limitações resultantes do atual quadro político-jurídico impedem qualquer um, por muito competente que seja, de gerir bem.”
Ser português é um orgulho. Mas com este cenário, que é bem real, é caso para dizer: portugueses, neste verão, não saiam de casa, muito menos sonhem em ir para o estrangeiro comprando bilhete na TAP; façam um esforço para não ficarem doentes, nem ter acidentes. Já agora, façam turnos para ir a banhos, pois assim haverá mais espaço para jogar futebol ou raquetes no areal. Mas se tiver de ir de férias, não esqueçam que o melhor é irmos todos para Espanha e de carro, aproveitamos para atestar de combustível por lá, para deixarmos espaço aos estrangeiros, não vão eles adoecer por cá, e estejamos nós a atrapalhar!