COMEMORAÇÕES DO 25 DE ABRIL EM MANGUALDE

O Município de Mangualde, como é habitual, assinala o dia 25 de Abril com um conjunto de atividades culturais. O programa de iniciativas teve início no dia 15 de abril, com a abertura da Exposição da Associação 25 de Abril “O Golpe de Estado de 25 de Abril de 1974” e com uma tertúlia sobre o tema. À conversa com o Presidente da Câmara Municipal de Mangualde, Marco Almeida, estiveram três capitães de Abril, Vasco Lourenço, Aprígio Ramalho e Ferreira Amaral, que partilharam com o público memórias pessoais da Revolução dos Cravos, bem como refletiram sobre a atualidade. A sessão foi emotiva e de grande interatividade com o público.

A programação especial de abril continuou e no dia 25 de Abril, a Orquestra Juvenil + Música de Mangualde protagonizou bonito concerto. Perante numerosa assistência, o “Concerto pela Liberdade”, teve lugar pelas 16 horas, no Largo Dr. Couto, e contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Mangualde, Marco Azevedo.

A 28 de abril teve lugar na Biblioteca Municipal de Mangualde o espetáculo poético-musical “Mulheres de Abril”, produzido pela Associação Trovas e Madrigais.
O espetáculo “Mulheres de Abril” foi criado para celebrar uma data ímpar da história de Portugal: o 25 de abril de 1974, a Revolução dos Cravos. Esta iniciativa visa enquadrar e dar relevo ao papel da Mulher na luta pela liberdade dado que, no espaço mediático a que esta data se refere, a sua presença e participação acaba por raramente ser mencionada, muitas vezes esquecida.

“MULHERES DE ABRIL”
Numa abordagem superficial (apanágio desta celebração) à expressão artística da época, encontramos os aclamados poetas e cantores de intervenção como matéria principal para a celebração desta data. Desfiando camadas de um processo complexo e de parca informação como nos é chegado o período pré-revolução, podemos encontrar distintas personalidades do sexo feminino que também deram voz à insatisfação social amplificando ainda na sua expressão a luta pela igualdade de género num país onde, por exemplo, não tinham direito a votar. A condição social da Mulher naquela época torna o seu relato único, precioso e, por tal, lamentavelmente completo.