CONSULTÓRIO

Fibromialgia

A fibromialgia é uma doença, mal diagnosticada, que se acompanha de dores generalizadas.
A dor, ao tender limitar os movimentos, faz com que muitos dos portadores de fibromialgia tenham uma vida activa bastante diminuída.
Um estudo, levado a cabo em portadores de fibromialgia, mostrou que se estes realizassem, todos os dias, um mínimo de 30 minutos de actividade física iriam sentir a dor diminuir em 35%, ou seja, cerca de um terço.
Lembrar a Fibromialgia
É uma síndroma dolorosa difusa, ou seja, os portadores de fibromialgia têm dores em todo o corpo a maior parte do tempo.
É uma doença frequente (2 a 6% da população) que atinge preferentemente as mulheres (4 mulheres para 1 homem), entre os 40 e os 50 anos.
Um dos problemas com a Fibromialgia é que a sua origem não é, formalmente, identificada. Como consequência, não se sabe como a prevenir nem, verdadeiramente, como a tratar.
No que respeita às actividades físicas, é evidente que o facto de haver queixas dolorosas contínuas impede, frequentemente, os doentes de realizarem as suas actividades diárias.
Trata-se, aqui, de um verdadeiro círculo vicioso: a dor impede os fibromialgíticos de se mexerem e quanto menos se mexem pior se sentem.
A actividade física reduz a dor num terço
Após dois meses de actividade física - (marcha, actividades domésticas, jardinagem, desporto, etc.), 30 minutos de cada vez, 5 a 7 vezes por semana, com início progressivo de 5 minutos na primeira semana e depois mais 5 minutos cada semana -, notou-se um aumento da capacidade física, um aumento da tolerância ao esforço e uma diminuição da percepção dolorosa. As limitações físicas também diminuíram de forma significativa.
E não é obrigatório um verdadeiro programa de actividade física: o cúmulo de actividades que fazem parte da vida quotidiana pode ser suficiente desde que atinja um total de 30 minutos, e que essas actividades sejam um pouco mais esforçadas: caminhar mais e com passo mais apressado, subir as escadas em vez de usar o ascensor, etc., tudo conta!
Assim se demonstra a importância da manutenção de uma actividade física continuada.
Mais do que os analgésicos que não curam, mas apenas aliviam a dor, a actividade física permite a melhoria do bem-estar dos doentes e da sua qualidade de vida.
E, mesmo sem sofrer de fibromialgia, não deixe, nunca, de praticar exercício, seja integrado nas actividades do dia-a-dia, seja num programa apropriado e desenhado pelo seu médico ou terapeuta.
Por tudo isso, MEXA-SE!