Outubro Rosa – Mês de Prevenção do Cancro da Mama – Manuel Marques deixa Grupo de Voluntariado Comunitário depois de 12 anos à frente do mesmo

Teve lugar no mês que agora findou, outubro, o “Outubro Rosa”, promovido pela liga portuguesa contra o cancro.
“O movimento “Outubro Rosa” nasceu nos Estados Unidos da América, na década de 90 do século passado, com o intuito de inspirar a mudança e mobilizar a sociedade para a luta contra o cancro da mama. Desde então, por todo o mundo, a cor rosa é utilizada para homenagear as mulheres com cancro da mama, sensibilizar para a prevenção e diagnóstico precoce e apoiar a investigação nesta área.”
Neste sentido, todos os anos, a Liga Portuguesa Contra o Cancro, promove a iniciativa “Outubro Rosa”, tendo como objetivo a consciencialização para a prevenção e o diagnóstico precoce do cancro da mama. Assim, a comunidade é convidada a unir-se ao movimento nas várias iniciativas que são levadas a cabo.
Em Mangualde, o Núcleo Regional do Centro da LPCC, através do Grupo de Voluntariado Comunitário de Mangualde, promoveu, a exemplo do que já havia acontecido no ano passado, este ano em colaboração com a Juntas de Freguesia de Abrunhosa-a-Velha, Fornos de Maceira Dão, São João da Fresta, União de Freguesias de Moimenta do Dão e Lobelhe do Mato e também com a Fábrica de Confeções CBI, a iniciativa “Outubro Rosa”, que mais uma vez se mostrou um verdadeiro sucesso, nas palavras do seu responsável Sr. Manuel Marques, opinião corroborada pela Coordenadora Drª. Laura Tomé do Nucleo Regional do Centro que frisou que “o Grupo de Mangualde é um grupo muito ativo e tem um sentimento e pertença e ligação muito grande à comunidade”.
Ações de sensibilização por diversos profissionais de saúde, entre eles especialistas da área oncológica, caminhadas, quermesses, jantares e almoços, animação musical, entre outras, foram as várias atividades desenvolvidas com vista a realização desta “Outubro Rosa”.
Mais uma vez, o resultado foi gratificante, e a deslocação para as freguesias parte duma reunião tida em Maio de 2022 com a orientação das ações para esse ano. Após uma ação de sensibilização realizada em Mangualde (no auditório dos Bombeiros Voluntários) onde apenas estiveram presentes quatro pessoas, Manuel Marques e o seu Grupo de Voluntariado acharam que era altura de mudar, lançando o desafio a algumas freguesias, logo 4 das freguesias do concelho (União de Freguesias de Tavares, Freixiosa, Quintela de Azurara e Espinho) se disponibilizaram para a realização do “Outubro Rosa” e foi um sucesso, deu muita força e animo para quer o Grupo de Voluntariado de Mangualde continuasse e fosse em frente. Uma vez que no ano anterior tudo correu tão bem, este ano, o Grupo voltou a tomar a mesma iniciativa e partiu para mais 4 freguesias (Abrunhosa a Velha, Fornos de Maceira Dão, São João da Fresta e União de Freguesias de Moimenta de Maceira Dão e Lobelhe do Mato) “fizemos um encerramento na União de Freguesias de Moimenta do Dão e Lobelhe do Mato, como não se via há muito tempo. Um enceramento digno, digno de quem representa a Liga Portuguesa conta o cancro”, salientou Manuel Marques.
Além de tudo o que foi desenvolvido nas freguesias, também a fábrica de confeções CBI, se associou, recebendo uma ação de sensibilização. Refira-se que também no ano passado, esta fábrica já o havia feito, com a oferta de 200 almofadinhas do coração, para as mulheres que fazem mastectomia.
A cada ano são diagnosticadas cerca de 7000 mulheres com cancro da mama. Está muito avançado, apesar de não ser ainda o que mata mais. O que mata mais é o cancro colo retal, daí a necessidade de alertar e sensibilizar para a importância do rastreio do cancro. Refira-se que o nosso concelho tem um elevado número de casos de cancro da mama que, ultimamente, têm vindo a aumentar muito.

MANUEL MARQUES DEIXA O GRUPO DE VOLUNTARIADO DE MANGUALDE DEPOIS DE 12 ANOS DE LIDERANÇA
O Grupo de Voluntariado de Mangualde é composto por 16 voluntários, um deles, Manuel Marques, que durante 12 anos esteve à frente do Grupo.
“No final do ano vou abandonar a Liga Portuguesa Contra o Cancro”, informou Manuel Marques, acrescentando ainda “vou-me dedicar um bocadinho à família, porque este Grupo aqui sediado em Mangualde e pertencente à Liga Portuguesa Contra o Cancro já requer muito, muito trabalho e eu tenho-me dedicado a isto a 100%. No dia 31 de dezembro, terminarei de todo, a minha ligação à LPCC”.
Manuel Marques, que diz não haver qualquer celeuma ou questão com a Liga para tomar esta decisão, mas a verdade é que o futuro do Grupo de Voluntariado fica incerto, uma vez que se consta também, haver vontade de, juntamente com Manuel Marques, outros voluntários abandonarem. “Não quero que saiam, quero que fiquem todos”, frisa Manuel Marques.
Destes 12 anos, Manuel Marques congratula-se com toda a ajuda e apoio que deu a quantos o procuraram enquanto representante do Grupo de Voluntariado de Mangualde da LPCC
Já por parte do Núcleo Regional do Centro, uma necessidade que a Liga tem vindo a notar é a necessidade de recrutamento de mais voluntários para os vários Grupos de Voluntariado e agora, em particular, porque é a época específica para o peditório nacional, não esquecendo que 80% dos fundos da Liga provêem da comunidade através de todas as ações que são desenvolvidas anualmente.
Em relação à saída de Manuel Marques, Laura Tomé, refere que adiantar um nome para o lugar que vai ficar vago “é ainda muito preliminar estarmos a avançar com esta informação. É uma decisão que será tomada no seio do próprio grupo e que ainda não foi abordado, por isso não posso ainda dar este tipo de respostas”, acrescentando ainda “Não existem, eleições, não existem nomeações, é uma decisão tomada em articulação com o Grupo e com a sede de Coimbra”, não esquecendo que, a pessoa designada para o lugar, terá obrigatoriamente que ser Voluntário da Liga e depois, cumprir os requisitos necessários ao cumprimento da função.
Quando eventualmente houver mais que uma pessoa disponível para assumir a liderança do Grupo, há sempre a possibilidade da distribuição de áreas de atuação. De contrário, se não houver ninguém disponível para assumir a liderança do Grupo a Liga tentará recrutar novas pessoas para entrar no grupo e, depois de testar a sua forma de estar, o seu comportamento e depois sugerir que se torne responsável, tal ainda não for possível, o trabalho terá que ser feito na mesma, “será mais difícil, exigirá um esforço maior, mas a não existir ninguém tudo se manterá até que se encontre alguém”, conclui Laura Tomé.