RECORDAÇÕES

janeiras

ISABEL DE CASTRO
1931-2005
Isabel Maria de Castos Osório de Castro e Oliveira, de seu nome completo, nasceu, em Lisboa, no dia 1 de Agosto de 1931 e faleceu em Borba no dia 23 de Novembro de 2005, vítima de doença prolongada. Deixou-nos aos 74 anos e para trás ficou uma carreira feita de muito e bom trabalho, no entanto teve um inicio de trabalho precoce. Aos 7 anos escrevia ficção e aos 9 anos escrevia poesia. Aos 16 anos escreveu uma novela “Antes da Vida Começar» que foi publicada em 1951. Com apenas 14 anos entrou no filme “Ladrão Precisa-se” e representou 3 peças no Teatro Estúdio do Salitre. Depois foi conhecida no teatro e no cinema rodando 69 filmes.
Trabalhou nas maiores companhias do Teatro Português. E embora já muito debilitada conseguiu reunir forças Para rodar o que seria o seu último trabalho no filme “A Casa Encantada” que não chegou a estrear nos cinemas em Portugal. Do palco despediu-se em 2002 no Teatro Nacional de São João do Porto onde protagonizou a celebre tragédia “A Castro”.
Poucos actores tiveram o privilégio de trabalhar com tantos encenadores diferentes e de representar tantas peças de teatro passando pelos palcos do Teatro Avenida, Trindade, Experimental do Porto, Monumental, Cascais, Cornucópia, Teatro Aberto, Casa da Comédia e São Luis Cine. Por opção fez pouca televisão, no entanto nos anos 80 entrou nas series “Duarte & Cª “ e “Alves dos Reis” e nas novelas “A Grande Aposta” e “Anjo
Selvagem. Fez uma digressão a África, Angola e Moçambique. A sua beleza e o valor representativo invulgar chamou a atenção de produtores espanhóis que a chamaram ao país vizinho para rodar vários filmes, tais como, “Barrio” (1947), “El Gordo Que Viu Uma Estrela” (1955).
Em Portugal entrou em obras importantes como “Brandos Costumes” (1975), “Francisca” (1981), “Um Adeus a Portugal” (1986), “Chá Forte Com Limão” (1993) e muito especialmente no filme “o Destino Marca a Hora” ao lado de Tony de Matos e Anabela.
Chegou a recusar um convite para Hollywood numa altura que fazia cinema em Espanha.
Foi várias vezes premiada ao longo de uma carreira de 60 anos, sendo no ano de 2003 homenageada em Abrantes, um facto que passou despercebido no País mas apoiada pelos colegas e amigos.
Isabel de Castro também frequentou o Conservatório Nacional, uma escola na formação de grandes actores e actrizes, o que não acontece agora onde estes aparecem em telenovelas sem quaisquer preparação artística. É pena.