EDITORIAL Nº 693 – 1/10/2016

SR. TAVARES
Caro leitor
Dizia minha mãe que Deus tem “A conquista do coração começa pela boca”.
Na Corvaceira, na festa de S. Miguel no passado dia 25 de setembro, o pároco explicava e falava à luz do evangelho de partilha. E partilha é estar à altura dos nossos irmãos. Dos irmãos mais desfavorecidos. Falar é uma coisa, obras é muito mais.
Nesse mesmo dia, fui convidado a jantar em casa de uma família unida, com mais de 20 pessoas à mesa e para abençoar os mesmos todos os anos é convidado o seu pároco. Esta família constitui assim os ambientes no qual vivem e exprimem as suas aspirações de alma.
Os povos como as famílias também se exprimem segundo o seu meio o seu passado e as suas condições.
Esta família cria assim expressões da sua alma, transmite às gerações seguintes o seu modo de ser e assegura a sua identidade e continuidade.
Nos quatro cantos do mundo está um pouco da cultura portuguesa transmitida por cada mulher e cada homem. A maior parte destes nossos emigrantes já ouviram elogios da culinária portuguesa.
Os algarvios elogiam uma boa posta à mirandesa e uma feijoada. E nós, beirões, uma boa caldeirada e um bom marisco.
Quando deixarmos de manifestar as nossas caraterísticas de vida, através de expressões culturais, algo vai muito mal, porque a cultura é a alma de um povo.
A culinária e quem se preze é uma das expressões mais reveladoras da cultura e personalidade. Ela compreende todos os sabores, mas também a apresentação da mesa, toalhas, talheres, etc. e para além disso está presente também à mesa a boa vontade, as boas maneiras e as conversas adequadas à ocasião.
Parabéns à família Joaquim Cunha que marca assim a boa harmonia social.
Abraço amigo,