Caro leitor
Dizia minha mãe que Deus tem “A conquista do coração começa pela boca”.
Na Corvaceira, na festa de S. Miguel no passado dia 25 de setembro, o pároco explicava e falava à luz do evangelho de partilha. E partilha é estar à altura dos nossos irmãos. Dos irmãos mais desfavorecidos. Falar é uma coisa, obras é muito mais.
Nesse mesmo dia, fui convidado a jantar em casa de uma família unida, com mais de 20 pessoas à mesa e para abençoar os mesmos todos os anos é convidado o seu pároco. Esta família constitui assim os ambientes no qual vivem e exprimem as suas aspirações de alma.
Os povos como as famílias também se exprimem segundo o seu meio o seu passado e as suas condições.
Esta família cria assim expressões da sua alma, transmite às gerações seguintes o seu modo de ser e assegura a sua identidade e continuidade.
Nos quatro cantos do mundo está um pouco da cultura portuguesa transmitida por cada mulher e cada homem. A maior parte destes nossos emigrantes já ouviram elogios da culinária portuguesa.
Os algarvios elogiam uma boa posta à mirandesa e uma feijoada. E nós, beirões, uma boa caldeirada e um bom marisco.
Quando deixarmos de manifestar as nossas caraterísticas de vida, através de expressões culturais, algo vai muito mal, porque a cultura é a alma de um povo.
A culinária e quem se preze é uma das expressões mais reveladoras da cultura e personalidade. Ela compreende todos os sabores, mas também a apresentação da mesa, toalhas, talheres, etc. e para além disso está presente também à mesa a boa vontade, as boas maneiras e as conversas adequadas à ocasião.
Parabéns à família Joaquim Cunha que marca assim a boa harmonia social.
Abraço amigo,