UMA QUESTÃO DE SAÚDE

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LÍDIA
Lídia conheceu-o na escola. De boas famílias e com uma aparência irrepreensível, não muito mais velho que ela, tinha no olhar um brilho de felicidade e na pele juventude, saúde e vida. Sedutor, atraente, sorriso e palavras doces, humor refinado…
Naquela noite olhou um pouco mais para ela. Pelo menos ela achou que sim. Ela tinha bebido, ele também. Houve um momento em que ele disse que não tinha trazido preservativo, ela disse que deviam parar, mas não, já não dá para parar, ainda para mais ela nem se esqueceu de tomar a pílula…
No dia seguinte ele esqueceu o nome dela, meses depois ela esqueceu o dele.
Hoje Lídia tem 25 anos. Casou há 2. Está grávida. Não fez análises pré-concecionais e por isso não fez o despiste do VIH antes de engravidar. Descobriu hoje, grávida, que tem positividade para o vírus VIH.

No dia 1 de Dezembro, assinala-se o Dia Mundial de Luta contra a Sida.
“Testar, Tratar, Prevenir” é o lema da Semana Europeia do Teste VIH-Hepatites que entre os dias 18 e 25 de novembro chamou a atenção da população para os benefícios do rastreio de VIH (vírus da imunodeficiência humana) e hepatites virais. Criada em 2013 pelo HIV in Europe, esta iniciativa faz um apelo à comunidade europeia para reunir esforços durante esta semana de forma a sensibilizar as pessoas sobre as vantagens de conhecer o estatuto serológico para a infeção pelo VIH. Posteriormente, em 2015, a Semana Europeia do Teste alargou o seu âmbito de intervenção ao rastreio às hepatites B e C, prevalentes em alguns dos grupos mais vulneráveis à infeção pelo VIH.
Em Portugal, aproximadamente metade das pessoas que são diagnosticadas com infeção por VIH apresentam sinais e sintomas de doença avançada e, por isso, em alto risco de desenvolver complicações graves e potencialmente mortais.
Tal como a infeção por VIH, as hepatites C e B são um importante problema de saúde pública na União Europeia, incluindo Portugal.
Os vírus das hepatites C e B e o VIH transmitem-se através da partilha, com pessoas infetadas por estes vírus, de material utilizado para preparação e consumo de drogas ilícitas, de medicamentos (por exemplo esteroides anabolizantes em ginásios), injetáveis e de material não esterilizado para tatuagens e piercing; por via sexual, particularmente, as infeções por VIH e VHB (vírus da hepatite B) e, no caso da infeção por VHC (vírus da hepatite C) em algumas práticas sexuais com parceiro infetado; e da grávida para o recém-nascido em situações de gravidez não vigiada ou tratada de acordo com as infeções em causa.
Quanto mais cedo conhecer o seu diagnóstico de VIH, VHC e VHB, mais rapidamente poderá beneficiar do efeito dos tratamentos de VIH e de VHB, melhorar a sua qualidade de vida e longevidade e ser curado para VHC.
Saiba onde pode fazer o teste em www.pnvihsida.dgs.pt.
(fonte: dgs.pt)