Arquivo da Categoria: Rosto

Jovens refletiram sobre saúde e bem-estar mental


A saúde e bem-estar mental estiveram no centro das atenções, na passada quinta-feira, dia 16 de novembro, na biblioteca municipal, durante a sessão “Educação para a Saúde pela Música”, dinamizada pela ONG (Organização Não Governamental) “Sol Sem Fronteiras”.
Nesta iniciativa, promovida pelo Município, participaram jovens entre os 15 e os 17 anos, que foram convidados a refletir e a desconstruir a realidade, explorando o bem-estar emocional, através da música, sob o lema “Ver, escutar, sentir”.
Maria José Coelho, vereadora da Ação Social na Câmara municipal de Mangualde marcou presença, assim como Teresa Teixeira, do Instituto Português do Desporto e Juventude e Cristina Matos, coordenadora do Programa de Educação para a Saúde do Agrupamento de Escolas de Mangualde.
A sessão decorreu no âmbito da candidatura do Município “Educação para a Saúde” do Programa “Cuida-te +”, da responsabilidade do Instituto Português do Desporto e Juventude.

Mota-Engil ATIV apresenta Projeto de Sequestro de Carbono


Projeto da Corvaceira, que será apresentado no próximo dia 6 de dezembro, em Mangualde, pretende plantar um total de 72 583 árvores só nesta região
A Mota-Engil ATIV, empresa multisserviços do Grupo Mota-Engil, que desenvolve soluções que promovem o desempenho operacional e a eficiência energética, hídrica e carbónica organizacional, vai apresentar o Projeto da Corvaceira no próximo dia 6 de dezembro, na localidade de Corvaceira no Concelho de Mangualde.
O encontro contará com a presença do Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, João Paulo Catarino, bem como dos Parceiros do projeto e outras entidades oficiais.
Fortemente comprometida com o roteiro para a neutralidade carbónica contribuindo com soluções que permitam apoiar Parceiros e Clientes na jornada para a descarbonização, a Mota-Engil ATIV já plantou mais de 1 000 hectares em floresta nacional e tem como objetivo atingir os 5000 até 2026, prevendo o sequestro de 4 milhões de toneladas de CO2eq nos próximos 40 anos.
Continuando a trilhar este caminho, mas a nível global, a Mota-Engil ATIV está ainda a analisar diversos projetos nas geografias onde o Grupo está presente. Estes projetos enquadram-se no âmbito da Diminuição dos Impactos das Alterações Climáticas, concretamente na redução dos gases com efeito de estufa na atmosfera, através do aumento do Sequestro de Carbono.
Para o Projeto da Corvaceira, a Mota-Engil ATIV vai plantar, na primeira fase, numa área de 87 hectares, em Chãs de Tavares, concelho de Mangualde, um total de 72 583 árvores, com um sequestro de CO2eq total esperado de 68 085 toneladas. Numa segunda fase do mesmo projeto estão a ser preparados mais 100 hectares.
Com o desenvolvimento deste projeto, a Mota-Engil ATIV pretende contribuir para a recuperação de terreno degradado por fatores bióticos e abióticos, mas assente numa estratégia holística de recuperar a paisagem florestal com espécies endémicas, com a criação de um bosque biodiverso e a criação de habitats dedicados à preservação da vida selvagem. Em simultâneo, pretende contribuir efetivamente para o sequestro de carbono, cujo stock será preservado, monitorizado e protegido durante um longo período, no mínimo de 40 anos, a ser validado pelo VERRA, a maior entidade mundial certificadora no mercado voluntário de carbono.
Através da implementação destes projetos, a Mota-Engil ATIV procura promover o restabelecimento florestal, contribuindo para a melhoria da biodiversidade, conservação da natureza e para o desenvolvimento empresarial sustentável.

Festa de Santa Cecilia em ABRUNHOSA A VELHA


Realizou-se no passado domingo, dia 26 de novembro, a tradicional festa em honra e louvor de Santa Cecília, nossa Padroeira e Patrona dos Músicos. As Festividades começaram com uma Arruada da nossa Banda pelas várias Ruas da Povoação anunciando Festa. Seguidamente foi rezada Missa, solenizada pelo Grupo Coral da Banda e Procissão, onde se incorporaram muitos devotos, vários andores lindamente enfeitados e, onde a Marcha Grave executada pela Banda, deu ainda mais solenidade a este acto. Após estas cerimónias religiosas, foi servido na Casa da Cultura o habitual banquete. Da parte da tarde, realizou-se o leilão das oferendas, que este ano, suplantou os anteriores, uma vez que a generosidade esteve bem presente e, cuja receita reverte para as despesas da Igreja (que tão necessitada está). Terminado o Leilão e, porque a Festa também foi sua, a Banda presenteou-nos com alguns números do seu vasto Repertório, sendo bastante aplaudida.Neste dia fizeram a sua estreia na Banda, as meninas Inês Almeida, Inês Diogo, Mariana Fonseca e o Menino Tomás Peixoto. Pela Páscoa já tinham iniciado o seu trajecto (que esperemos seja longo) as meninas Eunice Santos, Inês Santos, Liliana Soares e, o menino Luís Paulo Mota. De salientar a presença do Presidente e Vice-Presidente da Câmara e Presidente da Junta. De realçar também a homenagem de gratidão e reconhecimento, ao grande Artista da Terra Vitor Amaral, que graciosamente recuperou, com a sua habitual maestria o Andor de Nossa Senhora. Para terminarmos, deixamos aqui uma palavra de agradecimento e parabéns às Senhoras que voluntáriamente zelam pela limpeza e arranjo da Igreja. Estava linda e engalanada!…Parabéns a Todas e Parabéns!…Parabéns à Nossa Banda.É caso para dizer “estava linda a Festa Pá”.

Biblioteca Municipal de Mangualde assinalou 26º aniversário


A Biblioteca municipal de Mangualde (BMM) Dr. Alexandre Alves, contabilizou quase 30 mil visitas nos primeiros dez meses deste ano. Estes números incluem as entradas nas salas de leitura e as participações nas diversas atividades.
O equipamento que serve o concelho há 26 anos, data assinalada no passado dia 22 de novembro, reúne mais de 67.500 livros e mais de 4.800 leitores.
“Estes resultados evidenciam o papel que a biblioteca municipal desempenha na nossa comunidade. É um local de consultas, leituras, acessos à internet, encontros com escritores, mas é também por onde passa uma boa parte dos nossos eventos culturais, área que considerámos fundamental”, sublinha o presidente do município de Mangualde, Marco Almeida.
Até outubro deste ano, a BMM promoveu quase duzentas atividades culturais, dentro e fora do edifício, tendo atraído quase 14.500 participantes.
O 26º aniversário da Biblioteca Municipal Dr. Alexandre Alves foi celebrado durante dois dias, a 22 e 23 de novembro.  Na quarta-feira, a partir das 14h30, foram vários os intervenientes que se deslocaram áquele equipamento municipal e publicamente numa transmissão em direto, através duma parceria com a Rádio Dão Digital, deixaram os seus testemunhos sobre o espaço, as suas valências, o eventos, ações, livros…. tudo o que ali se pode encontrar.  
Às 18h00 foram cantados os parabéns com um brinde e um momento musical.
Na quinta-feira, 23 de novembro, às 21h00, foi inaugurada a exposição de escultura “Foco”, da autoria de Angelina Maia. Esta mostra, que celebra a força, a beleza feminina e a resiliência da mulher no combate ao cancro da mama, vai estar patente até dia 31 de janeiro. 
Na mesma noite, às 21h30, teve lugar uma sessão de esclarecimento sobre Literacia em Saúde com duas comunicações: “Medicina narrativa e literacia em saúde: desmistificando conceitos na doença oncológica, com Maria de Jesus Cabral e “Oficina de estética: um projeto de responsabilidade social dirigido a mulheres com cancro, com Benedita Aguiar. No final, houve ainda lugar para debate e testemunhos.

Em declarações à comunicação social, Maria João Fonseca, coordenadora da Biblioteca Municipal de Mangualde, explicou um pouco da ligação existente entre a Biblioteca e a comunidade ao longo destes 26 anos de existência
 “As Bibliotecas Públicas têm um papel preponderante na comunidade em que estão inseridas. A nossa Biblioteca, tem a particularidade de dar resposta às necessidades, digamos assim, de várias entidades da comunidade. E é esse o seu papel. Hoje em dia, não é tanto um espaço só de livros, no sentido clássico da Biblioteca. A Biblioteca é um sítio de livros, mas é um sítio, sobretudo, de informação e de saberes. Hoje temos menos gente, a requisitar livros, porque a leitura se faz de outras formas. Temos a leitura digital, por exemplo, que acaba por complementar o papel do livro físico. E depois, há esta relevância da Biblioteca enquanto centro. É quase um centro social. É um ponto de encontro onde acontecem atividades culturais. É um sítio onde acontecem formações, é um sítio onde acontecem reuniões das várias entidades que solicitam este espaço. Portanto, eu acho que a nossa Biblioteca, com muito orgulho meu e com todo o trabalho que tem sido feito por toda a equipa, obviamente, e com a abertura do Executivo, porque a Biblioteca sendo um espaço municipal, a nossa tutela é o Executivo, tem aqui todo um conjunto de querer dar resposta à comunidade, que, por sua vez, nos tem permitido também usufruir do carinho dessa própria comunidade.
A parte mais positiva e que tem realmente mais relevo, é que este é um espaço cultural, mas que acolhe todo o tipo de saberes e de fazeres.”
Quando questionada sobre o possível balanço, Maria João Fonseca refere
“O balanço é sempre positivo.
Tivemos uma pandemia pelo meio e tivemos algum retrocesso em termos de visitas. Aqueles dois anos foram muito maus, prejudicaram muito, porque a biblioteca esteve inclusivamente fechada, porém, fizemos a ligação à comunidade através de outras formas.
Agora estamos a recuperar esses números. Eu acho que o ano passado, 2022, já foi muito melhor do que 2021 e este ano, os números que temos são já superiores ao ano 22 e, portanto, acho que estamos de novo a recuperar. Agora, isto é um trabalho que requer muito esforço, que requer muita paciência.
Temos que criar outros hábitos para as pessoas virem à biblioteca, não só para requisitar os livros, mas que tenham também o hábito de sair de casa, de vir às atividades que promovemos”
Em relação à faixa etária predominante na Biblioteca de Mangualde, a coordenadora refere situar-se no jovem adulto.
“No ano passado tivemos um decréscimo no público infantil-juvenil, porque não nos foi permitido avançar com o projeto o Livros Sobre Rodas, que traz sempre à biblioteca todos os meninos do Concelho. Estamos a recuperar isso este ano e já está outra vez em funcionamento
Estamos outra vez a procurar criar novos leitores nessa faixa infantil-juvenil, mas como sabem, estas crianças só vêm através das escolas ou com os pais.
Mas, efetivamente, o nosso maior número de leitores é naquela faixa do jovem adulto, que vai desde os 15, 16 anos até à altura, mais ou menos, da faculdade. Os alunos universitários que antes da pandemia vinham para a Biblioteca, enchiam as salas a estudar a consultar e a usufruir da internet. Depois parou naqueles dois anos, agora, estamos também a recuperar.”
Por outro lado, a bibliotecária da Biblioteca Alexandre Alves destaca também uma outra perspetiva deste equipamento “É importante pensar que a biblioteca tem um papel social muito importante. É sobretudo o espaço de encontro. Enche-me o coração o facto de as pessoas saberem que podem recorrer à biblioteca para quase tudo. Isto é quase como uma farmácia.”
Em relação ao que tem para oferecer, particularmente a nível do material disponível Maria João refere “O nosso grande objetivo é ter todos os assuntos representados em termos do fundo bibliográfico.
Tivemos algumas doações, como é conhecido, e temos procurado ao longo de cada ano comprar, adquirir livros novos, nomeadamente o que é mais solicitado.
Nós temos muitos livros que são sugeridos e pedidos pelo público. Temos sempre isso em referência. Esses são prioritários, porque queremos chegar aos leitores, chegar a quem quer ler e se calhar não consegue.
Uma das missões da biblioteca pública é realmente permitir a igualdade de acesso aos bens culturais, quer sejam livros, quer sejam outras atividades, da mesma forma, em termos de recursos, em termos raciais, em termos de todo o tipo de público.”
A finalizar Maria João Fonseca deixou uma mensagem aos leitores “Quero convidar quem não está habituado a vir à biblioteca, a vir aqui e usufruir dos serviços que temos, trazer sugestões. 
Não somos só nós que oferecemos, nós também gostamos que o público venha e nos faça sugestões, porque é importante que o público se sinta envolvido na própria organização das atividades e na própria biblioteca.
Portanto, toda a equipa está aberta a estas sugestões.
 O convite é que venham, usem, desfrutem. É para isso que nós cá estamos, é isso que queremos fazer e ter esta casa sempre cheia com pessoas.”

EDITORIAL Nº 855 – 15/11/2023

Caro leitor
Realmente eu espero, e a maioria deste País espera, que no dia 10 de março, os portugueses votem em massa e votem bem.
Atualmente, ser do PS ou ter votado PS, não é curriculum ou mérito, mas sim cadastro.
O saudoso Medina Carreira dizia que o País estava entregue à ladroagem. António Costa, foi discípulo de Guterres e Sócrates. Portugal com o PS foi sempre a descambar. Do pântano e demissão de Guterres, passamos depois, quase à bancarrota com José Sócrates. Em 8 anos, António Costa recrutou o refugo das elites reles, propícias aos intentos da servidão do PS (clientelismo), que não olharam ao País e o deixam num caos.
Saúde e serviços públicos.
A política do PS foi pedir dinheiro externo, endividar Portugal e carregar os portugueses de impostos. Isto ninguém aguenta! E há ainda a corrupção. Portugal está no 5º País mais corrupto da Europa, aliado ao medo instalado, como em tempos uma importante figura do PS disse: “quem se meter com o PS leva”. Vergonha, isto não é democracia….
Com os escândalos dos últimos acontecimentos, o Presidente da República dissolveu o Parlamento e devolveu a responsabilidade aos portugueses. Todos nós sabemos que uma votação inconsequente pode dar lugar a que uma geringonça da esquerda seja reeditada e, o lugar de Primeiro Ministro, ser novamente usurpado como aconteceu com o Dr. Passos Coelho, que foi o mais votado nas eleições e não foi empossado como Primeiro Ministro. Em 18 anos, foi o único a não ter problemas com a justiça.
Pedro Nuno Santos é tão ou mais arrogante que José Sócrates. A instituição PS passou a ser um polvo, os tentáculos, ou discípulos são também Câmaras Municipais, mais arguidos irá haver!
Não há País ou povo que aguente a política PS. Pedir financiamento externo e carregar de impostos o Zé Povinho, é como nas famílias, se o empréstimo for maior que o rendimento, perdem a casa, quiçá, até o respeito.
Portugal tem perdido dignidade, dia após dia. Agora, para António Costa ser salvo e ter um lugar na Europa, parece querem dizer que era outro António Costa. Estamos entregues à bicharada. Acredite quem quiser, uma vez que ele pediu desculpa ao País, assumiu a culpa por inteiro.

Abraço amigo.

Saiba como…

SAIBA QUAIS OS ELEMENTOS QUE DEVEM CONSTAR NO SEU CONTRATO DE ARRENDAMENTO
O arrendamento é uma das modalidades do contrato de locação, quando nos referimos a bens imóveis, sendo a outra modalidade o aluguer, quando verse sobre bens móveis.
A este respeito, abordaremos nesta edição o tema do arrendamento para fins habitacionais.
O contrato de arrendamento, para fins habitacionais, deve ser celebrado por escrito, desde que outorgado após 12 de novembro de 2012, sendo que caso celebre ou tenha celebrado um contrato de arrendamento depois da referida data, sem outorga de contrato de arrendamento escrito, este tem se por nulo por vício de forma.
E quais os elementos que devem constar do contrato de arrendamento?
Importa ter atenção especial aos elementos que devem constar do contrato de arrendamento, são eles: a identificação das partes, o domicílio ou sede do senhorio, a identificação e localização do arrendado ou da sua parte, o fim do contrato, a existência da licença de utilização, certificado energético, o quantitativo da renda e a data de celebração.
No que tange à identificação das partes, é importante ressalvar que deve constar da mesma a identificação do/a cônjuge do senhorio, independentemente do regime de bens, exceto na separação de bens, uma vez que, sem o consentimento deste, o contrato é anulável, quando se trate de arrendamento de casa de morada de família, e caso o regime de bens seja o da separação ainda assim o/a cônjuge tem de consentir.
Quanto à exigibilidade da licença de utilização, esta é exigível apenas todos os imóveis cuja construção seja posterior a 7 de agosto de 1951 ou, ainda que posterior a essa data, mas que a Câmara ateste a dispensa da mesma, a inobservância quanto à ausência de licença de utilização ou documento que comprove que a mesma foi requerida ou ainda quanto à dispensa da mesma atestada pelo município, implica a sujeição do senhorio a uma coima não inferior a um ano de renda.
No que respeita ao certificado energético, é o documento do qual resulta a eficiência energética de um determinado imóvel, e tem obrigatoriamente ser referido no contrato de arrendamento desde que tenha uma área de implantação superior a 50 m2.
Ainda no que respeita à renovação do contrato, os contratos de arrendamento para fins habitacionais renovam-se automaticamente por três anos ainda que esteja definido no contrato um prazo menor.
Posteriormente à outorga do contrato, o senhorio tem a obrigação de participar o contrato à Autoridade Tributária até ao dia 20 do mês seguinte ao do início do contrato de arrendamento, havendo lugar a pagamento de imposto de selo no montante de 10% sob o valor da renda, a não participação do contrato à autoridade tributária importa o incorrimento do senhorio em responsabilidade contraordenacional.
Não deixe os seus direitos por mãos alheias contacte um profissional do foro jurídico.

IMAGINANDO

parte 136
Os Essénios – Parte 2
Essen e regressando à parte 1, já após a partida de Moisés para outras dimensões, e como anteriormente afirmámos, fundou um grupo “Os Essénios”, civilização que viveu entre os 150 anos a.C. até 70 anos d.C., sendo que nesta data fora completamente dizimada pelo exército romano.
Até 1947, era esta Civilização desconhecida.
Mas como soubemos da sua existência?
Foi então que na região de Khirbet Qun Ram no Estado de Israel, um pastor apascentando seu rebanho neste local, viu que uma de suas ovelhas havia entrado numa caverna. Agarrando numa pedra e atirando-a para dentro da mesma, notou um som estranho.

Entrou e qual não foi o seu espanto, descobriu vasos de cerâmica contendo pergaminhos escritos.
Não dando muita importância aos documentos, o pastor tentou vender estes pergaminhos que conseguiu a baixo custo, desconhecendo a preciosidade que encontrou. Foi então e pode dizer-se “por acaso” que o Bispo Ortodoxo Athanasius Samuel e Eleazar Sukenik da Universidade Hebraica, descobriram o conteúdo destes documentos e os compraram, embora em dois lotes distintos.
Quando o Bispo Samuel e durante a guerra dos seis dias, fugiu para os Estados Unidos, levou consigo seus pergaminhos. Tentou vendê-los por um elevado preço, mas não conseguiu.
Posteriormente e em segredo, seria o arqueólogo Yigael Yadin, a comprá-los para o Estado de Israel.
Vamos intitular como “Os Manuscritos do Mar Morto”, seu verdadeiro nome.

Ao consultarem estes manuscritos, vários arqueólogos eufóricos saíram para aquele local, procurando mais documentos. Conseguiram, quando penetraram em outras dez cavernas.
Foi o início da descoberta de uma biblioteca inteira, que dá crédito aos escritos originais de uma comunidade à parte de outras e que mais tarde iremos abordar.
A Comunidade, ou se assim lhe quisermos chamar, a Civilização Essénia.
Os Manuscritos do Mar Morto foram secretamente guardados naquelas cavernas pelos últimos essénios, aquando da invasão pelo exército romano.
Entre os pergaminhos e papiros que formam estes manuscritos, destacamos cópias do Antigo testamento, sendo essas cópias, 36 do livro de Salmos, 32 de Deuteronômio, 23 de Génesis, além de cópias do livro de Isaías.
Foram ainda encontrados manuscritos não bíblicos, como o Manual de Disciplina, hinos de ações de graças, assim como práticas e rituais realizados pelos Essénios.
Continua

AINDA EÇA…


A transladação dos restos mortais do escritor para o Panteão Nacional, fez correr muita tinta, que envolveu, descendentes do romancista, respeitáveis intelectuais e políticos.
O caso chegou ao Supremo Tribunal Administrativo, que acabou de dar razão a Afonso Reis Cabral, trineto de Eça e Presidente da Fundação Eça de Queirós.
Mesmo contra a vontade de alguns descendentes, que tudo fizeram para o impedir – houve até quem duvidasse que o antepassado gostasse de estar em companhia desses ilustres cidadãos… – e da boa gente de Baião, habituada à “presença” do escritor, no Cemitério de Stª. Cruz do Douro, o tribunal sentenciou a favor da Fundação Eça de Queiroz.
O maior estilista da língua portuguesa deixou, portanto, de ser “ pertença” exclusiva da família e dos baionenses, para ser de todos os portugueses.
Homenagens justíssimas, já que seus contemporâneos não souberam ou não quiseram prestar-lhe, após o falecimento, as honras de que era merecedor.
Como não se pode, talvez nem se queira, levar Camilo para o Panteão Nacional, parece-me de inteira justiça erguer, como se fez com Aristides de Sousa Mendes, no Panteão, cenotáfio de homenagem a Camilo Castelo Branco. Era gesto de louvar e prova que o romancista não está esquecido.
Durante as cerimónias fúnebres de Camilo, Guerra Junqueiro sugeriu – que devia ser sepultado nos Jerónimos e fosse decretado luto nacional.
E no Parlamento, Alberto Pimentel, propôs que ficasse registado em acta – “ Um voto de profundo sentimento pela morte do iminente escritor, Visconde de Correia Botelho, Camilo Castelo Branco, glória da literatura nacional”.
Infelizmente essas vozes amigas foram em vão. Camilo: “ O Primeiro Romancista da Península”, como se dizia, ou: “ O Príncipe dos Escritores”, como afirmou Reis Santos, na oração fúnebre, permanece, quase esquecido, no jazigo de amigo, no Cemitério da Lapa, no Porto.
A concluir, julgo oportuno levar ao conhecimento do leitores, o parecer do conceituado filólogo, fundador da “ Sociedade da Língua Portuguesa”, Vasco Botelho de Amaral, no:” Glossário Critico”, sobre Camilo:
(…) A linguagem de Camilo é riquíssima de valores expressivos (…) Em todas as páginas revela o Mestre, o diligente estudo a que se consagrou, auscultando os dizeres das bocas populares e investigando nos clássicos documentos ignorados, mas inestimáveis riquezas idiomáticas. Junte-se a isto o extraordinário génio verbal e estilístico do escritor, e como resultado se nos apresentará a admirável vernaculidade da linguagem de Camilo”.

TEMPO SECO

A água que corre para o mar
Tem chovido com alguma frequência, nas últimas semanas. Para muitos é bom, para outros é insuportável e para os restantes é indiferente. E, é nestes últimos que recaiu uma estranha amnésia de curto espaço, que apagou dos seus limitados cérebros, os efeitos das alterações climáticas e alguns procedimentos, de forma a minimizar as sua consequências.
O ano transato, não deferiu muito deste: houve algumas semanas de chuva no outono, mas o inverno foi bem seco, e a primavera quase floriu em janeiro. Mas, não só estes dois anos, foram de calor extremo e secas severas, como também os outros e os outros… que lhes antecederam, e foram idênticos.
A água que hoje corre para o mar, vai-nos fazer muita falta amanhã! As águas retidas nas albufeiras das barragens, não servem só para a produção de energia elétrica. Mesmo que fosse essa a sua única utilidade, ainda assim, não deixava de ser um investimento de valor acrescentado: ainda estamos muito longe da nossa autossuficiência energética descarbonizada. E, pelo andar da carruagem, parece nunca ir acontecer, mesmo que o “nunca” se situe, lá para o final deste século.
A barragem de Girabolhos, que um qualquer governo - e nem interessa qual - resolveu construir no Rio Mondego, teria uma utilidade pública de grande valia. A começar pelo aumento da nossa capacidade hidroelétrica. Pelo contributo na regularização das cheias no Baixo Mondego. Pelo abastecimento de aeronaves no combate aos incêndios, cujas ignições são tão frequentes, como danosas, na área de influência da sua implantação. E, principalmente para aumento da capacidade de retenção das águas pluviais, provenientes do seu imensurável escoamento, cerca de 70%, resultante: da destruição, quase total, da floresta local, e das enormes impermeabilizações derivadas das construções da A25, A23 e outras de caráter urbano, realizadas nos últimos 50 anos.
O processo de construção desta barragem, estava atrasado, mas já tinham começado a ser pagas as indemnizações, aos proprietários dos terrenos. De repente foi suspenso, com o compromisso assumido pelo PS, com os partidos à sua esquerda, que viabilizaram a geringonça, e por influência, na opinião de muita gente, do partido ecologista os Verdes; numa clarividência absoluta, de que: “nem tudo o que luz é ouro” e nem tudo o que é verde é ecológico!… Aqui não havia gravuras rupestres nas rochas! E, a fauna e a flora local, há muito que haviam sido dizimadas, pelas vagas de incêndios, que ano após ano assolam a região. Assim, a sua suspensão não passou de um ato de evidente trampolinice política, para alcançarem o poder, e com plena lucidez do prejuízo nacional causado. Nada mais que isso!
Conformados, a que os sucessivos governos deste país, realizem obras de fachada, de grande impacto visual, e quase sempre, de pouco ou nenhuma utilidade rentável, mas tão somente: com a finalidade de iludir e estimular os incautos votantes.
Deveríamos, com urgência, começar a exigir contas: do custo/benefício dos investimentos públicos, para que o supérfluo não se sobreponha ao essencial. E, para deixarmos, de uma vez por todas: de corrermos, sempre, atrás do prejuízo, com os maus atos de gestão pública, a que já fomos habituados.