Arquivo mensal: Fevereiro 2016

AUDITÓRIO REPLETO PARA OUVIR CONFERÊNCIA SOBRE “O MISTICISMO DA CÓPIA DOS LIVROS NA IDADE MÉDIA”

escrita

 

ENCONTRO ASSINALOU A ABERTURA DA EXPOSIÇÃO

"A CIRCUNSTÂNCIA DA ESCRITA NA IDADE MÉDIA" EM MANGUALDE

ATÉ 5 DE FEVEREIRO, SEXTA-FEIRA

Até 5 de fevereiro, Mangualde acolhe, no Átrio da Biblioteca Municipal Dr. Alexandre Alves, a exposição "A circunstância da Escrita na Idade Média". A cerimónia de inauguração decorreu na passada sexta-feira, dia 29 de janeiro, pelas 21h00, com a conferência "O misticismo da cópia dos livros na Idade Média", proferida por Maria José Azevedo, Professora da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. O momento, que contou com uma audiência superior à capacidade do auditório, teve ainda a presença do Presidente da Câmara Municipal de Mangualde, João Azevedo. A exposição, de entrada livre, pode ser visitada no horário da Biblioteca.

AMBIÊNCIA MEDIEVAL COM ESPECIALISTAS

A DESENHAR LETRAS E CAPITULARES MEDIEVAIS

Neste momento de inauguração estiveram presentes especialistas a desenhar letras e capitulares medievais e a executar os materiais de escrita de então. O momento teve ambiência medieval pela música de saltério. É de salientar que a iniciativa teve como pano de fundo a presença no território do Real Mosteiro de Maceira Dão, de edificação inicial no século XII e continuada no século XVIII.

A exposição, organizada pela Câmara Municipal de Mangualde e pelo Agrupamento de Escolas de Mangualde (Prof. João Carlos Alves), conta com a parceria da Santa Casa da Misericórdia de Coimbra e da Moleiro Editores e com a colaboração de Clara Gomes, músico, de Teresa Gama, Tesouro da Sé de Viseu, de Maria José Azevedo, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, e de Paulo Reis.

EDITORIAL Nº 678 – 1/2/2016

SR

Caro Leitor,
Somos um pequeno país, à beira-mar plantado, com grandes homens de alma e coração. Mas neste pequeno país nasceram milhões de pessoas que, com a pequenez das cirscunstâncias, foram obrigadas a partir de sua casa.
Há já centenas de anos que Portugueses partem rumo a outros países. Começaram desde cedo com a motivação pela descoberta até que mais tarde foram levados pela necessidade. Nunca tivemos políticos que soubessem criar condições e fazer de Portugal um país digno, que devolva aos seus o que eles lhe dão. Não houve nem há visão a longo prazo, focada nas pessoas e no emprego, pelo que fomos perdendo muito do nosso potencial para outros países que mais facilmente conseguiram cativar o valor que produzimos nacionalmente.
Todos os ex-governantes deviam ter visão a longo prazo. A mesma que os actuais e recentes governantes precisam para fazer face às evidências do presente e estancar a emigração crescente. Muito se fala sobre isto e pertence ao reino da concordância geral. No entanto, a falta de políticas e atitudes adequadas, contrariará tanto esta tendência como as mesmas têm contrariado a baixa natalidade/envelhecimento da população e a poluição do ambiente.
Vejamos: a língua portuguesa é a sexta mais falada no mundo, a quinta mais utilizada na internet e a terceira mais usada nas principais redes sociais. Devemos agradecer a quem? À nossa atitude na altura certa, quando poucos ou nenhuns a tinham. Deixámos a nossa marca no mundo inteiro e com ela a nossa lembrança.
Por motivos mais inglórios, agora também deixamos. As pessoas que vão à procura de trabalho e melhores condições de vida levam consigo as raízes, a história, a cultura e a língua do nosso país. Temos embaixadores em muitos emigrantes. Foram anos difíceis mas estamos um pouco por todo o Mundo. No entanto, vai faltar em Portugal quem enriqueça o país e o sustento de cada pessoa ficará crescentemente mais caro, para o Estado e para cada um. Somos um país mais pobre e a empobrecer, e vamos sentir falta da padeira de Aljobarrota.

SANFONINAS

dr. jose

Histórias de professores…
Surpreendeu-me (confesso) a repercussão que teve a crónica anterior sobre o menosprezo das escolas (nomeadamente as universitárias) em relação aos seus docentes aposentados ou jubilados: informações de casos idênticos e partilha de atitudes a louvar. Para além dos leitores habituais do Renascimento, ultrapassaram as 800 as visualizações e a meia centena os comentários a http://notascomentarios.blogspot.pt/2016/01/os-aposentados-sao-para-deitar-fora.html.
Surpreenderam-me também algumas das histórias:
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