Arquivo diário: 1 de Fevereiro de 2016

EDITORIAL Nº 678 – 1/2/2016

SR

Caro Leitor,
Somos um pequeno país, à beira-mar plantado, com grandes homens de alma e coração. Mas neste pequeno país nasceram milhões de pessoas que, com a pequenez das cirscunstâncias, foram obrigadas a partir de sua casa.
Há já centenas de anos que Portugueses partem rumo a outros países. Começaram desde cedo com a motivação pela descoberta até que mais tarde foram levados pela necessidade. Nunca tivemos políticos que soubessem criar condições e fazer de Portugal um país digno, que devolva aos seus o que eles lhe dão. Não houve nem há visão a longo prazo, focada nas pessoas e no emprego, pelo que fomos perdendo muito do nosso potencial para outros países que mais facilmente conseguiram cativar o valor que produzimos nacionalmente.
Todos os ex-governantes deviam ter visão a longo prazo. A mesma que os actuais e recentes governantes precisam para fazer face às evidências do presente e estancar a emigração crescente. Muito se fala sobre isto e pertence ao reino da concordância geral. No entanto, a falta de políticas e atitudes adequadas, contrariará tanto esta tendência como as mesmas têm contrariado a baixa natalidade/envelhecimento da população e a poluição do ambiente.
Vejamos: a língua portuguesa é a sexta mais falada no mundo, a quinta mais utilizada na internet e a terceira mais usada nas principais redes sociais. Devemos agradecer a quem? À nossa atitude na altura certa, quando poucos ou nenhuns a tinham. Deixámos a nossa marca no mundo inteiro e com ela a nossa lembrança.
Por motivos mais inglórios, agora também deixamos. As pessoas que vão à procura de trabalho e melhores condições de vida levam consigo as raízes, a história, a cultura e a língua do nosso país. Temos embaixadores em muitos emigrantes. Foram anos difíceis mas estamos um pouco por todo o Mundo. No entanto, vai faltar em Portugal quem enriqueça o país e o sustento de cada pessoa ficará crescentemente mais caro, para o Estado e para cada um. Somos um país mais pobre e a empobrecer, e vamos sentir falta da padeira de Aljobarrota.

SANFONINAS

dr. jose

Histórias de professores…
Surpreendeu-me (confesso) a repercussão que teve a crónica anterior sobre o menosprezo das escolas (nomeadamente as universitárias) em relação aos seus docentes aposentados ou jubilados: informações de casos idênticos e partilha de atitudes a louvar. Para além dos leitores habituais do Renascimento, ultrapassaram as 800 as visualizações e a meia centena os comentários a http://notascomentarios.blogspot.pt/2016/01/os-aposentados-sao-para-deitar-fora.html.
Surpreenderam-me também algumas das histórias:
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Cerimónia de tomada de posse do novo Comandante do Comando Territorial de Viseu

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Realizou-se na manhã do passado dia 25 de janeiro, no quartel do Comando Territorial de Viseu da GNR (Estrada Nacional 16, em Ribeira de Mide, Abraveses), a cerimónia de tomada de posse do novo Comandante do Comando Territorial de Viseu, Coronel Vítor Manuel Guerra Rodrigues, a qual foi presidida pelo Comandante-Geral da GNR, tenente-general Manuel Mateus Costa da Silva Couto.
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OBRA «AS NOSSAS RAÍZES: O PASSADO E O PRESENTE» FOI APRESENTADA EM MANGUALDE

Mangualde acolheu no passado sábado, dia 23 de janeiro, a apresentação da obra «As nossas raízes: o passado e o presente» da autoria da mangualdense Celeste Almeida. O encontro teve lugar pelas 15h30, na Biblioteca Municipal Dr. Alexandre Alves, e contou com as presenças de João Lopes, Vereador da Cultura da Câmara Municipal de Mangualde, e de Celeste Almeida, autora da obra que será apresentada.

A MANGUALDENSE CELESTE ALMEIDA
Celeste Almeida nasceu em Canedo do Chão, uma pequena aldeia pertencente à freguesia de Mangualde, no distrito de Viseu. Reside, desde há largos anos, em Ribolhos, no concelho de Castro Daire, vila serrana pertencente ao mesmo distrito. Elegeu como profissão a docência, e cumpriu largos anos de ensino com amor e profissionalismo. Amante da sabedoria popular, e da cultura local, foi registando na memória e no coração, as várias formas de ser e estar das gentes rústicas das aldeias serranas que, na sua simplicidade, a acolheram e amaram como filha da terra. No momento, e para além da escrita, assume, desde 1997, a presidência da Associação, Rancho Flores da Aldeia de Mosteirô, grupo que tem representado o Montemuro e as suas gentes por todo o país, e que inclui também um grupo de teatro. Colabora na Rádio Limite de Castro Daire, com programas de criação própria, meio, através do qual, vem conquistando um auditório cada vez mais vasto. É redatora do quinzenário Diário Notícias de Castro Daire. Tem atividades com crianças da creche e dos primeiros anos do ensino básico no período pós-escolar, como um prolongamento no apoio aos pais e familiares que estão a trabalhar. Entre outras atividades de maior ou menor envergadura.

A OBRA «AS NOSSAS RAÍZES: O PASSADO E O PRESENTE»
«As Nossas Raízes, o Passado e o Presente» é a sua primeira publicação, em livro, embora, tenha já participado em algumas antologias. Celeste Almeida abraçou com “a doçura do seu gesto e com a naturalidade da sua palavra”, as aldeias montemuranas, durante os anos que por ali lecionou, ensinando e aprendendo com a simplicidade e originalidade rústica de pessoas a quem muito carinhosamente chama de “MEU POVO. Foi, porém, nos últimos dois anos, que mais se dedicou a pesquisar e a aprofundar os seus conhecimentos sobre as reais vivências destas gentes, estudando e comparando o pensamento ancestral com as múltiplas formas de pensar e encarar a atualidade. E fê-lo, talvez, melhor que os próprios antropólogos. Daí o título tão sugestivo deste livro «As Nossas Raízes, O Passado e o Presente».
É um livro apaixonante, pleno de conteúdos, onde a autora registou memórias, encontros e desencontros, paixões múltiplas… “Livro de amores dispersos… Pela serra e pelo vale…” (como diz o prefácio), onde Celeste Almeida agradece pelo aprendizado adquirido e partilhado, onde a saudade aperta e as lágrimas se juntam ao caudal do rio Paiva, tão límpidas e puras como as águas que por ele escorrem. “É a fome e a fartura das terras e das águas. A palavra e o gesto de quem ama e de quem sofre.
A festa dos sentidos… Cores e sabores, aromas, ruídos e silêncios… Musicalidade… O toque rugoso de tantos rostos. A finura aveludada de tantas almas… Canções ao vento e gritos abafados na revolta dos dias…” em suma… “A dignidade de um povo na afirmação da sua identidade…” descritos no prefácio por Aurora Simões de Matos… É um livro de contrastes, sem deixar de ser, também, pura poesia.