Arquivo diário: 1 de Junho de 2022

Assembleia Municipal de Jovens


Realizou-se pela primeira vez uma Assembleia Municipal de Jovens, no concelho de Mangualde.
Esta Assembleia, ainda que informal, realizou-se na Escola Secundária Felismina Alcântara (ESFA) e teve a presidência do Presidente da Assembleia Municipal de Mangualde, Elísio Oliveira. Estiveram presentes o Vereador da Educação, Rui Costa, em representação do executivo da CMM, o vereador Joaquim Patrício, o presidente da União de Freguesias de Mangualde Mesquitela e Cunha Alta, Carlos Gonçalves e as deputadas municipais Filomena Ferreira e Catarina Lourenço.
Como corpo de Membros da Assembleia, “Deputados”, estiveram os alunos do 8º Ano do clube eco - escolas.
O tema da ordem do dia relacionou-se com o uso dos Glifosatos e os seus efeitos sobre o ambiente e a saúde pública.
Inicialmente os alunos fizeram uma introdução ao tema e apresentaram uma exposição em Power-Point e um vídeo. Seguiu-se um interessante debate sobre o tema entre todos os intervenientes. Em declarações ao Renascimento o Presidente da Assembleia Municipal, Elísio Oliveira declarou “tratar-se de um evento muito interessante e pedagógico que valorizou o trabalho dos alunos, o bom princípio de estudar os temas e a atitude de participação e cidadania.”

Presidente da Câmara Municipal de Mangualde, de visita à comunidade mangualdense em Londres


O Presidente da Câmara Municipal de Mangualde, Marco Almeida, esteve de visita à comunidade mangualdense em Londres.
Nesta deslocação, o autarca conheceu de perto o excelente trabalho que os mangualdenses desenvolvem nas mais variadíssimas áreas de atividade.
Ainda houve a oportunidade de estreitar relações com a embaixada de Portugal no Reino Unido e com a Câmara Municipal de Lambeth, cidade no sul de Londres, onde o mangualdense Diogo Costa foi recentemente eleito como vereador.
Para o Autarca mangualdense, “esta visita serviu não só para estreitar relações junto da Embaixada Portuguesa e do Município de Lambeth, onde o mangualdense Diogo Costa foi recentemente eleito como vereador, mas também para enaltecer e manifestar o reconhecimento aos emigrantes mangualdenses radicados no Reino Unido, que são parte integrante da história de Mangualde.”
A visita culminou com um jantar convívio organizado por amigos e amigas de Pedreles, que juntou centenas de mangualdenses, não só residentes da área metropolitana de Londres, mas também muitos que vieram de vários pontos de Inglaterra.
Esteve presente o presidente da Câmara Municipal de Mangualde, Marco Almeida, o adido da embaixada de Portugal no Reino Unido, Fernando Sousa, o Presidente do Pedreles Beira Dão Clube, Horácio Carreira, e o mangualdense Diogo Costa, vereador da Câmara Municipal de Lambeth.
Marco Almeida diz ainda que esta visita o marcou de forma particular, “porque é difícil encontrar exemplos tão bons de afirmação da unidade, de patriotismo, amizade, hospitalidade e amor à terra.”

Respeitar e apoiar os nossos emigrantes
O Reino Unido tornou-se nas duas últimas décadas o principal destino da nova emigração portuguesa.
Segundo dados recolhidos havia em 2020 mais de 165 mil portugueses no Reino Unido.
O que leva os portugueses a emigrar, sair do seu País?
É sobretudo o resultado das desigualdades socio-espaciais persistentes.
Em suma, as correntes migratórias tendem a dirigir-se de países menos desenvolvidos, ou periféricos, como é Portugal, para outros mais evoluídos e centrais.
A emigração Portuguesa teve o seu pico, no século passado, nos anos de 69/73. Decresceu com a Revolução de 25 de Abril, que gerou expectativas de mudança, melhorou condições de vida, mudança de políticas e o fim da Guerra Colonial.
Com a Integração Europeia em 1986 a emigração retomou uma trajectória de crescimento.
O Reino Unido aparece então como um dos principais destinos. Tem carência de mão de obra nos Sectores mais intensivos em trabalho (Indústria, Construção, Turismo) e nos Serviços.
Foi tal a emigração que rápidamente aumentou mais de 150%.
Mas, o fluxo migratório nos últimos anos é muito diferente. As carências em Sectores fundamentais, no Reino Unido, tendem a seleccionar o emigrante mais qualificado, tendo em conta o seu mais elevado nível de instrução.
Por outro lado, o Reino Unido pratica a política do mérito. Básicamente querem os melhores, os mais qualificados para os lugares para serem compensados com o maior salário possível.
Por isso a probabilidade de emigração dos portugueses para o Reino Unido e o seu sucesso , era tanto maior, quanto mais elevado fosse o seu nível de formação.
E Portugal vai perdendo os seus quadros, os melhores, que anseiam por terem um melhor nível de vida. E vai-se dando a sangria…
Todos os seres humanos devem ser tratados com respeito e dignidade. Mas, os emigrantes que são a força de trabalho dos países que os receberam, têm que ter um tratamento especial. São o trabalho, a riqueza desses países.
Nos dias de hoje, com a Guerra na Europa, temos de ter muita atenção e não confundir refugiados com emigrantes.
Os primeiros fogem dos seus países em guerra, procuram segurança e paz. São uns “emigrantes forçados”!
Os segundos procuram trabalho e remuneração condigna com as suas habilitações, uma nova oportunidade económica.
E enquanto estivermos na cauda da Europa, temos de viver assim!…
António Fortes

Grupo Desportivo de Mangualde reconhecido como Entidade Formadora Certificada 3 Estrelas


Depois de na última época, o Grupo Desportivo de Mangualde ter sido reconhecido como Entidade Formadora Certificada 2 Estrelas, o clube recebeu hoje a notícia que é Entidade Formadora Certificada 3 Estrelas pela Federação Portuguesa de Futebol.
Ricardo Lopes, presidente da direção referiu que “Este processo é o reconhecimento de uma organização séria e de um trabalho eficaz, sustentado pelos diversos elementos do clube (diretores, coordenadores, treinadores, atletas, pais e sócios) que visa a promoção dos atletas mais jovens numa prática desportiva saudável e que contribui para a evolução e afirmação do Grupo Desportivo de Mangualde no contexto desportivo regional e nacional.  Esta certificação por parte da Federação Portuguesa de Futebol vem conferir ao nosso Clube, ainda mais responsabilidade no serviço que prestamos aos nossos atletas e no comprometimento social com a comunidade mangualdense.”
Recorde-se que a partir da presente época desportiva, o Processo de Certificação da FPF é obrigatório para os clubes que participem em Provas Nacionais de futebol, quer em contexto sénior e/ou formativo, no âmbito do Regulamento Licenciamento, sendo que os clubes devem estar certificados pela FPF como entidade formadora classificada com, pelo menos, 3 estrelas.

O Grupo Desportivo de Mangualde realizou na passada sexta-feira, dia 27 de maio, uma Assembleia Geral para votação do Relatório Contas do exercício de 2021.
Durante a reunião magna foi também proposto pela direção do clube, a atribuição da categoria de Sócio Honorário e a entrega, a título póstumo, da Medalha de Mérito e Dedicação ao Dr. Lúcio Albuquerque.
Ambos os pontos foram favoravelmente votados por unanimidade, apresentando o Conselho Fiscal, um voto de louvor à direção do clube pelos resultados apresentados e pela rigorosa gestão que tem realizado ao longo dos anos.

“ANDANÇAS SENIORES” ESTÁ DE VOLTA A MANGUALDE ENTRE 5 A 15 DE JULHO SENIORES DAS FREGUESIAS DO CONCELHO RUMAM A FÁTIMA


O Município de Mangualde, em parceria com a Rede Social de Mangualde, promove uma nova edição do projeto “Andanças Seniores”, uma iniciativa que tem como objetivo dinamizar o convívio entre todos os cidadãos seniores do concelho. Este ano o local escolhido foi Fátima e os passeios irão decorrer entre 5 a 15 de julho.
Os passeios serão divididos em quatro dias, sendo que cada um tem como destinatários os seniores de diferentes freguesias do concelho. O primeiro dia, 5 de julho, contará com a participação dos seniores de Abrunhosa-a-Velha, Freixiosa e União de Freguesias de Santiago de Cassurrães e Póvoa de Cervães. Os habitantes das freguesias de Tavares, São João da Fresta, Quintela de Azurara e de Alcafache tem destino a Fátima no dia 8 de julho. Já o terceiro dia, 12 de julho, contará com os seniores das freguesias de Moimenta de Maceira Dão e Lobelhe do Mato, Fornos de Maceira Dão, Cunha Baixa e Espinho. O dia 15 de julho, que será a data do último passeio, que é destinado aos seniores mangualdenses da União de Freguesias de Mangualde, Mesquitela e Cunha Alta.
Ter idade igual ou superior a 65 anos e ser residente no concelho de Mangualde são as condições necessárias para se inscrever nesta iniciativa. Contudo, e a título excecional, serão aceites inscrições de acompanhantes - nos casos de pessoas que comprovadamente necessitem de acompanhamento, ou no caso de casais, em que um dos elementos tenha idade inferior a 65 anos.
As inscrições são gratuitas, mas de caráter obrigatório, e devem ser efetuadas até ao dia 15 de junho na Junta de Freguesia de residência ou para o Gabinete de Ação Social da autarquia, através do telefone 232 619 880, ou do e-mail sara.saraiva@cmmangualde.pt. Os interessados deverão fazer acompanhar a sua inscrição de fotocópia de Bilhete de Identidade ou Cartão do Cidadão.

Ecocentro de Mangualde vai avançar


Decorreu no inicio do mês de maio, uma reunião no Município de Mangualde com o Secretário Executivo do Planalto Beirão, José Portela, e o Vice-Presidente e responsável pelo Pelouro do Ambiente e Sustentabilidade da Câmara Municipal de Mangualde, João Pedro Cruz, onde foram ultimados os preparativos para a construção do Ecocentro de Mangualde.
O projeto de execução do futuro Ecocentro de Mangualde será realizado durante este ano de 2022, prevendo a autarquia que seja lançado o concurso público e que a obra esteja concluída até ao final de 2023. O Ecocentro de Mangualde será um espaço destinado a receber separadamente diversos materiais para posterior tratamento e/ou reciclagem.
Para o Presidente da Câmara Municipal de Mangualde, Marco Almeida, “este é um investimento necessário e esperado pela população há muitos anos, que agora vai ser uma realidade e que para isso muito contribuiu a vontade que demonstrámos nos últimos meses junto do Planalto Beirão em querer resolver urgentemente este problema”.
O Vice-Presidente da Câmara Municipal de Mangualde, João Pedro Cruz, destacou que “o Ecocentro de Mangualde deve ser visto com uma infraestrutura que aporta mais valor ao território, no âmbito da gestão de resíduos, promovendo a recolha e tratamento seletivo dos resíduos e a transição cada vez mais do nosso território de uma economia linear para uma economia circular. Ao mesmo tempo disponibilizamos um serviço que todos os mangualdenses desejam há muito tempo.”

MELHORAMENTO DA EN16 EM MANGUALDE


O Município de Mangualde está a intervencionar a EN16, com o objetivo de melhorar as condições de circulação e de segurança rodoviária. A empreitada em curso, cujo investimento municipal é de cerca de 120 mil euros, contempla a substituição de todos os sinais verticais e a pintura termoplástica com adição de pérolas refletoras em todos os troços.
Proceder-se-á ainda ao complemento de sinalização, vertical e horizontal, em pontos considerados críticos, como por exemplo a reta da Sra. do Castelo/Cruzamento de Almeidinha e a curva que antecede o cruzamento da Cunha Alta.
Marco Almeida, Presidente da Câmara Municipal de Mangualde destaca o objetivo desta intervenção municipal: “estamos a melhorar as condições de circulação rodoviária e a incrementar as condições de segurança rodoviária em toda a extensão da via”.
O troço agora intervencionado está sob administração do Município de Mangualde desde o limite com o concelho de Viseu (Oeste) e o limite com o concelho de Fornos de Algodres (Este).

Ucrânia e o nosso futuro coletivo


Decorridos que são já 3 meses do início da invasão russa da Ucrânia, começa a tornar-se evidente que estamos perante uma guerra cujo fim não estará para breve. A tenacidade, coragem e espírito de sacrifício dos militares ucranianos, emanados do patriotismo heroico do povo ucraniano e inspirados pela surpreendente coragem do seu Presidente Zelensky, conseguiu travar a marcha, julgada até aí imparável, da poderosa máquina de guerra russa.

Putin e o seu Estado-Maior viram gorada a sua tentativa de reeditar o sucesso da blitzkrieg nazi, que então entre setembro de 1939 e o verão de 1941, tinha possibilitado a Hitler e ao seu Estado-Maior dominarem todo o espaço entre o Canal da Mancha e as margens do Volga. Uma vez mais, a História relembrará aos mais incautos que a cadeia logística e de abastecimento é tão ou mais importante que a velocidade e número de blindados, e que a defesa da liberdade conquistada por uma nação que se autodetermina é o valor mais decisivo na definição da identidade desse povo.
Independentemente da duração e do desenlace da Guerra na Ucrânia, os seus efeitos têm já impacto em todo o mundo. As alterações nas relações internacionais serão profundas, com o aprofundar da cooperação entre as democracias liberais do Ocidente e o cada vez mais provável processo de abrandamento do processo de globalização. De uma forma como não acontecia deste a queda do Muro de Berlim e da implosão da União Soviética, o bloco ocidental ressurgirá como contraponto à ameaça dos totalitarismos vigentes em várias latitudes. Infelizmente, vemos já o incremento das estratégias de defesa e investimento militar, forçadas pela ação irracional de Putin. A eminente adesão da Finlândia e da Suécia à NATO é disso o melhor exemplo.
A defesa dos Direitos Humanos, da soberania dos Estados e dos mais elementares princípios democráticos, agora que todos percebemos quão frágeis são e como podem ser postos em causa por uma qualquer déspota militarmente empoderado, condicionarão o processo de globalização vigente que os tinha menorizado em detrimento dos enormes proveitos económicos e financeiros.
É já claro que o medo condicionará as opções de médio prazo dos Estados Ocidentais. Mais despesas e investimento em Defesa, mesmo que partilhada e por isso mais eficaz e eficiente face a ameaças externas, quer no âmbito nacional quer no âmbito NATO, forçarão inevitavelmente a menos investimento em políticas sociais, uma vez que estas são o grosso de qualquer orçamento de todas as democracias liberais.
O comércio mundial verá o ressurgimento da importância do Espaço do Atlântico, numa reinterpretação do velhinho comércio triangular entre as Américas, África e Europa, desta vez mais equilibrado e que abrandará o inevitável crescente domínio do Indo-Pacífico. À boleia da necessidade da diversificação dos fornecedores de energia, que a substituição do gás e petróleo russo obrigará, surgirão novas oportunidades de negócio entre União Europeia e Estados Unidos, e países como Brasil, Venezuela, Angola e Nigéria.
A política de Transição Energética, assente na descarbonização, será acelerada e contará com o empenho sem precedentes da Alemanha enquanto motor industrial de uma Europa ainda muito dependente dos combustíveis fósseis. Os gigantescos investimentos necessários para a alcançar obrigarão os estados europeus a priorizar políticas de Eficiência Energética, ganhando esta, finalmente, a importância que lhe é devida quer no contexto de estratégia económica, quer no que concerne ao combate às alterações climáticas.

Todos estes desafios, além de decisões políticas e estratégias comuns europeias, necessitam de suporte financeiro, que advém obviamente de incremento da capacidade económica. A re-industrialização europeia, e consequentemente portuguesa, é indispensável para solucionar/minorar a quebra das cadeias logísticas que, quer a pandemia de COVID 19, quer a guerra da Ucrânia vieram expor. Somente assim poderemos fixar as mais-valias produtivas na União Europeia, ao invés de continuar a canaliza-las para a Ásia. No entanto, a viabilidade da opção de re-industrialização europeia depende de garantir capacidade produtiva a preço competitivo face aos competidores asiáticos, de nível de serviço elevado sem interrupções e tendo por condição a manutenção do bem-estar social da força de trabalho. Ora a conjunção destas condições, naturalmente evidencia a necessidade de acelerar o processo de robotização, automação e transição digital europeia. Apenas com empresas altamente eficazes do ponto de vista da gestão dos tempos, empenhadas em acrescentar valor em produtos tecnologicamente avançados e em revolucionar a produção de produtos tradicionais, por forma a poder ser competitiva a sua produção na União Europeia, poderemos vencer este complexo desafio.
A defesa dos valores europeus de democracia, auto determinação, bem-estar social e ambiental depende inequivocamente de acelerar a Transição Energética e Ambiental ou seja de uma mudança acelerada e inequívoca para uma Nova Economia, menos dependente de combustíveis fósseis e com menor pegada ecológica. Apenas ela fornecerá os meios financeiros para suportar a batalha pela defesa dos direitos humanos na Ucrânia e a batalha contra as alterações climática. Essas batalhas não serão ganhas sem alguma dor, sem opções momentaneamente dolorosas. Cabe desde já às lideranças políticas europeias saber trilhar esse novo caminho. Caberá aos soberanos, os povos livres da Europa escolher, defender e moldar o sucesso dessas opções.
Defender a Ucrânia e progressivamente integrá-la no seio da Europa além de um dever moral é uma necessidade estratégica para a sobrevivência do projeto europeu. Tal como o Estado Providência dos anos 50 e 60 surgiu da abominável destruição causada pela demencial violência nazi, também a selvática invasão russa da Ucrânia deve servir de causa necessária e suficiente para a mudança de paradigma no Ocidente. Aliás foi sempre assim na longa História da conquista do futuro pelo Ocidente. A nossa capacidade de defesa e criação progressiva de direitos nasceu sempre de sangrentas opções de oposição à tirania e requereu sempre sacrifício coletivo. Das Termópilas às Guerras Púnicas da República Romana, das Guerras Religiosas da Reforma do séc XVII, à Revolução Francesa, da luta contra todos os fascismos e totalitarismos nas praias da Normandia ou nas ruas divididas de Berlim ou ocupadas de Budapeste e Praga, foi sempre essa uma marca indelével.
A mudança que permite sonhar com um futuro melhor para as gerações que nos sucedem requer sempre opções difíceis e sacrifícios temporários da geração atual. É deste modo que se cultiva a identidade civilizacional e se escolhe entre a barbárie e a decência.

“AUTOMOTIVE PROJECT MARKET” UM TERÇO DA EXPORTAÇÃO DE BENS DE FABRICAÇÃO AUTOMÓVEL CONTA COM O CONTRIBUTO DE MANGUALDE


João Correia Neves, Secretário de Estado da Economia, em declarações na sessão de encerramento do evento “Automotive Project Market”, referiu que «Cerca de um terço da nossa exportação de bens é à volta da fabricação automóvel, e conta com o contributo de uma unidade muito importante do concelho de Mangualde».
A iniciativa que teve lugar no passado dia 18 de maio, no Município de Mangualde, integrou um conjunto de conferências e debates na área da indústria automóvel. Promovido em parceria entre a autarquia, a Eupportunity, a IDESCOM, o Instituto Politécnico de Viseu e a Universidade do Minho, o evento, que decorreu na Biblioteca Municipal, visou a concretização, consolidação e sustentabilidade do legado do projeto DRIVES, enquadrando-se no âmbito de atividades a levar a efeito enquanto parceira da Automotive Skills Alliance.

O Secretário de Estado reforçou ainda que «O debate à volta das competências, das suas mudanças e da sua qualidade de processo de construção de soluções, é muito relevante para encontrar formas de acrescentar valor a este espaço de flexibilidade que nos caracteriza, e que nos pode colocar geograficamente no centro do processo de transformação».
Destacou que «Este projeto está bem enquadrado com aquilo que são os desafios que temos. É muito interessante, para mim, ver a participação e o fluxo que tem tido, porque é muito estimulante perceber que aqui podemos ter contributos muito decisivos para aquilo que é o processo de redefinição do nosso posicionamento e de construção de uma capacidade competitiva muito forte».
Marco Almeida, Presidente da Câmara Municipal, abriu a sessão referindo que a iniciativa «pretende, acima de tudo, abordar boas práticas para o setor automóvel e dar respostas aos novos desafios para a próxima década. Mangualde assume-se como parceiro nesta rede europeia com objetivo muito claro de se posicionar relativamente a esta temática».
O Presidente salientou a ligação do Município à indústria automóvel «Queremos estar no epicentro da capacitação profissional e formação especializada para o setor. Temos o cluster como a Stellantis, a Lear Corporation, a Faurécia, do Grupo Forvia, a Eberspächer, a Academia e o networking nacional e europeu do Projeto Drives. Mangualde tem massa crítica necessária para ser uma referência nacional e internacional enquanto centro de excelência de formação profissional na indústria automóvel». O autarca vê positivamente o futuro da indústria do concelho.
José dos Santos Costa, Presidente do Instituto Politécnico de Viseu, salientou a importância do IPV para o distrito, de forma a construir competências, indicando que vão iniciar atividades de ensino superior nos concelhos de Moimenta da Beira, Sernancelhe e São Pedro do Sul. «Entendemos que o conhecimento não pode estar dentro de quatro paredes, tem que estar no território».

Paulo Langrouva, Vogal do Conselho Diretivo do IEFP, em representação do Secretário de Estado do Trabalho, Miguel Fontes, destacou que a grande virtude deste evento é «o facto de conseguir aliar e conjugar vários fatores, nomeadamente, ter aqui os parceiros estratégicos essenciais, as empresas do setor, ter também as áreas do conhecimento, os institutos politécnicos, as universidades associadas, e a própria Câmara Municipal envolvida neste projeto».
O evento englobou um conjunto de conferências e debates na área da indústria automóvel, onde se destacam as temáticas “Automotive Sector - Skills and Transformation” e “Os Projetos na Indústria Automóvel Europeia e Nacional”. Integrando, também, o Espaço Drives Sharing Knowledge, dedicado a apresentações relacionadas com o projeto DRIVES, no qual foram divulgadas algumas das formações existentes na plataforma “Drives Learning Platform e, ainda, uma mesa-redonda com o mote “A Formação e a Evolução das Competências na Indústria Automóvel”.
O Automotive Project Market pretende difundir, no espaço nacional, o legado formativo do projeto DRIVES, e promover o seu uso junto de entidades formadoras, empresariais, representativas do setor automóvel e institucionais. O Município de Mangualde é o único município português no DRIVES - Development And Research On Innovative Vocational Educational Skills, projeto europeu de formação para indústria automóvel do futuro.