Arquivo mensal: Outubro 2023

BONITO SARILHO COM LOTAÇÃO ESGOTADA NAS DUAS SESSÕES APRESENTADAS


O passado dia 4 de outubro foi especial na Biblioteca Municipal. Trezentos idosos assistiram à comédia musical “Bonito Sarilho”. Auditório lotado (duas vezes), cheio de gargalhadas, que iluminaram a alma de todos. Foi um pequeníssimo gesto do Município por ter um gigante sentimento de gratidão e afeto por estes cidadãos com sabedoria acumulada. Serviu para assinalar o Dia Internacional do Idoso. “Não para lhes dizer que já fizeram tudo, mas para lhes dar um sinal de que ainda têm muito para dar ao concelho: exemplos, experiência e dedicação”. Palavras do presidente, Marco Almeida.

FEIRA DOS SANTOS 2023 REALIZA-SE NOS PRÓXIMOS DIAS 3, 4 E 5 DE NOVEMBRO


No primeiro fim de semana de novembro, terá lugar mais uma edição de secular Feira dos Santos em Mangualde.
As normas de participação e funcionamento e formulário de inscrição já foram disponibilizados e as inscrições já se encontram abertas para quem quiser participar.
Para já, a novidade deste ano, é que o habitual programa da TVI Somos Portugal, presença assidua há vários anos na Feira dos Santos, vai ser substituído pelo “Domingão” da SIC. Ainda nas novidades desta edição, contam-se o I Concurso Concelhio de Ovinos Serra da Estrela e o I Encontro Confrádico da Feira das Febras de Mangualde, como nos revelou Marco Almeida, Presidente da Câmara de Mangualde, com quem falámos.

Vai ter lugar nos próximos dias 3, 4 e 5 de Novembro a secular Feira dos Santos. Como se vai desenvolver a edição deste ano?
A nossa fasquia está alta, face ao sucesso do ano passado e facilmente demonstrável em números: na edição anterior passaram pelo certame cerca de 50 mil pessoas de toda a região (Viseu, Guarda, Aveiro e Coimbra e quase 1.400 provenientes do estrangeiro. Contámos com 377 feirantes e expositores, mais 31 do que em 2019, no ano pré-pandemia covid-19. Podemos afirmar que a Feira dos Santos é uma marca a ganhar cada vez mais terreno, dentro e fora do país. Iremos introduzir algumas novidades, mas o que faz dela o sucesso permanece. Por isso, teremos a secção da restauração, com as febras e rojões, a Expovinhos de Mangualde, a Mangualde Motor, a Agro Mangualde, a Feira de Freguesias (com artesanatos e produtos do concelho) e claro, teremos animação de rua, com bombos e concertinas, ao longo dos 22 hectares em que decorre a feira.

Haverá alguma novidade na Feira dos Santos 2023?
Sim, estamos sempre à procura de inovar e teremos várias novidades. Primeiro, o nosso concelho é o maior produtor de Queijo DOP (Denominação de Origem Protegida) Serra da Estrela, pelo que decidimos lançar o I Concurso Concelhio de Ovinos Serra da Estrela como forma de promover a raça bordaleira. Introduzimos também o I Encontro Confrádico da Feira das Febras de Mangualde (5 de novembro) que servirá, por exemplo, para abordar a Feira dos Santos enquanto marca e refletir sobre a importância das confrarias nos territórios.

“Este ano a Feira dos Santos vai estar em destaque no programa “Domingão” da SIC…”

Iremos também introduzir mais uma noite de animação, na abertura da Feira dos Santos (sexta-feira, dia 3) e haverá bares instalados no mercado municipal, onde decorre animação.

Que previsões, tendo em conta que será a 1ª após decretado o fim da pandemia que tantos condicionamentos causou?
Apesar da Organização Mundial de Saúde só ter decretado o fim da pandemia em maio deste ano, a Feira dos Santos do ano passado já decorreu sem quaisquer condicionamentos, uma vez que não existiam restrições para este tipo de eventos e estavam reunidas as condições para realizarmos o evento com segurança.

O programa Somos Portugal, vai estar novamente presente?
Este ano a Feira dos Santos vai estar em destaque no programa “Domingão” da SIC, que inclui um camião que andará à volta da Feira dos Santos a fazer reportagens.

Qual o orçamento para a edição 2023 da Feira dos Santos?
O orçamento ronda os 160 mil euros, à semelhança de anteriores edições, apesar dos preços terem aumentado significativamente.

Condicionamentos de trânsito devido à Feira dos Santos
Por razões de segurança e à semelhança de anos anteriores, a Feira dos Santos, que irá decorrer de 3 a 5 de novembro, irá provocar condicionamentos ao nível de trânsito.
Assim, a partir da meia-noite do dia 3 de novembro, será proibido estacionar nos seguintes locais: rua Combatentes da Grande Guerra, rua 1º de Maio, rua Papa João Paulo II, Largo do Rossio, Largo Dr. Couto, Rua Nossa Senhora do Castelo, Rua Nova, Avenida Montes Hermínios e Avenida da Liberdade (estas duas de forma parcial), rua Dr. José Marques, rua do Grémio, rua Dr. Almeida, Travessa do Viriato, Calçada do Viriato, Largo da Carvalha (junto às escolas e junta de freguesia), Calçada da Carvalha, Avenida General Humberto Delgado e Rua Valentim da Silva.

FESTA DAS VINDIMAS EM ALCAFACHE


Nos passados dias 30 de setembro e 1 de outubro, teve lugar no Parque da União em Tibaldinho a Festa das Vindimas.
Feira de artesanato e produtos da terra, concurso para o melhor vinho do produtor, diversão para crianças, exposição de máquinas e alfaias agricolas, representação das Quintas produtoras de vinho do Dão, pisa de uvas e extração do mosto (vinho doce) e serviço de bar permanente com petiscos regionais, fizeram parte das atrações oferecidas durante o evento.
De referir que a música também esteve presente e animou estes dois dias de festa.

ABRUNHOSA A VELHA
LUGARES COM HISTÓRIA

Aproveitando estes solarengos dias outonais, fui dar um passeio pelo campo, apreciando as belezas que a natureza nos oferece. Embora estejamos no Outono, este só tem correspondência no calendário, pois o calor continua e até se nota, arbustos e roseiras a querer dar os seus rebentos. Depois de uma olhadela pelas “Poças do Povo” (era a Piscina na nossa juventude) desci pelo típico Caminho da Capela até ao velho templo (Capela de S. Sebastião) com o seu alpendre em granito trabalhado revestido com lindos painéis de Azulejo, de onde se vislumbra a vetusta Serra da Estrela, com toda a sua imponência e esplendor. Um pouco abaixo da capela, encontra-se aquele que é sem dúvida o nosso maior Tesouro e, foi em tempo uma das grandes referências não só na nossa freguesia, mas de toda a região!… o Hotel Mira-Serra… com as suas varandas de cura, onde outrora os hóspedes curavam as suas maleitas. Rodeado de paisagem majestosa, este Hotel possui um clima de escolha, que retempera e tonifica e, toda a sua Quinta envolvente tem duas características que a natureza se encarregou de lhe atribuir. Trata-se de dois elementos terapêuticos naturais o microclima da região e as águas que ali brotam. Infelizmente este tesouro encontra-se há já algum tempo adormecido. Porque nos consideramos pessoas de bem, que sempre quisemos e queremos o melhor para a nossa freguesia e, numa altura em que tanto se fala no turismo de natureza, não estará na hora do Turismo do Centro e restantes entidades darem o seu contributo de forma a encontrar uma solução no sentido desta jóia, voltar a desempenhar as funções para as quais foi construído?… ajudem se puderem… E continuei até à minha/nossa Baltareira, onde passei parte da minha infância… Olhei para a Biblioteca e Correios, descansei no idílico Cantinho dos Poetas, onde a cultura e a Poesia estão vertidos, nos vários painéis de azulejo ali colocados. É um local privilegiado, onde se pode aproveitar o Parque Intergeracional para aliviar o stress e, fazer um pouco de exercício físico. E assim regressei ao meu/nosso largo do Palhal, após esta revisitação a lugares que fazem parte da nossa memória coletiva!…
Júlio António Mendes

EDITORIAL Nº 852 DE 1-10-2023

Caro leitor

Como funerário da minha empresa Balula, vou muitas vezes aos cemitérios e ao fim do meu trabalho como profissional, olho para as campas, e faço isto mais ainda em Dia de Finados, e aí, vejo túmulos abandonados, ou seja, sem que ninguém olhe pelos mesmos. Chegamos mesmo a ver placas em pedra a dizer “abandonada”. Tudo isto, para que as entidades competentes possam vender o terreno a outras pessoas ou, pelo menos, este servir novamente.
Morrer é ser esquecido. Enquanto alguém se lembrar dos que já partiram estes continuam vivos. Eu não quero morrer e penso que faço por merecer continuar vivo. Faço por isso! Faço por merecer continuar vivo!
Alguém me dizia, muitas vezes, há uns anos atrás “tu fazes tudo para que um dia te façam uma estátua na praça”. Isto de não querer morrer já é antigo, como querer morrer novo num corpo velho, também já é antigo.
Sempre quis estar na linha da frente. Nunca deixei que ninguém colocasse limites nos meus sonhos. Ainda hoje, assim sou, determinado! O Céu é o limite. Nunca perca a esperança e aí, o Sol brilha muito mais no dia seguinte.
Impossível é uma palavra que as pessoas nos dizem para nos limitar. Quando ouvir dizer esta palavra “impossível”, responda logo “Na tua opinião. Na minha opinião, poder é querer, logo é fazer!
Pensar em grande nunca foi pecado. Fazer o impossível também não.
Pense sempre no possível e vai fazer o impossível. O relógio não pára, pois o nosso tempo é finito e o ser humano nunca conseguiu arranjar preço para o seu tempo de vida, isto porque, ninguém sabe quando se morre, mas contudo, a vida é tua e fazes dela o que quiseres, podes até querer ter uma vida grande em poucos anos de vida, como ter uma vida pequena em muitos anos de vida.
Eu… prefiro morrer novo num corpo velho, tudo isto, para que nunca morra!
Abraço amigo,

Saiba como…

A burocracia que decorre da morte de alguém
A morte de um ente querido é sempre um momento difícil de gerir. Para além do peso emocional, acarreta inúmeras burocracias que têm de ser resolvidas. Nomeadamente, reunir os mais variados documentos relacionados com o falecido e herdeiros, deslocações a diversos serviços, verificar quais os bens dos quais o falecido era proprietário (casas, terrenos, contas bancárias, carros, motas, etc.).
Assim, após toda a logística do velório e do funeral, o Solicitador é um profissional habilitado que os herdeiros podem procurar para melhor os aconselhar e ajudar nos “passos” a seguir. E que passos são esses?
Em primeiro lugar, deve ser participado o óbito no Serviço de Finanças do concelho da última residência do falecido. Nesta participação deve identificar-se, a pessoa falecida (mediante apresentação da certidão de óbito que é fornecida pela agência funerária que realizou o funeral), quem são os herdeiros (mediante a apresentação de fotocópia do cartão de cidadão ou bilhete de identidade dos mesmos), bem como quais são os bens que pertenciam ao falecido, e onde o respetivo serviço de Finanças atribui à herança o número de identificação fiscal (NIF).
É nesta fase que também se procede à nomeação do cabeça-de-casal, ou seja, de entre os herdeiros da pessoa falecida, um deles será o escolhido para exercer o cargo/funções de cabeça-de-casal. Sendo tal cargo, regra geral, exercido pelo cônjuge sobrevivo ou pelo filho mais velho.
Este processo de participação do óbito, ao qual tecnicamente chamados de processo de Imposto do Selo, deve ser feito até ao final do terceiro mês seguinte à data do óbito.
Em segundo lugar, e independentemente do destino que os herdeiros queiram dar aos bens que fazem parte da herança, deverá ser realizada a escritura de habilitação de herdeiros. Sendo esta uma escritura onde o cabeça de casal nomeado declara quem foi a pessoa que faleceu e quem são os herdeiros. Declarações essas que também são comprovadas mediante a apresentação da certidão de óbito, casamento e nascimento.
Em terceiro e último lugar, após a realização dos passos anteriores, os herdeiros devem decidir o que fazer aos bens que lhes foram deixados – se devem manter-se em nome da herança ou se devem dividi-los entre si. Caso, decidam proceder à divisão dos bens que lhes foram deixados, o caminho a seguir é a partilha dos mesmos. Essa partilha pode ser realizada junto do Solicitador através de Documento Particular Autenticado (DPA) ou junto do notário através de escritura pública.
Posteriormente, e em jeito de conclusão de todo o processo, deve a referida partilha ser comunicada no serviço de Finanças e, consequentemente, apresentada a registo, junto da Conservatória do Registo.
Por tudo isto, não deixe os seus direitos e as duas dúvidas por mãos alheias e procure um profissional habilitado como o Solicitador para o esclarecer!

DEIXEM EÇA EM PAZ

Humberto Pinho da Silva

Parece ser afronta aos descendentes do escritor. - As autoridades, com apoio da Fundação Eça de Queiroz, querem transladar os ossos do autor dos: “ Maias”, para o Panteão, alegando ser figura nacional.
Todavia a família não concorda, declarando – que o antepassado deve permanecer onde se encontra desde 1989 – após três transladações, – no cemitério de Santa Cruz – Baião, em jazigo de família, ao lado da querida filha Maria e do neto Manuel, estando dispostos a recorrerem à Justiça, caso seja necessário.
Para já enviaram ao Presidente da Assembleia da República, carta assinada pelos bisnetos, invocando que era vontade do bisavô ficar em Baião. Argumentando, ainda, que os restos mortais pertencem, legalmente, á família e não ao Estado.
Entretanto as autoridades parecem querer trasladá-lo, a 27 de setembro, para Lisboa.
Que Eça é merecedor de permanecer no Panteão, onde repousam ilustres escritores e figuras notáveis da nação, ninguém dúvida, mas parece-me que a homenagem póstuma deve ter o acordo da família.
Desconheço porque, mesmo contra a vontade dos descendentes, querem prestarem-lhe essa honra, e deixando, há décadas, esquecido, quase abandonado, o maior prosador da língua portuguesa, Camilo Castelo Branco, de quem Castilho escreveu: “ Sim senhor! é mestre e cem vezes mestre, e de todos os nossos clássicos nenhum há que eu leia com tanto gosto e aproveite.” - in: “ Carta a Camilo, Lisboa, 02/01/1866.
E o grande Unamuno, referindo-se ao:” Amor de Perdição”, afirma: “ Es uno de los libros fundamentales da literatura ibérica.” - “ Por Terras de Portugal Y Espana”.
Não entendo certas atitudes, a não ser que haja razões que desconheço.