JANEIRO


Tendo terminado o mês de Dezembro, entrámos num novo ano que começa, como todos os outros, com o mês de Janeiro. O ano que findou não deixou saudades, porque a pandemia tolheu os movimentos de grande número de pessoas de quase todo o Mundo. O novo ano significa uma certa esperança, pois sabemos que será ministrada uma vacina que constituirá o começo de um caminho que, embora longo, tenderá a livrar-nos de um vírus que tem feito muitas vítimas e nos tira a liberdade de movimentos.
O próprio nome do mês está em consonância com esses sentimentos de esperança. Se indagarmos sobre a origem da palavra janeiro, verificamos que esse nome foi consagrado ao deus Jano, um deus da mitologia romana, bifronte, ou seja, com duas caras voltadas em sentidos opostos, sendo uma dirigida para a frente, para o futuro, e a outra para trás, para o passado. Os romanos consideravam-no o deus dos começos, das entradas e das saídas. Jano era invocado, antes de outras divindades, no início de um qualquer empreendimento, por ser considerado protetor de qualquer “abertura” das portas dos edifícios, do começo do dia, do mês, do ano, da vida…Celebrava-se o seu culto na cidade de Roma. Com as suas duas caras contrapostas, vigiava as portas da entrada e da saída do Templo e, assim, a entrada e saída da passagem por onde transitavam os exércitos quando iam para o combate. Por isso, as portas que estavam sempre fechadas em tempo de paz, permaneciam abertas em tempo de guerra para que Jano os pudesse socorrer. Em suma, atribuía-se-lhe “poder sobre todos os começos”.
Em Roma existiam muitos santuários de Jano, geralmente nas encruzilhadas. Em sua honra foram erguidos vários arcos. Era festejado, de preferência, no primeiro dia do ano.
Janeiro é o primeiro mês do ano civil tanto no calendário Juliano como no calendário Gregoriano.
A palavra calendário provém do latim calendarium, que era o livro de contas que continha as calendas em que se deviam pagar os juros. O calendário juliano foi introduzido pelo imperador Júlio César no ano 46 a. C. O calendário gregoriano é de origem europeia, sendo utilizado pela maioria dos países. Foi promulgado pelo Papa Gregório XIII em 24 de Fevereiro de 1582. Entrou em vigor em Portugal na data determinada pela Santa Sé, por força de uma lei promulgada por Filipe I de Portugal. Na transição de um calendário para o outro, foram suprimidos dez dias do calendário juliano, mais propriamente os dias 5 a 14 de Outubro de 1582. Assim, de quinta - feira, dia 4 de Outubro, passou-se para sexta – feira, dia 15 de Outubro.
Ninguém ignora que os anos bissextos são aqueles que são divisíveis por 4. Porém, os anos seculares só são bissextos quando divisíveis por 400. O ano que findou foi, portanto, bissexto.