ALGUNS FACTOS OCORRIDOS DURANTE A 2ª GUERRA MUNDIAL

Ainda não há muito tempo que tivemos oportunidade de ver vários episódios da segunda Guerra Mundial que foram exibidos pela RPT2. Vieram-me então à memória muitos pormenores relatados por Jésus Hernandéz no seu livro HISTÓRIAS DESCONHECIDAS DA II GUERRA MUNDIAL.
Uma dessas “histórias” é conhecida da maior parte das pessoas e repetiu-se, entre nós, por ocasião da guerra do Ultramar. Refiro-me às noivas de guerra. É consabido que milhares de soldados se corresponderam com mulheres com quem vieram a casar. Mas a “história” relatada no livro vai muito mais longe nas informações esclarecendo que, “durante os dois anos que antecederam o desembarque na Normandia, aproximadamente um milhão de soldados americanos e canadianos permaneceram no solo britânico, preparando a invasão do continente. Destes, 70 mil americanos e 47 mil canadianos aproveitaram a sua estadia para se comprometerem ou casarem com mulheres inglesas, as quais foram depois viver com eles para os seus países de origem. Metade delas chegaria à sua nova casa já com um ou mais filhos”.
Os noivados relatados não se ficaram por aqui. Na Austrália, 7 mil mulheres também se casaram com os soldados americanos que tinham começado a ir para aquele país em Dezembro de 1941, com o fim de proteger o país contra a ameaça da invasão japonesa.
Dos soldados americanos que integraram as tropas de ocupação da Alemanha alguns também acabaram por se relacionar com mulheres alemãs. Assim, em 1950, cerca de 14175 mulheres alemãs passaram a residir nos Estados Unidos da América por terem casado com aqueles soldados.
Houve mesmo um número mais reduzido de mulheres japonesas, num total de cerca de 758, que chegaram à América acompanhando os maridos.
Porém, as mulheres japonesas não foram bem acolhidas na Austrália, chegando mesmo a ser proibida a sua entrada na Austrália até 1952, devido à memória dos maus tratos que os soldados australianos tinham sofrido às mãos dos seus captores japoneses. E, mesmo quando a essas mulheres foi facultada a entrada, continuaram a ser marginalizadas pelas australianas.
Considerando que estamos a recordar a ligação de mulheres aos combatentes da guerra, parece-me oportuno mencionar ainda o nome duma mulher que foi ela própria combatente, tendo sido a primeira mulher piloto a abater um avião. Trata-se da piloto soviética Olga Yamschchicova que, a 24 de Setembro de 1942, abateu um junkers ju 88 sobre Estalinegrado (atual São Petersburgo). Esta mulher pertencia a um Regimento de Caças que realizou 4419 missões, abatendo um total de 38 aviões alemães.
Nesta guerra quase um milhão de mulheres serviu as forças armadas soviéticas, “embora só uma pequena parte tenha sido destacada para missões de combate”.