A nova Revolução Industrial


Desde a descoberta do fogo, a invenção da roda e o desenvolvimento técnico da agricultura, que podemos falar em evolução, mas a primeira revolução industrial teve início apenas há 180 anos. A transição dos métodos de produção artesanais para maquinaria, os novos processos de produção de ferro, o uso da energia a vapor, a substituição da madeira pelo carvão, entre outros desenvolvimentos, marcaram a revolução industrial. Seguiu-se a adoção de barcos a vapor, navios, ferrovia e o crescente aumento das fábricas e da produção em larga escala, o que impulsionou fortemente o crescimento económico, sendo mesmo considerado o evento mais importante na história da humanidade.
A evolução continua. Seguem-se agora as cidades inteligentes, um mundo tecnológico, sempre ligado e que se move a alta velocidade. A introdução da quinta geração móvel vai permitir ligações rápidas, respostas imediatas e maior qualidade na informação. Considera-se que o 5G será o catalisador de uma nova revolução industrial.
Para ajudar a perceber como se concretizam todas estas transformações, a NOS partilhou já alguns exemplos do que poderá mudar com o 5G no setor do turismo. “O turismo será um dos principais setores a transformar-se com o 5G – desde a reserva de um hotel, às viagens de avião e à forma como conhecemos uma cidade ou País.”
A simples reserva de uma viagem num smartphone, a existência de robôs no aeroporto, que auxiliarão no check-in, à segurança do terminal, à limpeza e até entrega de comida, bagagens com sensores e mapas interativos, tudo contribui para um embarque mais rápido e tranquilo. Durante a viagem de avião, um melhor acesso à Internet ajuda a passar o tempo, principalmente em viagens longas.
Já no Hotel, o Wi-Fi também será melhorado, mesmo com lotação máxima. Regular a temperatura do ar condicionado mesmo antes de chegar ao quarto, entrar sem necessidade de cartão e ter disponível para consulta informação útil e personalizada ao gosto do cliente, também será uma realidade.
As barreiras linguísticas também vão desaparecer com a tradução automática de voz. Vai ser mais fácil encontrar um destino a visitar com informação precisa, mesmo em locais pequenos, receber sugestões de pontos de interesse na zona no smartphone e aceder à informação de transportes em tempo real. E como a informação é instantânea, a mobilidade urbana também vai beneficiar da nova tecnologia, permitindo uma gestão eficiente do trânsito e dos transportes. Futuramente, carros sem condutor facilitarão as deslocações dos turistas.
Através de apps será possível consultar os tempos reais de espera nos locais de interesse turístico e estes podem também gerir melhor a sua ocupação. E quando se tratam de ruinas, a realidade virtual e aumentada, permitirá revelar a construção existente no passado, bastando para isso apontar o telemóvel para o local. As visitas virtuais tornam possíveis as viagens mais improváveis ou aquelas que apenas conseguimos fazer à distância.
Se tudo isto parece ficção e apenas estamos a falar do sector do turismo, existe um mundo de outras aplicações possíveis noutros sectores de atividade à espera de serem descobertos.