Portugal, um país curioso…


Atravessamos nos últimos anos duas grandes crises. A económica e a pandémica, que levaram muitos portugueses à perda do seu emprego.
Todos sabemos que o emprego é um meio privilegiado para a inclusão social, pois constitui a principal fonte de rendimento das pessoas que trabalham e garante os meios essenciais para se possuir o mínimo de condição de vida.
Noticiam os jornais nacionais que foram abertas inscrições para 23.236 vagas de emprego Actividades Imobiliárias e Administrativas, Alojamento, Restauração e Construção). Concorreu muito pouca gente. Inscrições quase desertas, porque ninguém quer aceitar.
E não se trata de trabalhos sazonais.
Este problema já se arrasta desde 2019, antes da pandemia em que o número de ofertas era de 19.294 e mesmo desde 2017 em que a oferta era de 24.335 vagas.
A Região que acumula mais ofertas é a de Lisboa e Vale do Tejo. Segue-se o Norte, o Alentejo, o Algarve e no fim as Regiões Autónomas.
É um problema nacional.
O bom tempo, as praias, os passeios sempre são mais apetecíveis que trabalhar. E se há subsídios, tanto melhor!…
No Norte há 5.000 trabalhadores da construção civil desempregados e em Lisboa 3.600. E no resto do País ? Outros tantos.
Um dos motivos para a não aceitação do emprego é o ordenada oferecido ser muito próximo do valor do subsídio de desemprego.
Para quê trabalhar! …