REFLEXÕES

PATRIMÓNIO CULTURAL

Recorrendo de novo a uma planta (Levantamento Aerofotogramétrico esc.1:2000 ) de toda a área das quintas da Raposeira e outras, continuarei a expôr aquilo que me parece importante para quem estiver interessado num conhecimento mais alargado e sério sobre a área da ocupação romana no sopé do Monte Senhora do Castelo. Resulta das pesquisas à superfície que enunciei no começo destes trabalhos. Mas mais fortemente quando, em cumprimento das directivas do IPPAR adoptadas na década de 90, segundo as quais, qualquer obra ou trabalho que implicasse remoção de terras em áreas do País onde se supunha haver vestígios arqueológicos ou, por um acaso fortuito, tivesse surgido um qualquer vestígio teria de, previamente, ser sujeito a pesquisas para evitar estragos ou mesmo o desaparecimento de possíveis ruinas importantes para a História do nosso País. E assim por conveniência da Autarquia e do IPPAR, acompanhei e pesquisei na abertura de valas em terrenos que iriam mais tarde ou mais cedo dar lugar à construção, já que a abertura da Avenida iria criar, futuramente, grande reboliço tanto a nível de urbanizações como da arquitectura. Foi na sequência desses trabalhos que se recolheu importante informação sobre muitos vestígios que infelizmente acabaram destruídos – uns por incapacidade de orientação das autoridades locais, outra pela inoperância dos serviços superiores… Enfim, má sorte se tem abatido na área histórica mais importante do concelho de Mangualde. Nesta planta está delineada a área que se presume ter tido ocupação de povos antigos estendendo-se da antiga estrada Mangualde / Fornos de Algodres até, sensivelmente, ao actual Pingo Doce. Com a numeração procurarei identificar os locais mais significativos.
LEGENDA:
1 - Monte Ermida Sra do Castelo (aonde, como já se disse anteriormente, se teria erguido um Castro ou uma citânia com posterior ocupação romana)
2- Avenida Sra do Castelo
3 e 6- Área em cuja superfície se encontravam fragmentos de cerâmica
4 - Via romana

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