1 – Município de Mangualde - Prestação de Contas 2021
Uma Sinfonia Financeira.
Na última Assembleia Municipal, que decorreu no passado dia 28 de abril, foram aprovadas as contas do Município de Mangualde relativas ao exercício de 2021.
Desta prestação de contas resultam indicadores e resultados coerentes, ambiciosos e robustos que refletem uma grande eficiência e sustentabilidade da gestão do Município.
Muitas obras em vários setores, mais património, novos terrenos, parques, instalações e muitos equipamentos. Baixa de impostos, redução da dívida e maior saldo de gerência para o ano seguinte. Um amplo plano de obras de desenvolvimento, do ambiente à economia, da urbanidade central à coesão nas freguesias. Da educação à cultura. Várias frentes de combate aos efeitos da pandemia, nomeadamente, famílias, escolas, empresas, comércio, IPSS, instituições humanitárias, culturais, desportivas, etc.
A atividade apresentou um resultado líquido positivo de 196 mil euros e, mais relevante ainda, um EBITDA, (Resultado Antes de Impostos, Juros, Depreciações e Amortizações) de 4,7 milhões de euros, um aumento de mais 400 mil euros em relação a 2020. De realçar também uma significativa baixa de impostos de cerca de 300.000 euros entre IMI e Derrama.
A dívida baixou pela 11ª vez consecutiva, reduzindo 491mil euros, ou seja, -7,3%, atingindo o valor mais baixo dos últimos 21 anos.
O saldo de gerência que 2021 transmitiu a 2022 foi de 3,9 milhões de euros.
Melhor Balanço, com mais ativos, melhor tesouraria e expansão de património assente numa autonomia financeira estabilizada em torno dos 80% e liquidez geral estabilizada em torno dos 220%.
Ao contrário de algumas observações, poucas, só com uma atividade assente em cash-flows significativos e crescentes, foi possível, ao mesmo tempo, no mesmo exercício, baixar impostos, baixar a dívida, expandir o património, promover o desenvolvimento setorial e territorial e ter mais liquidez no final do ano, para enfrentar novas dificuldades e oportunidades. E é nesta equação que, por entre o silêncio do rigor das contas, se vislumbra a sinfonia financeira e estratégica que marcou este exercício de serviço municipal.

2 - Mais crescimento económico, um desígnio nacional
Portugal nos últimos 25 anos cresceu menos de 1% em média ano. Em consequência perdemos vários lugares no posicionamento internacional do desenvolvimento. Ao mesmo tempo e de forma interligada, temos progredido pouco na produtividade e não vemos crescer de forma significativa o salário médio e o rendimento dos portugueses.
A tendência demográfica, combinando menos natalidade e mais longevidade faz grande pressão sobre a sustentabilidade das políticas publicas, nomeadamente da área social. O elevado endividamento nacional é também um constrangimento. Recentemente, a elevada inflação vem meter mais pressão para as famílias que não vivem folgadas.
Mais do que nunca, só com mais modernização e crescimento económico, o nosso país pode proporcionar melhores expectativas de vida aos portugueses, sob pena de continuar a ser ultrapassado por outras países e afundar, ainda mais, a realidade demográfica e ver emigrar muitos portugueses.
Os abundantes meios financeiros do PRR e do Portugal 2030, são um forte instrumento de intervenção pública, mas só por si não resolvem tudo. É necessária muita assertividade estratégica, tanto do setor público como do setor privado.
Há tendência a concentrar as responsabilidades de tudo no Estado. O Estado tem, incontornavelmente, uma responsabilidade maior. Mas, as empresas, as diversas instituições e a sociedade em geral têm um papel fundamental no desenho do futuro.
Começam a ser conhecidas algumas intenções e projetos de investimentos que criam boas expectativas transformacionais. A esperança é a última coisa a morrer.