ARRAIAL BEIRÃO ASSINALOU FIM DO ANO LETIVO NO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE MANGUALDE


Como habitualmente, o Agrupamento de Escolas de Mangualde realizou mais uma festa de fim de ano.
Esta festa de encerramento do ano letivo, visa promover o convívio entre toda a comunidade, não só escolar, mas dos vários setores.
Desta forma, no passado dia 8 de julho, o campo da ESFA acolheu mais um “arraial beirão” com as tradicionais barraquinhas, as belas sardinhas, o pernil e o caldo verde.
A animar a noite, esteve a Ginástica Artística das Escolas de Mangualde e a Orquestra Juvenil + Música.
Ao nosso jornal, Agnelo Figueiredo, Diretor do Agrupamento de Escolas de Mangualde referiu que este ano letivo que agora terminou “foi um ano complicado, apesar de muito mais simples que os dois anos anteriores. Já se conseguiu de alguma forma retomar uma certa normalidade. Sobretudo os 2º e 3º periodos, foram períodos normais, quer no ritmo de trabalho quer no ritmo de exigência, portanto, podemos dizer que a escola recuperou o seu dia a dia normal, o seu ritmo normal. Assim, apostamos em fazer aqui hoje uma verdadeira festa. A “festa da libertação”, é um dia para nos libertarmos, para conviver, para as pessoas se verem, se conhecerem e estou muito contente em ter aqui os pais, as Guias, os Escuteiros, etc. É uma festa que ultrapassa a escola e abrange a comunidade também ligada à escola, e isso é extremamente importante”.
Questionado quanto ao ranking nacional que nesse dia havia sido divulgado, o Diretor das Escolas de Mangualde esclareceu “eu sou muito critico aos rankings atuais, porque estes são com base em exames que nem todos os alunos fazem, ou seja, só fazem exames os alunos que precisam para ingresso no superior. Atualmente não temos exames finais de ensino secundário. Portanto, eu não posso comparar uma escola com outra, porque nem todos os alunos vão ingressar no ensino superior e depois há ainda outra coisa, colocam-se ao mesmo “saco” os alunos que fazem exame para acesso e os alunos que chumbaram e que precisam do exame para ver se passam. Não existe uma base comparável, mas, dentro destes condicionalismos que me levam a criticar, a posição da Escola de Mangualde está dentro dos padrões que impõe o projeto educativo, ou seja, até à 5ª melhor escola do distrito, portanto, se somos a 3ª ou a 4ª não está mal, temos uma posição consolidada e isso deixa-nos satisfeitos.
O próximo ano letivo 2022/2023 e tendo em conta que há concurso de professores será para Agnelo Figueiredo “um ano caótio, porque as alterações que o Senhor Ministro fez na colocação dos professores doentes, vai levar a que nas Escolas de Mangualde, no primeiro ciclo se percam cerca de 20 professores. Esses 20 professores nos anos anteriores eram os que nos asseguravam as substituições quando um professor faltava. Para o ano, o que vai acontecer é que, se um professor adoeçer e não houver quem o substitua, os alunos vão para casa. Isso vai ser dramatico! Os pais vão ter imensos problemas. Pode ser um dia, dois, mas irá trazer bastantes problemas aos pais e à escola também, porque a escola vai ter que explicar aos pais que não vai ter professores para fazer a substituição. Por outro lado, Mangualde tem um quadro docente idoso que face a limitações irá colocar atestado médico. Nestes casos, as substituições de acordo com a lei são por 30 dias, agora veja o que vai ser andar a fazer substituições todos os meses, com todas as dificuldades que existem no processo de concursos de professores? O Senhor Ministro já simplificou um bocadinho o processo. Os pedidos de horários só vão à bolsa nacional uma vez e se forem recusados vão para oferta de escola e isso leva-nos a poder substituir mais rapidamente mas, mesmo assim, vamos ter problemas graves. Vai ser um ano muito complicado”, concluiu o Diretor do Agrupamento.