lendas, historietas e vivências

A EVOLUÇÃO DA ARQUITECTURA O NOSSO PAÍS
Tenho tido ao longo dos últimos anos umas certas surpresas, algumas muito pouco agradáveis relacionadas com as soluções arquitectónicas que têm revolucionado o aspecto paisagístico e urbano do nosso País. Por esse mundo as novas tecnologias têm criado possibilidades de construção verdadeiramente milagrosas. Bastará observarmos as maravilhosas imagens que alguns canais estrangeiros nos apresentam com “os países ou determinadas zonas do planeta “Vistas de cima”!! Cá temos de novo as novas tecnologias a trazerem-nos conhecimentos sobre o que se passa no nosso planeta nunca imaginado até agora! E fica-nos na mente um mar de interrogações para as quais não vislumbramos resposta… mais evidente” para onde caminhará o então este nosso planeta.? São interrogações inúteis porque só o futuro nos dará a resposta, e… então já cá não estaremos para as confirmar. Estes são apenas pedacinhos das minhas reflexões que, bem vistas as coisas, não me levam a lado nenhum. Mas aqui no meu cantinho que é Portugal permitem-me fazer uma breve avaliação do que poderá ser o futuro próximo no aspecto geográfico e paisagístico do nosso pequeno território.
Vindo lá detrás a remexer um pouco na construção da história do nosso concelho, sobretudo visualmente, mas em que a história dos povos tem de andar metida, é fácil percebermos que o mundo está em permanente mudança e nós limitamo-nos, na maioria das situações, a aproveitá-la para usufruir do bom que nos possam trazer, esquecendo o reverso da medalha. Estou a lembrar-me de tempos passados, não muito longínquos, em que as estações do Ano se cumpriam dentro duma certa regularidade – Invernos chuvosos, neves, e geadas com fartura, mais ou menos dentro da época prevista, o que permitia aos agricultores programar sem grandes entraves as suas sementeiras e trabalhos na terra. O “fabuloso Borda d’Água era um missal para o povo… “vê lá o que diz o borda d’Água prá semana”…. Os animais tinham a época própria para a sua reprodução e o alimento não faltava nos lameiros ou as palhas secas nos “paranhos”. Na Primavera começava o tempo mais ameno, com as ervas, os cereais e todos os vegetais necessários, a iniciar a sua vida de crescimento. Era um tempo de entusiasmo, de leveza - vinha lá o tempo quentinho próprio para trabalhos e passeios. Seguia-se o tempo de procurar as sombras mais frescas –fosse em casa num rés do chão, numas lojas próprias para refrescar, mais uns banhos de água fresca num rio ou ribeiro próximo. Era tempo de trabalho, mas também de algum prazer simples e barato. Vinha o outono com nova época de tarefas duras – fazer as colheitas, tratar dos cereais e de todos os produtos próprios para secar e guardar para no inverno não faltar alimento para os humanos e para os gados. Era uma vida relativamente simples, mas de muito desgaste físico… e lá chegava de novo o tempo frio, tantas vezes gélido… (continua)