lendas, historietas e vivências

O insólito acontece quando menos se espera
… Pois, ia eu muito tranquila numa pequena volta pelas avenidas circundantes, quando ao aproximar-me duma rotunda dou - me de frente com uma placa dizendo “CITÂNIA“! Quê? citânia? Aquilo parecia-me uma bruta grua!!! Mas, como nos dias de hoje já nada nos deve espantar, deduzi que alguma coisa estaria para ali programada…. pois claro! Era mais um disparate que estava ali a oferecer-se ao pacato cidadão, sem que as autoridades competentes tenham mexido um dedo (penso eu) para elucidar o investidor mais ou menos erudito, quer seja construtor, quer seja arquiteto ou engenheiro, que esta expressão “citânia” tem muito que se lhe diga! Ainda mais naquela extensa área, pela qual pessoas de boa vontade, conhecendo parte da sua estória, se deixaram derreter ao longo de oito meses de agosto, por amor à Arqueologia e à História da sua terra.
A expressão “citânia” tem tanto que se lhe diga que o comum cidadão teria de se dedicar a ler vários livros e Escritos de modo a inteirar-se dos factos e formular as suas conclusões – por que é que já houve placas antigas com a designação de citânia e agora se encontram placas, e muito bem, com a expressão “Ruinas romanas”!! Então é porque nos últimos tempos alguém “aceitou o saber de outros“ para colocar a ordem que era necessária, haja Deus!… Quando parecia que a história e os caminhos se estavam a acertar, eis que surge mais uma carambola de decisões, quanto a nós, muito errada… Se não vejamos, conhecendo-se a larga área de ocupação romana no sopé do Monte Sra do Castelo seria de toda a conveniência que QUALQUER OBRA para a qual fosse necessária a remoção de terras haveria a obrigatoriedade de sondagens prévias programadas pela Câmara M. Para isso lá se encontram DOIS arqueólogos que deveriam estar atentos já que a eles caberá esta cadeira. Espero também que ainda exista para sua orientação nos Arquivos da Autarquia um “levantamento topográfico” aonde se encontram assinaladas as áreas mais sensíveis as quais deveriam estar sob vigilância prévia aquando fossem previstas obras de construção, tal como o antigo IPPAR acordou com a Autarquia por volta de 1997… Aqui chegada continuarei na próxima meditação imposta por esta mania que tenho de defender a nossa História, as nossas origens, a nossa cultura.