Para quando um verdadeiro combate à corrupção?


As Nações Unidas designaram o dia 9 de dezembro como o Dia Internacional Anticorrupção.
Em Portugal, a corrupção não pára de crescer e o Governo não pára de fingir que a combate.
De facto, “A corrupção aumenta o custo das empresas, mina a confiança do público e dificulta o crescimento. O combate à corrupção e a promoção da integridade requer uma abordagem de toda a sociedade”, afirma a OCDE.
Paulo Morais, ex-candidato à Presidência da República, defendeu a criação de um relatório anual da corrupção em Portugal com a síntese de quantas acusações existem, quantos julgamentos estão em curso, quantas pessoas foram condenadas e absolvidas. Isto porque num estudo publicado pela Transparency International, Portugal continua abaixo dos valores médios da União Europeia e da Europa Ocidental e da União Europeia.
Já a Fundação Francisco Manuel dos Santos indica que os cidadãos portugueses toleram menos a corrupção do que os seus representantes eleitos, com os políticos a verem a lei como “critério orientador” e os cidadãos a honestidade.
O que o cidadão Português sente é que a corrupção e a má governação matam, empobrecem, enfraquecem e capturam a vida e os sonhos de pessoas, famílias, empresas, populações, comunidades e de gerações inteiras. Para além disso também sentem que a inação e inércia perante a corrupção e os corruptos tornam os Estados, as instituições, os mercados e toda a sociedade mais fraca, desconfiada, desesperançada, com grave prejuízo de princípios, valores, políticas e práticas que devem reger um Estado de direito democrático, económico, social, cultural e ambiental avançado.
Sobre o Dia Mundial Anticorrupção, Marcelo não disse uma única palavra. Devia estar a falar com o treinador da Seleção a quem (diz ele) liga às “tantas da noite”. Às tantas, é verdade, e também não deve querer saber dos esquemas que a Federação Portuguesa de Futebol usa para fugir aos impostos nos pagamentos de salários ao selecionador nacional de futebol!
Entretanto, vamos ser ultrapassados em termos de PIB / per capita, pela Roménia, mas o Sr. Feliz (Marcelo Rebelo de Sousa) e o Sr. Contente (António Costa), além de desvalorizarem a situação, continuam a insistir que Portugal é o Pais das Maravilhas e do Pai Natal. Bem, pela falta de condenações em tribunal, pelo menos para os corruptos, Portugal continua a ser um paraíso!