2022: E nada ficou como antes?


O “retorno à normalidade”, tão desejado depois de dois anos de pandemia, não foi nada tranquilo.
2022 deu a sensação de que o mundo deu várias voltas ao Sol em 365 dias.
A grande surpresa negativa do ano foi, evidentemente, a invasão da Ucrânia pela Rússia, logo em Fevereiro. Em termos históricos, não havia um ataque em grande escala, não provocado, contra um país soberano, desde 1939.
Ninguém sabe o que vai acontecer, e que consequências da guerra vão moldar o mundo pós-Ucrânia. Aprendemos que estas crises podem ser mais um motivo de união, de força, criatividade e ação. Zelenski é a grande figura do ano, o herói desta guerra juntamente com o povo Ucraniano.
A nível interno, o acontecimento é o fim da geringonça e a maioria absoluta do PS. A nível económico é a inflação que apenas beneficia o governo que arrecada milhões com a subida generalizada dos preços.
O primeiro-ministro de Portugal, António Costa continua a fazer o que melhor sabe, distribuir dinheiro à custa da inflação, atribuir cargos pelos amigos com cartão socialista, assobiar para o lado sempre que o seu governo é apanhado em polémicas e sem criar condições para o desenvolvimento económico e social de Portugal para potenciar condições de desenvolvimento da riqueza.
No fim de 2022, a guerra na Ucrânia, a inflação, o custo dos combustíveis, a perda do poder de compra, o aumento das taxas de juro e do custo de vida, os impostos altos, o envelhecimento da população, o abandono do interior, a seca, as alterações climáticas, os incêndios, o estado calamitoso da saúde, a degradação da soberania do Estado, a falta de investimento na Educação, etc., tornarão o próximo ano muito difícil e de grande sacrifício para os portugueses.
Depois de 48 anos de democracia e 36 anos a receber fundos comunitários da União Europeia, estamos cada vez mais pobres e na cauda da Europa. É um facto. A isto, junta-se o empobrecimento da população, alimentado em parte pela escalada de preços, particularmente na alimentação e energia, e pelo aumento das taxas de juro dos empréstimos, com reflexo mais penalizador para quem recorreu ao crédito à habitação.
Infelizmente, apenas caímos no logro de acreditar que podemos ser ajudados sem o nosso esforço e sem o uso das nossas competências de trabalho, de sacrifício e exigência e rigor. Pior, somos vítimas contentes da manipulação e da desinformação aceites contra todas as evidências.
Libertos, embora não totalmente, dos efeitos dessa tenebrosa pandemia, era expectável que pudéssemos viver melhor, só que não.
O futuro troca as voltas a quem o tenta prever.
Eu próprio quero ser otimista e acreditar que 2023 vai mesmo ser diferente e terá um sabor especial mas a realidade parece ser outra.