A decadência

“Sabemos que nos mentem. Eles sabem que nos mentem. Eles sabem que nós sabemos que nos mentem. Nós sabemos que eles sabem que nós sabemos que eles nos mentem. E, mesmo assim, eles continuam a mentir.”
Alexander Solzhenitsyn

A citação com que inicio esta reflexão é o espelho dos últimos tempos do Governo de António Costa. De demissão em demissão, de escândalo em escândalo, a inesperada maioria absoluta do PS trouxe à governação o cheiro da decadência típica de governos em fim de linha.
Em todos os sectores do Estado é notória a degradação dos serviços.
Na Educação, a descolagem da realidade tornou a área nauseabunda. Para quem já viveu a implosão do guterrismo e do socratismo, a situação presente prenuncia fim idêntico.
Infelizmente, o debate sobre as questões da Educação só ocorre sob ondas de alarme e de urgência, quando as coisas começam a descambar gravemente e a paz podre fica ameaçada.
Na saúde, o caos está instalado nas várias urgências de todo o país. As horas de espera fazem desesperar os que aguardam atendimento. Os tempos médios de resposta para consulta da especialidade nos hospitais são demasiado grandes. Os que podem, fogem para os hospitais privados. Os outros, não têm outro remédio senão sobreviver aguardando.
Na justiça, os processos arrastam-se morosa e penosamente pelos corredores dos tribunais. Os ricos e poderosos recorrem aos gabinetes de advocacia que melhores contactos têm junto do legislador, ou seja, no governo ou nos deputados da assembleia da república. Veja-se o caso do processo do Ex-primeiro-ministro socialistas José Sócrates.
Na economia, os portugueses vivem asfixiados por uma inflação altíssima e com uma enorme perda do poder de compra. Para agravar ainda mais o cenário, junta-se a subidas das taxas de juro que estão a levar muitas famílias com empréstimos à habitação a situações de enorme aperto.
São necessárias novas ideias e atitudes, práticas inovadoras e, seguramente, novos protagonistas. Apenas dessa forma será possível encontrar o caminho certo para recuperar uma trajetória segura e credível de desenvolvimento, de confiança e de esperança no futuro.
O Partido Socialista continua a negar a realidade e a viver num Portugal das maravilhas, o que até se pode compreender até a um certo ponto, uma vez que quase todos os lugares de empresas públicas e de governação se encontram ocupados pelos seus militantes. Veja-se o caso do jovem recém-licenciado de 21 anos contratado pela Ministra da Presidência com o vencimento de cerca de 4.000€ e nem sequer tem o mestrado concluído! Roam-se de inveja!!! Na espuma dos dias continua o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que continua a pensar que é comentador político nas televisões e comenta tudo e mais um par de botas, metendo os pés pelas mãos e as mãos pelos pés! Com tanto assessor, já algum lhe devia ter dito para falar menos e melhor!!!