Sr. Rui


Criou um império do nada e tornou-se num dos homens mais ricos de Portugal. Pôs uma vila alentejana no mapa e café em Portugal será sempre sinónimo do seu nome. Rui Nabeiro morreu aos 91 anos.
O Sr. Rui, como carinhosamente era tratado pelos que com ele privavam, gostava de liderar pelo exemplo e a melhor homenagem que os empresários e políticos Portugueses podiam fazer-lhe, era imitá-lo!
Campo Maior é terra que nunca poderia ver nascer uma plantação de café, mas houve um homem que viu nela uma porta aberta para o mundo. Teve a ousadia, astúcia e habilidade para criar no Alentejo profundo um verdadeiro império industrial e comercial.
Todas as pessoas com quem o sr. Rui se relacionava tinham um grande afeto por ele. É muito visível, ele tinha o dom de ser especialmente cativante e de pôr as pessoas à vontade.
“Era uma pessoa com o coração do lado certo. Não deixa de ser curioso que parte no Dia do Pai, o Sr. Rui que foi pai de muita gente”, foi assim que o presidente do Instituto Politécnico de Portalegre, Luís Loures o recordou, acrescentando “O senhor Rui estava sempre em contracorrente face aos outros empresários, era alguém que se preocupava muito mais com o lado humano do que propriamente a vertente empresarial”, contribuindo para a fixação de talento e criação de riqueza no interior do país.
O Sr. Rui correu o mundo, viajou pelos quatro cantos do globo, mas nunca quis sair de Campo Maior, a sua terra, apesar de tudo um local remoto no interior profundo de Portugal porque cedo sentiu que sair seria desertar e abandonar os seus e as suas raízes reforçando que a sua terra natal precisava de alguém que se dedicasse a ela, que trouxesse riqueza. Começou com três empregados e chegou aos quase quatro mil funcionários.
Ele que só tinha a 4ª classe mas num país onde grassa, sem graça, a ladroagem, a corrupção, a impunidade, o Sr. Comendador Rui Nabeiro, era um Homem bom, íntegro e sempre pronto a ajudar o próximo.
Tivesse o país governantes com um terço da sua idoneidade, e seríamos um país a sério, um país onde todos quereriam viver e de quem todos se orgulhariam.
Assim, habituem-se.