Peugeot Citroen até 300 novos postos de trabalho

A produção de um novo modelo na fábrica Peugeot-Citroen (PSA) de Mangualde deverá criar uma terceira equipa de trabalhadores em 2019, que poderá incluir entre 250 a 300 pessoas, segundo o diretor da unidade.
Segundo declarações de José Maria Covello à agencia Lusa “As primeiras expectativas para o carro novo (denominado K9) são de aumentar a produção até aos 75 mil carros, o que nos obriga a montar uma terceira equipa (de trabalhadores), que é o que todos esperamos. Se tudo correr bem, em 2019 a fábrica terá que meter uma terceira equipa para suprir as necessidades do mercado”.
“Uma terceira equipa incluiria 250/300 pessoas. Além das necessidades próprias da fábrica, haverá um aumento do ‘sourcing’ (abastecimento externo)”, referiu o responsável salientando ainda que “dos atuais 4% de compras a fornecedores portugueses se deverá passar para 25% aquando do novo modelo, isto levará também criação de 10 empregos indiretos de proximidade”
Na PSA Citroen trabalham atualmente cerca de 725 pessoas, prevendo-se que no lançamento do novo modelo estarão duas equipas, integrando 650 pessoas.
Neste momento, a fábrica está a ser preparada para o novo modelo (o K9), cuja primeira caixa deverá ser produzida no final deste ano, estando agendado o lançamento do veículo em 2018.
“Os ensaios estão a ser muito positivos e o carro deverá ser um grande sucesso. Mas temos um pequeno problema em Portugal, que pode ter certos riscos para a atividade industrial, que é o tema das portagens”, admitiu José Maria Covello ao referir que o eixo dianteiro superior a 1,20 metros deixará o K9 de fora da classe que paga menos nas portagens (classe 1).
José Maria Castro Covello referiu ainda a aposta do grupo PSA na indústria digital, que será acelerada com a participação no projeto INDTECH 4.0 — novas tecnologias para fabricação inteligente, que terá a duração de 36 meses.
Este projeto envolve um investimento estimado de 12 milhões de euros e junta a PSA de Mangualde, três universidades e cinco parceiros tecnológicos, assente nos seguintes eixos: sistemas robóticos inteligentes (robôs colaborativos), sistemas avançados de inspeção e rastreabilidade (visão artificial), sistemas autónomos de movimentação, fábrica digital e fábrica do futuro.
Anteriormente tinha sido já anunciado o investimento na unidade de Mangualde, até 2018, de cerca de 48 milhões de euros.
“fonte Lusa”