Arquivo diário: 1 de Setembro de 2023

O RELÓGIO DA TORRE DA CAPELA DA CORVACEIRA


“O maquinismo do relógio existente na torre da capela da Aldeia da Corvaceira, concelho de Mangualde, Distrito de Viseu, apresenta todas as características de ter sido construído por um, ou mais, mestres serralheiros com alguns conhecimentos de relojoaria. Calculamos que tenha sido construído na primeira metade do século XIX, tendo uma idade entre 150 a 200 anos. Os seus construtores basearam-se na escola francesa de relojoaria, pois a roda de escape, não cavilhada, e âncora de corpo inteiro eram as características fundamentais desta técnica de fabrico. Com as invasões francesas estivemos sujeitos a muitas influências. Muitos hábitos e novas técnicas foram introduzidos na nossa sociedade da altura e tudo leva a crer que muitos e novos ensinamentos de forjadores, ferreiros, fundidores e latoeiros, vindos de França, alteraram a forma de trabalhar e o pensamento dos nossos artífices.
Na região das Beiras (Beira AIta, Beira Baixa e Beira Litoral) surgiram vários construtores de “marcadores de tempo” que os colocavam nas torres das Capelas, accionando as horas no sino existente, com o principal objectivo de gerir o tempo que cada agricultor tinha direito a usufruir da água das nascentes. A água era um bem público partilhado por todos os habitantes que possuíam terras de cultivo.
Estes “relógros” estavam acertados (e não certos) pela hora solar o que impedia de transmitir um tempo certo e legal. Anos mais tarde, conseguiu-se conciliar e sincronizar as duas funções: o relógio gerir o tempo da rega e transmitir as horas reais.
As primeiras máquinas conhecidas eram de uma construção muito rudimentar, não havendo lugar a parafusos e porcas de aperto e sustentação, sendo a técnica do encavilhamento a solução para ordenar, de uma forma muito desordenada (mas funcional) as rodas e carretos necessários ao funcionamento do maquinismo. As principais características destes “marcadores de tempo” eram a ausência do movimento combinado dos minutos. Quando existia um mostrador exterior na torre da Capela, ou da lgreja, para indicar as horas e os minutos - como acontece actualmente - só era colocado o ponteiro das horas, pois o funcionamento da desmultiplicação dos minutos era muito trabalhosa de construir e o maquinismo não continha os comandos de sincronismo.
O maquinismo da Corvaceira, agora restaurado, situa-se numa posição intermédia de evolução destes maquinismos artesanais. Apesar de mostrar, exteriormente, o ponteiro das horas e o dos minutos, interiormente, não há nada que mostre a hora exterior, apesar de existir um pequeno mostrador somente com um pequeno ponteiro indicando o movimento do veio que movimenta os minutos.
O bloco de sustentação do movimento e manobra é composto por barramento de aço mole, onde se incrustam os apoios de latão e/ou de bronze, que sustentam os terminais dos veios das rodas. A maior parte das rodas dentadas são de latão cujos dentes foram abertos manualmente.
Este maquinismo mostra que, há muitos anos, sofreu uma grande reparação originando a alteração de algumas peças e rodas mas não prejudicando o seu funcionamento. As “mazelas” são visíveis e visíveis ficarão. É o genuíno e o real que importa, desde que o seu funcionamento assim o seja também.
Apesar de parado há mais de 20 anos e ter sido encontrado caído e em péssimo estado de conservação, após o seu restauro e recuperação, com a idade que tem, é, actualmente, o único maquinismo de relógio de torre a funcionar em Portugal.
Luís Cousinha
23 de setembro de 2028”

POLÍCIA JUDICIÁRIA DETEVE INCENDIÁRIO FLORESTAL EM MANGUALDE


A Polícia Judiciária, através da Diretoria do Centro, com a colaboração do Grupo de Trabalho para a Redução das Ignições em Espaço Rural do Centro e do Núcleo de Proteção Ambiental da GNR de Mangualde, identificou e deteve um homem de 38 anos, pela presumível prática de diversos crimes de incêndio florestal, ocorridos no início de agosto, do corrente ano, nas localidades de Quintela e Freixiosa, Mangualde.
O suspeito, com uso de chama direta, durante a madrugada, terá ateado os incêndios junto a caminhos florestais, em zonas com vasta mancha florestal, e confinantes com zonas urbanas, que só não ganharam proporções mais gravosas pela rápida intervenção dos Bombeiros Voluntários de Mangualde, com auxílio de meios aéreos.
Os incêndios consumiram uma área florestal (constituída por eucaliptos, pinheiros e carvalhos) com cerca de 27 hectares e provocaram prejuízos estimados de, aproximadamente, 17.000,00 Euros.
O detido foi presente ao Tribunal Judicial de Viseu para primeiro interrogatório judicial, tendo-lhe sido aplicada a medida de coação de prisão preventiva.

Bordado de Tibaldinho renova Certificação


O Bordado de Tibaldinho do concelho de Mangualde irá ver renovada a certificação por parte da A.Certifica, o único organismo de certificação de produtos artesanais tradicionais (não alimentares), acreditado pelo Instituto Português da Acreditação (IPAC).
Este bordado genuíno carateriza-se por ser harmonioso e branco sobre linho (100%), meio linho ou algodão (100%) também branco, cor associada à limpeza, higiene e pureza.
“A certificação é fundamental para promover e garantir a autenticidade, genuinidade e qualidade da produção desta herança secular, permitindo defender tanto o produto artesanal com os consumidores”, sublinha Marco Almeida, presidente da Câmara de Mangualde.
Atualmente, existem cinco bordadeiras certificadas que, ao longo dos tempos, foram preservando e transmitindo as técnicas de geração em geração.
Noutros tempos, as bordadeiras vendiam as peças pelas termas da região. Muitas vezes iam a pé, mas também apanhavam o comboio ou um autocarro para fazerem negócio em cidades mais distantes, como Porto e Lisboa. Algumas destas mulheres chegavam a levar os próprios bordados e de outras bordadeiras, que lhes pagavam uma percentagem sobre as vendas. Noutras alturas, deixavam as peças em casa de familiares, em Lisboa, para as venderem a quem fosse abastado. Outras bordadeiras chegavam a passar temporadas em casa de famílias ricas de Viseu, Porto, Coimbra ou Lisboa para aí executarem as encomendas.
Atualmente, as bordadeiras executam bordados por encomenda e a gosto do cliente.

IDOSO FALECEU NA LOCALIDADE DE FREIXIOSA DEPOIS DE TER SIDO PICADO POR VESPAS ASIÁTICAS


No passado dia 21 de agosto, um homem de 88 anos morreu, na localidade de Freixiosa, onde residia, depois de ter sido picado por várias vespas asiáticas junto à sua casa.
Em declarações à comunicação social, Márcio Teles, comandante dos BVM, confirmou que também a esposa, com 88 anos, teve de receber assistência médica.
O alerta para o sucedido foi dado pelas 08h46 do passado dia 21, segunda-feira, quando os Bombeiros Voluntários de Mangualde foram chamados para prestar auxilio a uma senhora que estaria a ter uma reação alérgica depois de ter sido picada por diversas vespas asiáticas, junto a um caixote do lixo nas imediações de sua habitação. Entretanto e de acordo com informação do comandante dos Bombeiros, “Ao chegarmos ao local percebemos, no entanto, que se tratavam de duas vítimas, sendo pedida de imediato uma ambulância para acudir ao marido, que já se encontrava em paragem cardiorespiratória, mas o óbito acabou por ser declarado no local pelo INEM”, explicou.
De acordo com informação veiculada, “o idoso veio despejar o lixo e acabou picado por vespas”. A mulher, com a mesma idade, foi em seu auxílio, mas também acabou ferida. Após o socorro no local a idosa foi transportada para o Hospital de Viseu para avaliação, apresentando ferimentos ligeiros.
O ninho em causa estava localizado “numa oliveira” e não estava ainda referenciado mas, segundo a mesma fonte, já foi destruído.

JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE

Portugal acolheu, de 1 a 6 de agosto, a Jornada Mundial da Juventude (JMJ). O maior e mais impactante evento realizado em Portugal, que juntou 1,5 milhões de pessoas vindas de todo o mundo.
Maria de Nazaré é a grande figura do caminho cristão, que nos ensina a dizer sim a Deus e foi protagonista desta edição da JMJ. «Maria levantou-se e partiu apressadamente», foi a citação bíblica escolhida pelo Papa Francisco como lema das JMJ que tiveram lugar no nosso país. Aquela que, de acordo com o Papa Francisco, foi a “melhor preparada” das quatro jornadas a que presidiu, deixando um agradecimento ao Cardeal-Patriarca de Lisboa, D. Américo Aguiar e a todos os voluntários por terem “trabalhado tanto e bem” e tornado “possível estes dias inesquecíveis”. “Mais do que trabalho, o vosso foi um serviço, obrigado!”..
No seu balanço da JMJ, o Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa incluiu o “sinal de esperança, a mensagem de esperança do Papa, de juventude, de futuro”, que considerou “espetacular, porque é aquilo que o país precisa, mas o mundo precisa, e a juventude tem direito a isso”.
Marcelo Rebelo de Sousa afirmou ainda que a JMJ foi “um grande sucesso para Portugal lá fora”, realçando também a “grande projeção cá dentro”, com uma “mobilização muito grande de todo o país”.
Renascimento, esteve presente em Fátima, onde no dia 5 de agosto, o Papa Francisco rezou o terço, inserido no programa da Jornada Mundial da Juventude.
Uma multidão de mais de 200 mil pessoas enchia o recinto do Santuário, alguns a “guardar lugar” há vários dias.
Depois do sol ter nascido, o entusiasmo para ver o Papa Francisco era grande e à medida que a hora prevista para a sua chegada se aproximava, maior era o alarido entre os peregrinos.
Por volta das 8h30, o helicóptero EH-101 Merlin da Força Aérea Portuguesa, especialmente adaptado para transportar o Papa Francisco, chegou a Fátima, e antes da aterragem, para alegria de todos, sobrevoou e deu duas voltas pelo recinto do Santuário. Depois, a curta viagem entre o heliporto e o Santuário de Fátima realizou-se no ‘papamóvel’, que à sua passagem tinha uma enorme multidão de fiéis. Já na avenida do Santuário, eram dadas muitas bênçãos, cumprimentos, acenos, beijos e abraços às crianças que foram sendo passadas pela equipa de segurança.
Depois do terço, recitado em várias línguas, ao qual assistiram na capela jovens com vários tipos de deficiência, estando também presentes jovens reclusos, do Estabelecimento Prisional de Leiria, o Papa Francisco disse que “a Igreja não tem portas para que todos possam entrar” e reafirmou que é um espaço para todos. “A Capelinha onde nos encontramos constitui uma bela imagem da Igreja, acolhedora, sem portas. A Igreja não tem portas para que todos possam entrar. E aqui, também, podemos insistir que todos podem entrar, porque esta é a casa da Mãe”, disse Francisco, referindo que “uma Mãe tem sempre o coração aberto, para todos os filhos, todos, todos, todos, sem excepção”.
Foi um discurso curto e improvisado para logo a seguir, o Papa voltar a abandonar lentamente o Santuário, cumprimentando os jovens com deficiência pelo caminho.

AINDA AS JMJ (JORNADAS MUNDIAIS DA JUVENTUDE)
TESTEMUNHO:
(Texto enviado pelo Whatsapp, ao casal Glória e Carlos, pelos jovens espanhóis da cidade de Segóvia, que acolheram).
Javier Benito, Samuel Bravo, Victor Gómez, lan Aragoneses
Este é um texto que serve para agradecer mais uma vez todo o esforço que vocês fizeram por nós os 4: Javier, Samuel, Victor e lan.
Desde o primeiro dia tudo foi fácil graças a vocês. Pela nossa parte, viemos a viver uma experiencia nova da qual nada sabíamos por dentro e ao principio não sabíamos exatamente como seria a família de acolhimento e a verdade é que não podemos estar mais orgulhosos de como tem corrido. Acho que estou falando dos 4 em que escolheríamos vocês mil vezes com host family novamente para absolutamente tudo.
A realidade é que nos têm dado muitas felicidades, sobre o que queríamos ao pequeno almoço, se estávamos confortáveis, como tínhamos dormido, se precisávamos de alguma coisa… Para além das vezes que nos acompanharam nas festas, e sempre estiveram ao nosso lado. Tudo parece tácil, mas tem um mérito incrível. Como se não bastasse, a comida estava deliciosa, mas incrível, meus mais sinceros parabéns, nunca comi arroz assim na minha vida e duvido que possa ser melhorado, e o esparguete estava muito, muito bom, tudo excepcional.
Só tenho a agradecer por tudo e o melhor de tudo é que não voltámos conhecendo apenas uma família adotiva, mas uma família de verdade, em todos os sentidos, estamos muito felizes com isso…
Há 12 anos, nas JMJ em Madrid a minha avó queria receber os jovens, mas meu avô não via isso com muita clareza.
Graças a vocês e embora não saiba se continuarão em outra JMJ em Espanha, se acontecer certamente receba crianças de outros países assim como vocês. É um gesto muito simpático e que nós os 4 levámos sempre connosco.
Um grande abraço dos 4 para a Glória e para você Carlos.
Espero que dê tudo certo e não percamos o contacto.

A experiência das JMJ
Há umas semanas atrás, fui uma das jovens privilegiadas participante nas JMJ (Jornadas Mundiais da Juventude). Foi um evento católico tão grandioso que juntou cerca de milhão de jovens vindos de todas as partes do mundo, todos reunidos por um único objetivo: celebrar a fé em Deus.
Considero ter sido uma experiência única, visto que foi no nosso país (Portugal) e porque talvez não terei a oportunidade de a repetir. Foi de facto incrível ver tanta gente em silêncio a ouvir o Papa Francisco, com tanta atenção e foco. Acho que é isso o verdadeiro fundamento das JMJ, estarmos todos juntos pela mesma causa e fortalecer as ligações com Deus, de maneira a que seja possível tirar conclusões e tornarmo-nos melhores pessoas. É indescritível o sentimento que me percorria de cima a baixo no dia da Via Sacra, enquanto o Papa discursava e todo um espetáculo bastante dinâmico decorria, só sei que nunca estive com o olhar tão fixo como naquele dia. Não queria perder absolutamente nada. Foi tanta emoção que a partir de certo momento só me lembro de chorar. Era uma sensação de leveza e tranquilidade nunca antes sentidas. Foi nesse dia que talvez me tenha apercebido que Deus é mais do que ir à igreja todos os domingos, bem mais que isso.
No último dia, o da Vigília, pelo facto de não ver sequer o palco e consequentemente o Papa Francisco, não foi tão marcante para mim, mas mesmo assim, pelas experiências que vivi nesses momentos e com as pessoas com quem tive o privilégio de os partilhar, o meu grupo da JMV (Juventude Mariana Vicentina), guardo muitas memórias marcantes. As JMJ foram muito mais do que ver apenas o Papa e rezar, sendo sincera, foi uma semana de convívio e conhecimento, tanto dos outros como de mim mesma. Não podemos esquecer que somos jovens, por isso as JMJ jamais poderia ser somente ouvir o Papa a falar e orar a Deus, por isso tivemos também momentos de bastante diversão. Apercebi-me também que o Papa teve o cuidado de ter um discurso rápido e “adaptado” aos jovens, para que conseguíssemos reter e por em prática as palavras e os apelos dele.
A nível de alojamento e transportes, considero que, dada a situação e a grande quantidade de pessoas presentes em Lisboa, foi tudo bastante tranquilo. Fiquei alojada com o meu grupo na Escola Básica da Boa Água, na Quinta do Conde, em Sesimbra, ou seja, na Margem Sul, algo que até foi bastante bom, uma vez que não havia tanta confusão. Todos os dias levantáva-mo-nos por volta das 6:00, 6:30 da manhã para ter tempo de tomar banho (este foi um dos problemas, visto que havia fila desde cedo e a água era gelada, porém, não foi nada de outro mundo), tomar o pequeno almoço fornecido pelos voluntários presentes no exterior da escola, para depois apanhar o autocarro por volta das 8:45. Depois apanhávamos o comboio na estação de Coina, e a partir daí decidíamos o destino do dia. Os dias eram sempre muito corridos, só parávamos quando, finalmente, chegávamos à escola, sempre entre a 00:00 e as 2:00 da manhã.
Para termos acesso ás duas refeições disponibilizadas por dia, tínhamos um código QR, o que tornou mais fácil e rápido todo o processo. Em relação à alimentação não tenho do que reclamar, a minha experiência até foi bastante positiva.
Para concluir, adorei vivenciar esta incrível experiência. Convivi bastante com pessoas de outros países, o que permitiu conhecer melhor outras culturas e a sua opinião sobre o nosso país, que impressionantemente eram sempre positivas.
Foi uma semana repleta de correria, adrenalina, calor e sono, mas não me arrependo de absolutamente nada, pois quando é para celebrar Deus, a vida e a fé, nada mais importa.
Raquel Correia Teixeira

Um milhão de euros para requalificar piscinas cobertas de Mangualde


Encerradas há cerca de um ano, as piscinas cobertas municipais de Mangualde, com mais de 30 anos e que se encontravam obsoletas, já estão a ser alvo de obras de requalificação no valor superior a um milhão de euros.
A empreitada, com duração de cerca de um ano, vai transformar o equipamento ao nível de conforto e de eficiência energética.
“Decidimos avançar com esta obra, uma vez que o município estava a gastar 250 mil euros por ano, só em gás, o que era insustentável”, justifica o presidente da câmara mangualdense, Marco Almeida.
A obra irá também permitir reduzir o consumo da água e dotar o equipamento de isolamento térmico, tornando-o mais sustentável.
As piscinas interiores têm cerca de 700 utilizadores. Até à conclusão das obras, a autarquia vai continuar a disponibilizar aulas de ginástica gratuitas, por forma a minimizar transtornos, nomeadamente a ausência de aulas de hidroginástica.

Autarquia apela a munícipes que encaminhem resíduos volumosos para locais próprios

 
A Câmara municipal de Mangualde, apesar de já ter promovido diversas campanhas de sensibilização, tem sido obrigada a recolher, de forma recorrente, resíduos volumosos, depositados no concelho, em locais indevidos, o que tem originado algumas denúncias por parte de cidadãos junto dos serviços.
A autarquia lembra que os designados monstros, tais como frigoríficos, máquinas de lavar, louças sanitárias, colchões ou qualquer objeto volumoso, pode ser recolhido à porta de casa de cada um, de forma gratuita, bastando ligar para o número (sem custo) 800 209 316.  O serviço assegurado pela Associação do Planalto Beirão garante a recolha num prazo máximo de cinco dias.
No concelho existe outra opção, que passa por entregar os equipamentos elétricos ou eletrónicos no ponto de eletrão, existente no quartel dos Bombeiros Voluntários de Mangualde.
O município apela ao civismo de todos e lembra que depositar resíduos volumosos em locais impróprios está sujeito a multas que variam entre os 150 euros e os 1500 euros.

FESTAS DE NOSSA SENHORA DO CASTELO


As Festas da Nossa Senhora do Castelo têm abertura oficial marcada para dia 7, às 19:30, meia hora antes da tradicional procissão das velas subir os 365 degraus (tantos como os dias do ano) em direção ao santuário.
Nessa noite, a música fica a cargo do Grupo Coral de Abraveses (21:30) e da Banda A4.
No feriado municipal, que se assinala a 8, a procissão Nossa Senhora do Castelo sai às 10:00 da igreja da Misericórdia, em direção ao santuário, seguida de missa campal.
Depois das 14:30, a música vai ecoar no santuário durante cerca de dez horas seguidas, com a Tuna de Povolide, Rodrigo & Raquel, Malamados e Sete Saias. A última atuação está agendada para as 22:30 com o Grupo Bora lá.
A manhã de dia 9, a partir das 10:00, está reservada para atividades com os Escuteiros e Jovens de Mangualde e, a partir das 14:30, música com os Cavaquinhos de Silgueiros, Zaatam, Amigos da Adega, Ad Libitum e a Banda Índice.
As festas da Nossa Senhora do Castelo encerram a 10 de setembro com a celebração da missa (12H00) e a atuação dos ranchos folclóricos Os Rouxinóis do Dão de Fagilde, Os Azuraras de Quintela e Os Camponeses de Mesquitela. Antes do encerramento das festividades, atua a Orquestra Juvenil Mais Música.
Do cartaz fazem ainda parte exposições e visitas guiadas ao património da Santa Casa da Misericórdia, que organiza os festejos com a câmara municipal, retomando a parceria de outros tempos.
Saliente-se ainda, que, antes das festas Nossa Senhora do Castelo, a 2 de setembro, a Igreja da Misericórdia recebe às 21:30 a Serenata Trinviriato.

ACAB – ASSOCIAÇÃO EM MOVIMENTO

Depois de terminado o período de férias, e quando são já passados 4 meses após a tomada de posse a nova direção, falámos com o Dr. João Carlos Alves, Presidente da ACAB - Associação Cultural Azurara da Beira, para sabermos um pouco mais da vida desta coletividade, bem como, conhecermos o seu plano de atividades, por forma a que Mangualde e os mangualdenses possam participar ativamente nos vários eventos que a Associação vai levar a cabo.

Dr. João Carlos, em abril passado assumiu a Direção da ACAB. Que Associação encontrou?
Encontrei uma Instituição, que apesar do período temporal conturbado que constituiu a epidemia de Covid19, estava um pouco adormecida, e necessita de ser revitalizada e recuperar todo o prestígio e os nobres princípios, que estiveram na base da sua criação, há mais de quatro dezenas de anos, pelos seus sócios fundadores. Infelizmente alguns já desaparecidos, e que muito se preocuparam, bem como, os que ainda estão presentes e se preocupam pela cultura mangualdense no geral, além dos restantes membros dos atuais Órgãos Sociais, alguns sócios e membros da sociedade civil.
A nova Direção da ACAB, que eu propus, é um misto de elementos mais experientes e conhecedores da sua realidade passada e de outros mais jovens, mas com elevado potencial, e vontade de trabalhar e ajudar. Penso que será uma simbiose perfeita entre experiência e dinamismo, e a melhor fórmula de afirmação futura. Sem trabalho nada se consegue, e nas Associações sem fins lucrativos, só com as pessoas verdadeiramente imbuídas de espírito de servir, se consegue alguma coisa.

A revitalização da Associação Mangualde Azurara passa por que meios?
Passa essencialmente em primeiro lugar, pela obrigatoriedade de haver um Plano de Organização, sólido, exequível e em que todos se revejam, que ajude a dinamizar uma Associação, e as diversas áreas que fazem parte do seu ADN, e que ao longo da sua existência, muito tem feito e se espera continue a fazer, pela defesa da cultura local e regional, e pela salvaguarda e conservação do rico Património Concelhio.
Numa reunião realizada com o efeito de auscultar, o estado da Associação e delinear as estratégias de desenvolvimento futuro, em que todos os membros da nova Direção estiveram presentes, demonstrando forte empenho e espírito associativo e de partilha, referiu-se a necessidade de desenvolver a seção de cicloturismo, atraindo antigos e novos colaboradores. Após reunião restrita com a minha presença, ficaram responsáveis para o efeito o Snr. Eng. Correia e o Dr, Amaral Pinto, indo ser convidados mais elementos, nomeadamente, os responsáveis do Grupo de Pasteleiras.
Uma outra área que faz parte da matriz da Associação, desde a sua origem, em 1982, é o Grupo de Cantares, igualmente a necessitar de conseguir atrair mais elementos, tanto músicos, como vozes, pois os elementos mais antigos, têm vindo a diminuir, e é fundamental a entrada de mais gente de diversos níveis etários, que se reveja e aprenda a respeitar uma das Instituições mais idóneas do Concelho. Para o efeito, já contatei diversos especialistas da área da música, para colaborarem e emprestarem o seu conhecimento, estando a aguardar a sua resposta.
Um outro aspeto, é a continuação/inventariação do tratamento do espólio arqueológico e histórico, recolhido e outro futuro com vista ao estudo e preservação e à sua exposição condigna, a quem o queira ver. Pouco conhecido e divulgado, é a necessidade de efetuar novos estudos antropológicos de restos humanos, já realizado em tempos passados, relativos à necrópole medieval da Matriz de S. Julião…
Gostaria de também dar continuidade, a um conjunto de Conferências/Palestras, que abordem estas temáticas, e outras como já faço há dezenas de anos, e ainda aquelas que me possam sugerir, para as quais estou totalmente ao dispor, sejam sócios ou simplesmente amantes da sua terra.

Como atrair/chamar mais pessoas à coletividade?
Em primeiro lugar explicitar e dar a conhecer/divulgar nos Órgãos de Comunicação locais, intenções e objetivos atuais e futuros da Associação, Plano de Organização e de Atividades, e afirmar, sem qualquer reserva, que a Instituição tem a porta aberta a todos, sem exceção, que queiram um Mangualde mais desenvolvido e solidário nas suas diversas vertentes, e que somos poucos para fazer melhor. Tragam sugestões, opiniões e pareceres, ao fim e ao cabo, colaborem e participem.
Fiquei muito satisfeito, e sensibilizado, desde que fui eleito, com vários mangualdenses e personalidades de sensibilidades distintas, que se me dirigiram, demonstrando vontade em colaborar de imediato. Sinónimo que a Associação faz falta, bem como os princípios, que preconiza.

Pode deixar-nos um resumo do plano de atividades da Associação, nas suas várias valências?
Como se pode verificar e tem sido prática habitual, ao longo de dezenas de anos, a maior parte das inúmeras atividades que realizei e realizo, têm sido em parceria entre o AEM, a ACAB, a CMM, e a USM, contando com elevada participação de Alunos/Enc. De Educação/Docentes, Personalidades Convidadas e público em geral, no sentido de um Concelho mais digno, unido e solidário, sempre com elevada carga de Cidadania.
Encontro-me apenas, a ultimar/confirmar presenças e temáticas de desenvolvimento.
Visitas ao Património
Concelhias:

  • 14 de outubro - Igreja Matriz; - 11 de novembro - Anta da Cunha Baixa e Estação Arqueológica da Raposeira; - 20 de janeiro - Solar de Almeidinha; - 09 de março - Torre de Gandufe/Real Mosteiro de Fornos de Maceira Dão; - 16 de março - Solar de Tibaldinho. (AEM, alunos do 2º/3º e Secundário/Enc. De Educação/ACAB/USM/CMM e Convidados)
    Agrupamento de Escolas de Mangualde:
    Erasmus - 20 de outubro – Conhecer o Património de Mangualde;
    Viagens de Estudo: - 21 de março – Aljubarrota/Alcobaça todo o 5º ano;  - 13 de junho – Belmonte - Todo o 6º ano.
    Fora do Concelho: - 22 de junho – Mosteiro de Lorvão/Museu – Mosteiros de Cós e Alcobaça (Universidade Sénior, ACAB, Enc. de Educação/alunos/Convidados das visitas ao património ao sábado). Transporte gratuito, gentilmente cedido pela CMM.
    Parcerias: (Universidade Sénior/ACAB/CMM) - 08 de março - Dia da Mulher, Conferência com a Professora Doutora Beatriz Moscoso Marques … da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.
  • 25 de abril - 21h, Biblioteca Municipal de Mangualde
    Inauguração da exposição “Ventos de Mudança”, com a colaboração do Centro de Documentação 25 de abril da Universidade de Coimbra e da AJA (Associação José Afonso de Setúbal).
    Pintura (Pintor Aires dos Santos – Vereador da CMN), doçaria conventual (Vouzelpastéis), licores de Vouzela (Sabores da Chousa Velha);
    21h30m, filme/sinopse Recordar é viver “Antecedentes do 25 de Abril”; 22h00m – Palestra Zeca Afonso cantor da Revolução, pelo Diretor da Universidade Sénior de Mangualde e Presidente da ACAB, Dr. João Carlos Alves; 22h30m, Conferência “ Essa palavra Liberdade … Do Estado Novo ao 25 de Abril em dois casos exemplares”, pelo Professor Doutor Luís Reis Torgal da FLUC; 23h00m - Homenagem ao Professor Doutor Luís Reis Torgal; 23h15m, momento musical, “Canções de Abril”, alunos do AEM;
  • 24 de maio – 21h, Biblioteca Municipal de Mangualde
    Inauguração da exposição “Nas asas do vento”, espólio da BMM.
    Pintura (Pintor Aires dos Santos – Vereador da CMN), doçaria conventual (Pastelaria Cristal 98 da Guarda), licores conventuais (Guarda21);
    21h30m, filme … 22h00m, Conferência “A Poesia no âmbito da produção cultural”, pelo Professor Doutor
    Amadeu Carvalho Homem da FLUC; 23h15m, momento musical …
    Parceria com a Junta de Freguesia de Quintela:
  • 25 de maio – Passeio aos moinhos do Coval; Mangualde continua a não ter um museu apesar do muito espólio existente no/do concelho. Qual a opinião do Dr. João Carlos, particularmente como Presidente da Direção da ACAB, nesta matéria?
    Relativamente à sua questão, uma ideia que sempre defendi, é que Mangualde devia ter um Museu, que HONRE e dignifique o Concelho e a região.
    Este bichinho já vem desde que, há quase 40 anos, fui Chefe da Brigada de Inventariação do Museu de Grão Vasco em Viseu, e compreendi e aprimorei a importância de ter um espaço que independentemente do nome que lhe venham a atribuir, contribua para a salvaguarda, estudo e divulgação do espólio existente. Que junte o material disperso, e contribua para retorno de outro, à guarda de diversas instituições, cuja proveniência seja concelhia, e que permita também, a oferta e fruição de diversas coleções, que os particulares sabem ser mais importantes estarem num museu, para a sua manutenção e conhecimento, do que em casa, e que muitos tinham vontade de doar e ceder, e só não o fizeram por falta de instalações.
    Um museu vivo, que represente um Concelho ou Região, tem de saber constituir-se como uma porta de entrada e de saída, para a divulgação, estudo e investigação do Património exposto e em arquivo, mas também, do que se encontra nos diversos locais do território.
    Um Museu moderno, trabalha com o Turismo e ajuda a potenciar, o que de mais notável, tem a região, independentemente da área que for, é uma fonte de desenvolvimento, e de riqueza, atrai gente e incrementa atividades, como o artesanato, a gastronomia, o enoturismo e não só.
    Mas também não é só um Museu que faz falta, é preciso paralelamente muita sensibilidade para continuar a lutar pela defesa, preservação e restauro, dos nossos mais emblemáticos monumentos, como é o caso, da Estação Arqueológica da Raposeira, da Igreja Matriz, do Real Mosteiro de Fornos de Maceira Dão, da Orca dos Padrões, da Casa dos Condes de Mangualde, conhecida como Estalagem Casa de Azurara, ao lado dos Paços do Concelho, só para citar alguns…
    Podem continuar a contar sempre comigo, como um dos mais acérrimos defensores do notável Património Concelhio, das suas atividades artesanais, da sua etnografia e tradições, que se materializa no espírito indomável e laborioso das gentes das ancestrais Terras de Azurara.
    Deixo aqui um desafio aos atuais Representantes Autárquicos, na pessoa do Senhor Presidente da Câmara Municipal de Mangualde, Dr. Marco Almeida, fiquem para sempre ligados à História de mais de 900 anos da atribuição do Foral ao Concelho de Mangualde. Inaugurem um Museu e continuem a lutar intransigentemente, pela defesa e manutenção do Património desta nobre terra hospitaleira, e o povo na sua imensa sabedoria, ficar-vos-á eternamente agradecido.

Alguma outra informação/consideração que não tenha sido frisada e queira deixar aos nossos leitores.
Gostaria de fazer referência às atividades realizadas, desde que assumi o cargo, nomeadamente o convite para participar num Sarau, no âmbito do Projeto “Nós Propomos”, realizado na BMM, no dia 26 de abril, pelas 21h00m, promovido por um grupo de alunas do 12º ano E, do AEM., orientadas pela Docente de Geografia Dra, Elisa Coelho, para proferir uma palestra de abertura de sensibilização, á temática, intitulada “O contributo da Cultura Popular, para a Sociedade Atual”, e também à participação do Grupo de Cantares da ACAB, assim como, a Universidade Sénior de Mangualde e o Rancho folclórico “Os rouxinóis de Fagilde”.
No dia 09 de julho, a realização de um passeio concelhio, de pasteleiras, organizado pela seção de Cicloturismo, que contou com grande número de participantes de várias localidades e clubes do país, seguido de almoço de confraternização nas instalações do antigo Colégio de S, José e Santa Maria e de animação.
E finalmente o honroso convite, recebido da parte do Comandante do R,I14, Coronel José Moreira, para uma atuação do nosso Grupo de Cantares no dia 15 de julho, no quartel, integrado no “Dia dos Viriatos”, que declinámos, em virtude de grande parte dos elementos, se encontrarem de férias. Apesar deste impedimento, envidei todos os esforços, para que o Concelho de Mangualde se fizesse representar, em tão ilustre efeméride, o que aconteceu com o convite, que enderecei e foi aceite pela Marcha de Santiago, atuação, que constituiu momento de grande agrado, com o grande aplauso tributado por parte das centenas de assistentes.

REFLORESTA CRIA PROJETO DE APICULTURA


A Coopertiva Refloresta CRL, criou recentemente um projecto de Apicultura, na Beira Alta, tendo em vista a sua candidatura ao Plano Apícola Nacional Aprovada.
Esta Cooperativa foi criada após os incêndios de 2017 que fustigaram a floresta e os espaços rurais. Composta por elementos ligados aos diferentes sectores que têm por base a ligação à terra e ao meio rural e quer dar uma visão integrada do território como um meio de subsistência e equilíbrio.
A obtenção e a diversificação do rendimento através das actividades rurais são o objecto principal da nossa Cooperativa, empoderando os nossos cooperantes como verdadeiros “Cuidadores do Território”.
A Apicultura, como atividade económica, é fundamental para o equilíbrio e a sustentabilidade dos espaços rurais, florestais e agrícolas que, em tudo, dependem da polinização.
Tendo por base a polinização e o trabalho das abelhas como forma de criar ligações e fazer florescer, a Refloresta também quer fazer florescer uma nova forma de ver a Floresta, a Agricultura e os espaços rurais, como um puzzle, dependentes da suas interligações.
Este é um projecto que se inicia com mais 300 sócios apicultores que no Centro e no Norte se juntam a uma Cooperativa com mais de 100 sócios.