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CONSULTÓRIO

DISBIOSE INTESTINAL – O QUE É? – PARTE I
A disbiose intestinal é um desequilíbrio da microbiota intestinal, o que pode causar inflamação e levar à diminuição da capacidade do intestino em absorver os nutrientes, podendo resultar em deficiências nutricionais.
Tal como a impressão digital, o conjunto de micróbios que habitam no nosso intestino - a que se dá o nome de microbiota intestinal - é único em cada um de nós e desempenha funções tão importantes no organismo que há até especialistas que o consideram um “órgão”. E consiste numa grande variedade de bactérias, vírus, fungos e outros microrganismos unicelulares que habitam no nosso organismo. O intestino é considerado um dos habitats de micróbios mais populosos do mundo. O microbioma, por outro lado, é o nome dado a todos os genes que vivem dentro destes microrganismos.
Causas da Disbiose - a principal causa da disbiose é a alimentação rica em proteína, gordura ou baixa em fibras, mas pode também ser consequência do uso de alguns medicamentos ou stress.
Em alguns casos, a alteração da flora intestinal pode causar sintomas passageiros como náuseas, gases, vómitos, azia, diarreia ou prisão de ventre e, quando ocorre por muito tempo e não é tratada, pode piorar e aumentar o risco da pessoa desenvolver intolerância à lactose, doença celíaca ou síndrome do intestino irritável.
Na maioria dos casos a disbiose é passageira e a melhoria dos sintomas pode ser alcançada através de mudanças do estilo de vida, com uma dieta equilibrada ou com o uso de suplementos probióticos, de acordo com a orientação do gastroenterologista ou nutricionista.
Os principais sintomas da disbiose intestinal são:
Náuseas;
Vómitos;
Gases;
Arrotos;
Distensão abdominal;
Períodos alternados entre diarreia e prisão de ventre;
Fezes malformadas;
Cansaço;
Dor de cabeça;
Candidíase de repetição.
Quando a disbiose se prolonga no tempo, pode haver maior risco de a pessoa desenvolver doenças mais graves como intolerância à lactose, doença celíaca, síndrome do intestino irritável, doenças do coração, Alzheimer, cancro no recto, ou doenças do sistema imunológico como artrite, lúpus ou diabetes tipo 2.
Em caso de suspeita de disbiose, é importante marcar uma consulta com um gastroenterologista para que seja feita uma avaliação dos sintomas, do histórico de saúde e, se necessário, exames para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento mais adequado. 
Diagnóstico - Para se chegar ao diagnó́stico da disbiose, o médico deve realizar uma avaliação dos sinais e sintomas, história clínica e exame físico. E para o confirmar, o médico tem de recorrer a exames mais específicos.
(Fim da parte I)

lendas, historietas e vivências

Tão longe no Tempo tão perto na Memória

À volta da Estação as aventuras diárias só eram interrompidas pelos horários escolares. Aqui não havia desculpas de que o leite da quinta da calçada tinha demorado a chegar a casa para o pequeno - almoço…E porque é de memórias que tenho ocupado o meu tempo de escrita, a meninice foi um tal acumular de acontecimentos que agora seria não mais acabar…
Enquanto pela Europa a vida era um pânico em crescendo na destruição de vidas, bens e História. Por cá havia algum sossego só interrompido pelo que se ouvia na telefonia do Pai, única por aqui, alimentada a bateria de automóvel, já que, a esse tempo, ainda não havia luz eléctrica. À noite era uma escuridão. Valiam os candeeiros e lanternas a petróleo, os gasómetros a carboneto, as candeias e lamparinas a azeite. Uma iluminação que se tornava demasiado cara para quem precisava de umas gotas de azeite para comer as batatas e untar o pão. Ai meninos, meninas e cidadãos no seu todo, que o mundo não venha a dar uma volta completa ao contrário…porque voltas em meridianos tem havido muitas pela ganância e loucura de uns tantos que se julgam o poder e a sabedoria universais. Foi por estas que nas décadas de 30 e 40 tantos países ficaram arrasados e tantas vidas se perderam…Cá pelo País a força das bombas não se fez sentir nem a maioria da população fazia ideia da destruição que elas trariam. E embora a ditadura não permitisse à vontades, ao tempo, valeu à população os acordos que o governo fez com outros da Europa e nos permitiram não sentir os efeitos das bombas e descargas de canhões. Não houve o correr de sangue, em contrapartida, embora sendo um País pobre, tivemos de disponibilizar muitos bens alimentares e não só -cereais, leguminosas, azeite, açúcar. minerais, resina, madeiras e muitos outros. Nas imediações das Estações onde parassem comboios havia um acumular de rolos de madeira, bens alguns encaixotados, outros em barricas, que eram carregados em vagões a caminho de determinados países (aliados) da Europa. Era este o preço da nossa Paz e também o meio de transporte mais prático e de certo modo apagado das vistas de possíveis espias aéreos. Tudo tinha de ser acautelado. E era esta a razão porque da nossa janela, já muito de noite, íamos ver o longo comboio a deitar fumo (máquinas a lenha e carvão) num esforço tremendo e que não parava porque atras ia a outra máquina a empurra-lo. Assim seguia para a fronteira de Vilar Formoso. Foram muitos os comboios que nos acordaram até à Paz, em 1945. Não apitavam, logicamente, mas o barulho das máquinas a vapor (chf… chf… chf…) era suficiente.

Ouvidos de tísico? Mais ouvidos de mercador…


É cada vez mais notório a surdez coletiva perante a poluição sonora constante. Já nem reparamos o aumento de volume da colocação de voz ao dirigirmos a terceiros; ao ruído das cidades que assola o tímpano desencadeando o infeliz zumbido. Toda esta exposição sonora acarreta uma adaptação da sensibilidade auditiva, traduzindo-se numa redução da função auditiva (hipoacusia).
Nostalgicamente, recordo os relatos de futebol ouvidos pela rádio; as cantigas cantadas nas colheitas; a moça que cantava enquanto trabalhava num corredor que potenciava a sua voz… De fato, tudo isto era apreciado devido à escassez de ter um aparelho que nos fornecia sons. Hoje a rádio é tão negligenciada, mas foi companhia diária para afastar a solidão. Quando a tuberculose era uma doença difícil de controlar, quem padecia era obrigado a isolar para prevenir o contágio até contornar a maleita. E esse processo aprimorava os ouvidos devido ao silêncio persistente de estar em isolamento. Também denominar uma pessoa de “tísica”, é uma forma pejorativa de julgar a sua compleição física, extremamente magra. Tal fato era devido à dificuldade que existia em deglutir com a tremenda falta de ar, que demovia o paciente em ter um apetite saudável para combater a doença.
Já ouvidos de mercador, são típicos dos dias atuais! “Eles falam, falam, mas não dizem nada de jeito!” é uma forma simplista de aludir ao enfado da frustração e da desilusão dos assuntos diários. No entanto isto sujeita a perda de informação viável dentro da inutilidade das novidades cor-de-rosa. A confiança é um valor quase colocado em vias de extinção, e escutar é um conceito pouco edificado dentro do meio familiar e escolar. Copiar, imitar, reproduzir é estimulado para evitar a perda do status quo. Porque… Deus, nos livre do pensamento crítico! O que outrora era exorcizado com benzeduras e cruxifixos, hoje é demovido com estudos científicos financiados pela indústria farmacêutica. Até a própria ciência surgiu do pensamento livre, e escarnecia o agrilhoamento das ideias, que promovem a dormência do conhecimento!
Assim, para evitar os problemas auditivos, proteja-os do frio característico do Inverno que tantas otites desenvolve e não utilize os cotonetes para a limpeza do canal auditivo externo. Por vezes desvalorizamos os sintomas dos ouvidos, mas as complicações podem ser severas. Informe-se com um farmacêutico ou profissional de saúde e solucione quais as palavras que ainda deseja ouvir para melhor escutar!

SANFONINAS

Aqui era o quarto!
Sempre me deliciou a frase “Aqui era o quarto”.
Fazia uma pausa e olhava derredor, a ver as reações dos estudantes. Explicava-lhes depois que não havia dúvidas: o resto do mosaico, de teor geométrico, qual esteira, junto ao que restava da parede indicava, sem sombra para dúvidas, que ali houvera um leito, ali haviam repousado, há dois mil anos, seres como nós, após a labuta quotidiana.
O silêncio que pairava sobre a cidade de Conimbriga, nessa tarde serena da visita de estudo em semana da Queima, ajudava a imaginação a espraiar-se em mentes juvenis e sonhadoras… Um dia, também terão um quarto, onde almejam dormir ternamente acompanhados…
“Aqui era o quarto”. Agora, mais de quatro décadas passadas sobre essas inesquecíveis visitas de estudo, não é que a frase se veste de mui outras roupagens?
Muito ano a lutar pelo património edificado, mormente o que é de características locais, “aqui era o quarto” transporta-me sempre para aquela casinha antiga, sobre a suavidade da colina, do lado norte da A6 antes de cortarmos para Montemor. Sinto-lhe o choro, pelo abandono a que a votaram, sempre que por lá passo. Vi, há, dias, que já caíra parte do telhado. Imagino que, algum dia, o proprietário ou um descendente dele ali venha e aponte: “Sabes, aqui era o quarto!”.
Mas, nesse percurso Alentejo fora – e não só – muitas paredes decrépitas gostariam de ouvir a frase, sinal de que alguém poderia estar de novo a interessar-se por elas. O véu da tristeza as envolve.
“Aqui era o quarto” estamos agora a ouvir quase diariamente. O míssil caiu em cheio e tudo ficou irreconhecível. O senhor de idade, único que ousara ficar, a voz embargada, as lágrimas há muito que secaram.
Sob aquela aba de prédio urbano, a frase mudou de tempo: “Agora, amigo, o meu quarto é aqui!”. No montinho de jornais, o canito levantou a cabeça a mostrar olhar ternurento e sereno; bem encostada à parede, a trouxa envolvida em manta velha. “É verdade, amigo, durmo aqui há seis meses. O meu quarto, agora, é aqui”.
E assim fico, de olhos nos longes do território e da História. E a frase, com todos esses instantes parados no tempo, insiste em permanecer comigo, bem viva.

Israel e o Hamas

7 de Outubro de 2023

Já não chegava o que se passava na Ucrânia e um novo conflito armado rebenta entre o estado de Israel e o Hamas. As feridas abertas nesta região nunca estiveram devidamente saradas (nem se previam que viessem a estar tão cedo) mas o que se passou foi uma operação sem precedentes em que o Hamas conseguiu romper todas as barreiras e entrar no fortificadíssimo território de Israel numa operação militar de larga.
Os civis foram o primeiro e principal alvo do ódio. Outros, foram raptados e levados para Gaza, onde o que os espera será certamente a tortura e a morte. Israel foi apanhado desprevenido, o que pode ser explicável pelo facto do país estar envolvido numa forte crise interna devido à política de extrema-direita do governo Netanyahu. Hoje, é o próprio Estado de Israel que está em causa.
Este conflito não tem inocentes, nem de um lado nem de outro, mas a história da criação destes dois estados (Israel e a Palestina) prova-nos que esta zona do planeta dificilmente viverá em paz.
Mas quais são os maiores pontos de tensão entre estes dois estados? O conflito israelo-palestiniano teve início com a criação do Estado hebraico, em 1948, embora as tensões na região remontem ao século XIX, e é dos mais longos dos séculos XX e XXI. A 29 de novembro de 1947, as Nações Unidas aprovam o Plano de Partilha da Palestina (Resolução 181), que prevê um Estado judeu e um Estado árabe e a administração internacional de Jerusalém, cidade sagrada para ambas as partes. O Estado de Israel é proclamado a 14 de maio de 1948, contudo os Estados árabes não o reconhecem e a partir daí os conflitos armados nunca mais terminaram. Para ambas as partes, há questões mais ou menos negociáveis, mas outras são de muito difícil resolução. Jerusalém é o maior problema.
Para Esther Mucznik, reconhecida escritora de ascendência judaica, “a moratória do Holocausto acabou, ou seja, o tempo em que as vozes anti-semitas não ousavam verbalizar aquilo em que nunca deixaram de acreditar. Esse tempo acabou.” Para o politólogo francês Gilles Kepel o ataque terrorista do Hamas contra Israel foi “o 11 de Setembro israelita.”
Uma coisa tenho a certeza, em qualquer país, isto seria uma tragédia mas em Israel é uma tragédia existencial. Uma ferida que põe em causa os seus fundamentos enquanto nação, atingindo a essência mais profunda do Estado israelita. Quase todos os países são acasos políticos ou geográficos. Israel, não. Foi criada com um propósito: garantir a segurança do povo judeu. É uma pátria artificial, inventada por decreto e sustentada nas cinzas do Holocausto, para que cada judeu pudesse ter um Estado, e, ao ter um Estado, não voltasse a ser conduzido como um cordeiro para o matadouro.

Compostores entregues à população de Mangualde


O município de Mangualde entregou compostores às primeiras 25 pessoas que responderam a um inquérito, disponibilizado no site do município.
Os equipamentos servem para separar e reutilizar os resíduos verdes e alguns restos alimentares em composto orgânico para serem usados como fertilizante nas próprias hortas, jardins e flores.
Este projeto piloto de valorização de bioresíduos tem como objetivo sensibilizar a população a reduzir o depósito de resíduos em aterro. “É também um incentivo à economia circular e sustentabilidade ambiental”, explica o vice-presidente da Câmara de Mangualde, João Cruz.
Numa primeira fase, a iniciativa foi lançada para testar a disponibilidade dos cidadãos em relação à reciclagem deste tipo de lixo.
“Os resultados deste projeto piloto superaram as expetativas com uma adesão muito significativa da população ao projeto, o que significa que há uma preocupação da nossa comunidade e interesse em contribuir para um ambiente mais sustentável”, afirmou o autarca.
Face aos resultados, o município espera repetir iniciativas deste género. “Estamos a trabalhar para que, em breve, possamos disponibilizar mais compositores, numa aposta clara de políticas que vão ao encontro dos objetivos do PERSU2030 nomeadamente na seleção e recolha de bioresíduos”, acrescenta.
A iniciativa, com um custo de 38 mil euros, foi totalmente financiada pelo Fundo Ambiental, no âmbito da linha de apoio “RecolhaBio”- Apoio à implementação de projetos de recolha seletiva de bio resíduos, gerida pela Comunidade Intermunicipal Dão Lafões.

Academia@STEM de Mangualde desperta interesse de Suecos


Oito elementos, incluindo diretores de escolas da Suécia, deslocaram-se a Mangualde para conhecer de perto as práticas da Academia@STEM, um programa com um modelo de ensino inovador, implementado pelo Agrupamento de Escolas de Mangualde, em colaboração com o Município.
“Pediram-nos para conhecer a nossa Academia@STEM, o que é revelador da importância que este projeto tem na comunidade educativa em geral. Desperta o interesse de europeus, é um exemplo para o mundo”, afirma o vereador da Educação na Câmara de Mangualde, Rui Costa.
Este programa de grande sucesso, o primeiro do país a receber o selo “STEM School Label Expert”, usa metodologias ativas, ou seja, os alunos fazem as aprendizagens a partir de atividades práticas, colocando as “mãos na massa”, de forma interdisciplinar e colaborativa, com recurso a tecnologia. Este modelo de ensino tem como parceiros outras instituições de ensino, tal como a Universidade Católica Portuguesa e empresas locais.  
Para se inteirarem do projeto, os membros da comunidade educativa estrangeira vestiram a pele de alunos e realizaram, nomeadamente no palácio dos Condes, diversas atividades, relacionadas com Ciências, Matemática e Físico-Química.
No final, os profissionais de educação afirmaram que pretendem importar o modelo de ensino para os estabelecimentos de ensino do próprio país.  Consideraram o modelo “inspirador” e mostraram-se surpreendidos com a disponibilidade e envolvimento do Município e das empresas locais.  
No último ano, dirigentes educativos espanhóis, italianos e croatas deslocaram-se a Mangualde para conhecer este programa inovador.  

1º PASSEIO DE MOTOCICLOS E MOTORIZADAS DE ALMEIDINHA


Numa organização da Comissão de Festas de Almeidinha, teve lugar no passado domingo, dia 8 de outubro, o 1º passeio de Motociclos e motorizadas.
A concentração teve lugar pelas 8h30 no polidesportivo de Almeidinha e a partida aconteceu às 9h.
Foram muitos os aficionados destas viaturas que se juntaram e deram cor, alegria e algum ruído aos locais por onde passaram.
Depois do bonito passeio, teve lugar um lauto almoço onde reinou o convivio e a boa disposição.

GOC-K9 INAUGUROU ESPAÇO NA CIDADE DE MANGUALDE


Depois da visibilidade que ganhou com a sua missão altruísta no inicio deste ano, quando se deslocou à Turquia, onde colaborou nas operações de busca, após o violento sismo que afetou aquele país, o GOC-K9, em atividade já desde 2018, entendeu que pretendia ir mais além e, no inicio, a constituição duma Associação ainda passou pelos seus planos, porém, face a algumas dificuldades encontradas, Samuel Ferreira, optou por, a titulo individual abrir a sua loja na cidade de Mangualde.
Como nos refere o proprietário, no recém inaugurado espaço, é possivel encontrar vários serviços, direcionados ao tratamento e cuidado dos animais, particularmente, treinos de obediência, socialização, visitas ao domicilio para alimentação, mudança de água, passeios, idas ao veterinário, administração de medicação, escovagem de pelo ou limpeza de ouvidos e olhos. O transporte de animais de companhia, as demonstrações de interação canina e os cursos de ensino básico de obediência, iniciação busca e salvamento, inicial Bom cão/Bom dono e primeiros socorros a animais de companhia e ainda, a disponiblização de alimentação e produtos, fazem também parte da oferta que a nova loja dispõe.
Além de todos estes serviços disponiveis em loja, Samuel Ferreira mantém, a título voluntário, a sua disponibilização para a Busca e Salvamento, sempre que seja necessário, aliás, é este o fundamento principal da existência do GOC-K9.
A loja conta também com a ajuda da Liliana e funcionará dentro dos horários que irão sendo disponibilizados através das redes sociais, contudo, Samuel Ferreira espera poder vir a dedicar-se exclusivamente a esta área.

FESTIVAL DO BORREGO


A União de Freguesias de Santiago de Cassurrães e Póvoa de Cervães, em parceria com o município de Mangualde, realizou no passado sábado, dia 7 de outubro, a primeira edição do Festival do Borrego. Nesta freguesia onde existem quatro rebanhos de raça bordaleira, com cerca de 400 ovelhas, a produção de queijo e requeijão já foi muito elevada.
“Pretendemos fazer do borrego uma marca, incentivar futuros pastores e aumentar o número de rebanhos para não deixar morrer esta atividade pastorícia”, justificou o presidente da junta, Rui Valério.
Esta é a primeira edição de um Festival que a União de Freguesias de Santiago e Póvoa de Cervães, pretende levar a efeito todos os anos nesta época.
O evento teve início pelas 19H00 no Largo da Fonte, onde cerca de 300 pessoas puderam degustar o “rei” do festival, o borrego, comprar produtos regionais e apreciar a música do conhecido artista Nel Monteiro.
Refira-se ainda, que nesta freguesia, também para promover o borrego, já existe uma comissão de pastores que, no mês de agosto, organiza uma romaria à volta da capela, onde se juntam cerca de 400 ovelhas.
Marco Almeida, presidente da Câmara de Mangualde considera “fundamental” apoiar todas as iniciativas que contribuam para valorizar o setor primário na região. “Trata-se de uma das nossas prioridades com vista ao desenvolvimento do nosso território”, sublinha.
Sabe-se para já, de acordo com informação divulgada, que a 2ª edição terá lugar no dia 5 de outubro de 2024.

Ao nosso jornal, Rui Valério, Presidente da União de Freguesias de Santiago de Cassurrães e Póvoa de Cervães deixou os seguintes esclarecimentos

Sr. Presidente, como surge e em que consiste este Festival?
Este Festival surge com a motivação de se fazer do borrego uma marca, de se incentivar futuros pastores e de aumentar o número de rebanhos, para não se deixar morrer a atividade da pastorícia, outrora tão predominante na nossa Freguesia. No futuro, o evento irá decorrer uma vez por ano, sempre no primeiro fim de semana de outubro que é a época alta de nascimento de borregos.
Esta primeira edição teve inicio às 19h00, limitado a 250 participantes. Cada um pôde adquirir, por 15 euros, um kit composto por um prato e uma caneca para degustar três pratos, a saber: borrego assado, estufado e arroz de borrego no forno, terminando a degustação com requeijão com doce de abóbora.

A adesão mostrou-se dentro do que era esperado?
A adesão foi muito além das expectativas, tendo as inscrições sido encerradas antes da data limite por já não termos lugares disponíveis.

É possível uma revitalização da pastorícia e o aumento do número de rebanhos no futuro, ou é uma atividade que tem tendência a acabar?
Acreditamos que na nossa Freguesia é possível revitalizar a atividade da pastorícia e a prova disso é vermos alguns jovens a dar continuidade a essa atividade dos seus progenitores.

De que forma a Freguesia de Santiago e Póvoa incentiva os seus pastores?
A dinamização deste Festival é um dos exemplos desse incentivo.

Alguma outra consideração que pretenda deixar
Um agradecimento a todos os envolvidos, em especial ao Municipio de Mangualde, à Casa do Povo de Santiago de Cassurrães , à Comissão dos Pastores e ao Chefe João Soares.