Arquivo mensal: Março 2016

ADEGA COOPERATIVA DE MANGUALDE ASSINALA DIA DA ÁRVORE

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Numa iniciativa conjunta da Adega Cooperativa de Mangualde com o Município de Mangualde, COAPE e Agrupamento de Escolas, na tarde de ontem, dia 17, foi assinalado o Dia da Árvore.

Porque a Adega Cooperativa é uma empresa que além de se dedicar à sua área, o vinho, se preocupa também com o meio ambiente, procedeu à plantação de 25 árvores nos terrenos circundantes do edifico da Adega.

Assim, como o Dia da Árvore está próximo (comemora-se a 21 de março), e também, por forma a promover o interesse e desenvolver novos conhecimentos às crianças, foi contatado o Agrupamento de Escolas de Mangualde, no sentido de poderem ser os alunos a fazer a plantação. Prontamente aceite o pedido, estiveram presentes nesta ação os alunos do 1º B do Centro Escolar Ana de Castro Osório, acompanhados da professora titular da turma e de uma auxiliar.

A ajudar a plantação esteve também presente o Presidente da Câmara de Mangualde, João Azevedo, que com a ajuda das crianças procedeu à plantação da primeira árvore.

Após a plantação das árvores, que fez as delícias das crianças, até porque, o tempo estava propício para as atividades ao ar livre, todos foram convidados a fazer uma visita guiada, pelo Engº António Mendes, às instalações da Adega Cooperativa, onde puderam visitar a zona de engarrafamento e o Centro Interpretativo da Vinha e do Vinho.

No final, a Adega Cooperativa, brindou todas as crianças com uma peça de fruta e uma garrafa de água, entregando ainda a cada um deles, uma pequena garrafa de vinho com a finalidade de ser entregue aos pais como presente do dia do pai, que se comemora amanhã, dia 19.

Esta iniciativa teve o apoio da Câmara Municipal de Mangualde, que doou as árvores, da COAPE que disponibilizou o fertilizante e do Agrupamento de Escolas que destacou uma turma dos seus alunos.

 MANGUALDE PROMOVE “Elos de Leitura”

 

SESSÃO DE ABERTURA REALIZOU-SE NO AUDITÓRIO DA CÂMARA MUNICIPAL

E CONTOU COM A INTERVENÇÃO DO EDIL MANGUALDENSE

Com o objetivo de promover a leitura entre os alunos das escolas de Mangualde, arrancou, na segunda-feira, 14 de março, mais uma Semana da Leitura, desta feita dedicada ao tema ‘Elos de Leitura’. A sessão de abertura realizou-se no Auditório da Câmara Municipal e contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Mangualde, João Azevedo, e com a intervenção dos alunos do Agrupamento de Escolas de Mangualde, nomeadamente, do 4º ano, da Escola Gomes Eanes de Azurara, acompanhados pela professora Helena Antunes, e da aluna Ana Margarida, do 11º ano, da Escola Secundária Felismina Alcântara. Com uma programação variada, a semana da leitura termina na próxima sexta-feira, 18 de março.

A Semana da leitura é uma iniciativa do Plano Nacional de Leitura, dirigida à rede escolar nacional, pública e privada, que tem como objetivo celebrar e incentivar o gosto pela LEITURA. A Biblioteca Municipal Dr. Alexandre Alves alia-se todos os anos a esta iniciativa, para, em conjunto com as Bibliotecas Escolares desenvolver diversas atividades. Durante toda a semana, em vários espaços, vão acontecendo leituras diferentes, por diversos intervenientes da comunidade, e muitas outras atividades.

PROGRAMA

14 de março | 2ª feira

1º tempo | Todos a Ler! (Todos os alunos)

10h00 | ‘Elos de Leitura’ – 4º D e Prof. Helena Antunes – Câmara Municipal de Mangualde

11h30 | ‘O Muro’ – Apresentação do filme realizado por alunos de Artes com a coordenação do CineClube – ESFA

14h35 | Abertura da Feira do Livro – ACO e GEA

    | Exposições:

‘Caricaturas de escritores portugueses para a infância’ – GEA

‘Internet Segura’ – ACO

‘Cadáver Esquisito’ – ESFA

18h00 | Leituras em Família – 4ºA e Prof. Zulmira Domingos

 

15 de março | 3ª feira

9h15 | Concurso ‘Leitura em voz alta’ – 5º ano – GEA

10h20 | ‘Dar voz às palavras’ – partilha de leituras entre alunos, docentes e comunidade – ESFA

                  | Concurso ‘Leitura em voz alta’ – 7º e 8º  anos – ACO

14h35 e 15h35 | Encontro com Maria do Céu Hernandez – Apresentação do livro ‘O voo da libelinha’ – ACO

15h00 | Teatro: ‘Felizmente ao Luar’ – 12º ano (Gaia)

            | Projeto Histórias Ajudaris – 2ºA e Prof. Elisa Albuquerque – GEA

16 de março | 4ª feira

9h15 | Concurso ‘Leitura em voz alta’ – 6º ano e 1º ciclo – GEA

12h00 | Concurso ‘Letra a Letra’ – prof. Vilma Silvestre – ESFA

    | Leituras em Movimento – partilha de leituras entre escolas

14h30 | Leituras Seniores – Lares de idosos – 11ºG e Prof. Cristina Matos

 

17 de março | 5ª feira

9h15 | ‘Uma árvore, um poema’ – Young Volunteam Movimenta-te+ - 10º K, 1ºE e alunos de Educação Especial

10h20 | Teatro ‘Bichos’ – Companhia Atrapalharte – 7º, 8º e Educação Especial – BM

11h00 | Encontro com Catarina Furtado – apresentação do livro ‘O que vejo e não esqueço’ – ESFA

    | Leituras em Movimento – partilha de leituras entre escolas

18 de março | 6ª feira

11h00 | teatro ‘A árvore generosa’ – Grupo de voluntários

    | ‘Lengalenguices’ – 1º ciclo e educação especial

    | Teatro ‘A Arca de Noé’ – UAM e UEEA – ACO

    | Leituras em Movimento – partilha de leituras entre escolas

E ainda…

Concurso ‘O que vejo e não esqueço’ (9º ano e Ensino Secundário)

Concurso ‘ Conta-nos uma história’ (3ºE e Prof. Armando Pinto)

´Ler em qualquer lugar’

MÚSICA, TEATRO E POESIA ENVOLVERAM EM MAIS UMA EDIÇÃO DO SEXTAS DA LUA

 

MANGUALDE ASSINALOU DIA INTERNACIONAL DA MULHER E DIA MUNDIAL

DA POESIA, COM CASA CHEIA, NUMA NOITE DE MUITA MÚSICA

Na passada sexta-feira, 11 de março, a Biblioteca Municipal Dr. Alexandre Alves, em Mangualde, encheu para mais um espetáculo musical, de teatro e poesia “Há palavras que nos beijam”, no âmbito do projeto “Sextas da Lua”. A sessão, promovida pela Câmara Municipal de Mangualde, tinha como objetivo assinalar o Dia Internacional da Mulher e o Dia Mundial da Poesia, numa noite de muita música. No evento marcaram presença os Vereadores da autarquia Maria José Coelho e João Lopes.

O momento cultural contou com a atuação do Projeto musical UNDERCOVER AGENTS FOR THE BLUES, com Andreia Nunes (voz) & Joao Roque (guitarra), que tocaram temas de Janis Joplin, Aretha Franklin, Etta James, Nancy Sinatra e tantos outros ícones. Foi ainda possível assistir à atuação do CONTRACENAS - Grupo de Teatro dos alunos do Curso Profissional de Artes do Espetáculo com poemas de António Gedeão; Cecília Meireles e Elisabete Aguiar. No final, a AMARTE - Associação pelo Movimento, Arte e Terapia brindou todos os presentes com poemas de Fernanda de Castro e João de Deus.

Três centenas de crianças dedicaram fim de semana ao desporto EM MANGUALDE

 

Futsal e Natação foram as modalidades em destaque

Como forma de incentivar e promover o desporto, a Câmara Municipal de Mangualde dedicou o passado fim de semana ao desporto para os mais novos. Três centenas de crianças participaram no Festival dos Peixinhos e Encontro de Futsal Petizes e Traquinas. 

Assim, no sábado, 12 de março, realizou-se, no Pavilhão Municipal, 3º Encontro de Futsal Petizes e Traquinas onde participaram, aproximadamente, uma centena de crianças. A prova dividiu-se pelos escalões: Traquinas Sub9 (Viriatos, Armamar, Casa do Benfica de Viseu, ABC Nelas e Gumirães), Traquinas Sub8 (ABC Nelas, Armamar, Gigantes Sport Mangualde, Viseu 2001, Gumirães e Viriatos) e Petizes Sub7 (Viriatos, Viseu 2001, Gigantes e ABC Nelas). A iniciativa foi organizada pela Associação de Futebol de Viseu em parceria com a Câmara Municipal de Mangualde.

No domingo, dia 13, as Piscinas Municipais de Mangualde acolheram mais uma edição do ‘Festival dos Peixinhos’. Em competição estiveram cerca de duas centenas de crianças que realizaram provas nos diversos estilos de Natação. Com duração de duas horas e meia, este festival destina-se aos níveis de aprendizagem AMA e CN0 da Escola Municipal de Natação, do Complexo Paroquial, da Obra Social Beatriz Pais e do Jardim de Infância de Santiago de Cassurrães. A iniciativa insere-se no Plano de Atividades Desportivas do Município e contou com a presença do Vice-Presidente da Autarquia, Joaquim Patrício.

União de Karaté Shotokan das Beiras arrecada 41 medalhas

XVIII Campeonato Nacional KPS – Karaté

Decorreu no passado fim de semana, 12 e 13 de Março de 2016, no Monte da Caparica o XVIII Campeonato Nacional de karaté da Karaté- Do Portugal Shotokan. Com a participação de perto de 600 karatecas a representar um total de 39 clubes, foram dois dias cheios de emoções para os participantes com idades compreendidas entre os 6 e os 60 anos.

O Campeonato dividiu-se em dois dias, sendo o primeiro dia para os escalões até aos 12/13 anos de idade e o segundo dia para os escalões entre os 14/15 anos até veteranos.

A UKSB (União de Karaté Shotokan das Beiras), participou neste evento, levando 23 atletas em competição dos diversos Dojos, 4 treinadores, 3 árbitros e 1 oficial de mesa. Após os dois dias de provas, os resultados apurados nas diversas provas (Kata, Kumite, Equipas Kata e Equipas Kumite) foram no total:

41 medalhas,

16 - 1º lugares (Campeões Nacionais KPS)
13 – 2º lugares (Vice-campeões Nacionais KPS)
12 – 3º lugares

Do Centro Bujutsu de Mangualde, obteve-se os seguintes resultados:

Pedro Elvas (Sub-23) – 1º jyu ippon kumite, 2º Kumite individual
Sara Elvas (Juvenil) – 1º Kumite eq., 3º Kata eq.
Joana Venâncio (Cadete) – 1º kumite, 2º kata
Guilherme Escada (Iniciado) - Estreia com excelente prestação
Gonçalo Alves (Iniciado) - Estreia com excelente prestação
Hugo Linhares (Iniciado) - Estreia com excelente prestação
Mariana Veloso (Iniciado) – 2º kata, 3º kihon ippon Kumite, 3º Kumite
Alexandra Veloso (pré-infantil) – 1º kata, 1º kata eq., 1º kumite

III FEIRA DE MARÇO EM TAVARES, MANGUALDE

DIAS 2 E 3 DE ABRIL

O Monte da Nossa Senhora do Bom Sucesso, em Tavares – Mangualde, acolhe nos dias 2 e 3 de abril a III Edição da Feira de Março. O evento, que é organizado pela União de Freguesias de Tavares, conta com o apoio da Câmara Municipal de Mangualde e tem como parceiro a Real Confraria do Porto.

MOSTRA GASTRONÓMICA, CONCURSO DE OVINOS E DO VINHO DE PRODUTOR, ATUAÇÃO DE MARIA LISBOA, ENTRE OUTROS MOMENTOS

Assim, no dia 2 de abril, pelas 17h00, tem início uma Mostra Gastronómica, acompanhada pela atuação de um Rancho Folclórico e de uma Tuna.

No dia seguinte, dia 3 de abril, a programação começa pelas 10h00 com um Concurso de Ovinos. Pelas 11h15 realizar-se-á uma Eucaristia na Capela da Nossa Senhora do Bom Sucesso. Da parte da tarde, pelas 14h00, tem lugar o Concurso do Vinho do Produtor. Pelas 14h30, a festa continua coma atuação da artista Maria Lisboa.

PROGRAMA

MONTE NOSSA SENHORA DO BOM SUCESSO

2 DE ABRIL, SÁBADO

17h00 | Mostra Gastronómica

Real Confraria do Porco

17h00 | Rancho Folclórico

17h00 | Tuna

3 DE ABRIL, DOMINGO

10h00 | Concurso de Ovinos

11h15 | Eucaristia na Capela Nossa Senhora do Bom Sucesso

14h00 | Concurso do Vinho do Produtor

14h30 | Atuação da artista Maria Lisboa

Ações de sensibilização – “Floresta Protegida 2016”

 

O Comando Territorial do Viseu através do Serviço de Proteção da Natureza e Ambiente (SEPNA) e do Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro (GIPS), no âmbito da Operação “Floresta Protegida 2016”, executa entre 14 a 20 de março nos concelhos de Nelas, Sátão e Mangualde, diversas ações de sensibilização junto das populações.

Estas ações têm como objetivo alertar para a importância de procedimentos preventivos a adotar, nomeadamente sobre o uso do fogo, limpeza e remoção de matos e manutenção das faixas de gestão de combustível, consciencializando, assim, para a problemática da defesa da floresta contra incêndios, e de incentivo às boas práticas e ao respeito pela natureza, salvaguardando também aí a sustentabilidade e o futuro da nossa floresta.

Também, complementarmente à sensibilização, os militares executarão ações de identificação de situações de incumprimento relativo à gestão de combustíveis, com o intuito de reduzir o número de ocorrências e minimizar o risco de incêndio florestal, procedendo, numa fase posterior, a ações de fiscalização.

DIA HORA  

CONCELHO

FREGUESIA/UNIÃO DE FREGUESIAS

 

15-mar 09H00 Mangualde Santiago de Cassurrães e Póvoa de Cervães
15-mar 17H00 Mangualde Mangualde, Mesquitela e Cunha Alta e Freixiosa

 

16-mar 14H30 Nelas Senhorim

 

16-mar 09H00 Mangualde Espinho; Cunha Baixa
16-mar 17H00 Mangualde Quintela de Azurara
17-mar 09H00 Mangualde Alcafache; Fornos de Macieira Dão
17-mar 17H00 Mangualde Moimenta de Macieira Dão e Lobelhe do Mato
18-mar 09H00 Sátão Romãs, Decermilo e Vila Longa
18-mar 17H00 Sátão Ferreira de Aves; Águas Boas e Forles

 

19-mar 14H30 Nelas Canas de Senhorim
20-mar 15H00 Sátão Ferreira D'Aves

Ministro da Cultura disponível para cooperar em solução para mosteiro de Mangualde

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O ministro da Cultura, João Soares, avançou hoje que está disponível para ajudar a encontrar uma solução para o degradado Real Mosteiro de Santa Maria de Maceira Dão, em Mangualde, classificado como monumento nacional.

"Saio daqui deslumbrado, mas não faço nenhuma promessa de dizer que há recursos que não há. Há sim uma disponibilidade total para cooperar e para ajudar a encontrar soluções que são de interesse nacional", alegou.

No final de uma visita ao monumento nacional, que começou a ser construído no século XII e foi terminado no século XVIII, João Soares sublinhou que se trata de uma joia soberba, de grande importância nacional.

"É um monumento absolutamente fabuloso, embora numa situação muitíssimo difícil. É inteiramente privado, mas em relação ao qual temos o compromisso de procurar ajudar a facilitar a solução de um problema, que é um problema complexo", acrescentou.

O Mosteiro, pertença da família Jorge Ferreira, será alvo de algumas obras de conservação, no valor de cerca de 500 mil euros, garantidos em fundos comunitários, de forma a que seja possível a estabilização do telhado.

"Para já, trata-se de assegurar que as coberturas sejam repostas, com a dignidade que se exige a um monumento classificado, em parte, anterior à fundação da nacionalidade. O primeiro passo é o refazer das coberturas, para assegurar que não haja derrocadas e garantir a segurança de uma intervenção posterior", descreveu.

Sobre o montante necessário para a requalificação total daquele monumento nacional, frisou que seriam precisos muitos milhões de euros, de que o Ministério da Cultura não dispõe.

"Mas talvez seja possível, mais tarde, depois desta primeira etapa vencida, encontrar uma parceria para poder transformar aquele espaço absolutamente notável num espaço de referência em termos patrimoniais e em termos de enoturismo, como diziam os proprietários", concluiu.

CMM // MAG

Lusa/fim

 

MORREU NICOLAU BREYNER

Nicolau-Breyner

Aos 75 anos de idade morreu Nicolau Breyner, um dos grandes do panorama cultural português.

"Tive um grande desgosto. um grande desgosto não só por ser um grande artista, mas um grande coração e amigo". Referiu o Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa

DISCURSO DE MARCELO REBELO DE SOUSA NA TOMADA DE POSSE COMO PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Portugal é a razão de ser do compromisso solene que acabo de assumir.
Aqui nasci, aqui aprendi com meus Pais a falar a língua que nos une e une a centenas de milhões por todo o mundo.
Aqui eduquei os meus filhos e espero ver crescer os meus netos.
Aqui se criaram e sempre viverão comigo aqueles sentimentos que não sabemos definir, mas que nos ligam a todos os Portugueses. Amor à terra, saudade, doçura no falar, comunhão no vibrar, generosidade na inclusão, crença em milagres de Ourique, heroísmo nos instantes decisivos.
É para Portugal, para cada Portuguesa e para cada Português que vai o meu primeiro e decisivo pensamento.
Feito de memória, lealdade, afeto, fidelidade a um destino comum.

Senhor Presidente da Assembleia da República, Senhor Dr. Eduardo Ferro Rodrigues,
Na pessoa de Vossa Excelência, saúdo a representação legítima e plural da vontade popular expressa na Assembleia da República. E garanto a solidariedade institucional indefetível entre os dois únicos órgãos de soberania fundados no voto universal e direto de todo o Povo que somos.

Senhor Professor Doutor Aníbal Cavaco Silva,
Ao percorrer, num imperativo exercício de memória, a longa e singular carreira de serviço à Pátria de Vossa Excelência – com uma década na chefia do Governo e uma década na chefia do Estado, que, largamente, definiram o Portugal que temos – entendo ser estrito dever de justiça – independentemente dos juízos que toda a vivência política suscita – dirigir a Vossa Excelência uma palavra de gratidão pelo empenho que sempre colocou na defesa do interesse nacional – da ótica que se lhe afigurava correta, é certo – mas sacrificando vida pessoal, académica e profissional em indesmentível dedicação ao bem comum.

Senhor General António Ramalho Eanes e Senhor Dr. Jorge Sampaio,
A presença de Vossas Excelências é símbolo da continuidade e da riqueza da nossa Democracia, linhagem na qual também se insere o Senhor Dr. Mário Soares.
Democracia que se enobrece com a presença de três ilustres convidados estrangeiros que nos honram, ao aceitarem os convites pessoais que formulei, correspondentes a coordenadas essenciais da nossa política externa.
Da origem nacional, convertida em exemplares vizinhança, irmandade e cumplicidade europeias, na pessoa de Sua Majestade o Rei Filipe VI.
Da vontade de construir um novo futuro assente numa eloquente e calorosa fraternidade, e comunidade de destino, na pessoa de Sua Excelência o Presidente Filipe Nyusi.
Da constante afirmação do nosso empenho numa Europa unida e solidária, na pessoa de Sua Excelência o Presidente Jean-Claude Juncker. Acresce a esta dimensão de Estado uma outra, pessoal, em que se juntam respeito, laços antigos e grata amizade.

Senhor Presidente,
Senhoras e Senhores Deputados,
Escreveu um Herói Português do Sec.XIX que «este Reino é obra de soldados». Assim foi, na verdade, desde a fundação de Portugal, atestada em Zamora e reconhecida urbi et orbi pela Bula «Manifestis Probatum est».
Nas batalhas da expansão continental ou da defesa e restauração da independência, como nas epopeias marítimas ou, nos nossos dias, nas missões de paz, ou humanitárias, dentro e fora da Europa. Com as nossas Forças Armadas sempre fiéis a Portugal.
Assim foi, também, em 25 de Abril de 1974, com os jovens capitães, resgatando a liberdade, anunciando a Democracia, permitindo converter o Império Colonial em Comunidade de Povos e Estados independentes, prometendo a paz, o desenvolvimento e a justiça para todos.
A quantos – militares e civis – fizeram o Portugal de sempre, como, de modo particular, a quantos – civis e militares – construíram a República Democrática devemos aqui estar, eleitos pelo Povo, em cumprimento da Constituição.
Digo bem, a Constituição. Neste mesmo hemiciclo, discutida e aprovada no meio de uma Revolução. E promulgada há quase quarenta anos, no dia 2 de abril de 1976.
Recordo, com emoção, esses tempos inesquecíveis, em que, jovem constituinte, juntei a minha voz e o meu voto a tantos mais, vindos de quadrantes tão diversos, tendo percorrido caminhos tão variados, havendo somado anos ou mesmo décadas de luta ao combate do momento.
Para que pudesse nascer a Constituição que nos rege, e que foi sendo revista e afeiçoada a novas eras.
Por isso, a Lei Fundamental continua a ser o nosso denominador comum. Todos, nalgum instante, contribuíram para, ao menos, uma parte do seu conteúdo.
Defendê-la, cumpri-la e fazê-la cumprir é dever do Presidente da República.
E sê-lo-ia sempre, mesmo que o tê-la votado, o ter acompanhado algumas das suas principais revisões e o tê-la ensinado ao longo de quarenta anos, não responsabilizassem acrescidamente quem acaba de assumir perante vós as funções presidenciais.
O Presidente da República será, pois, um guardião permanente e escrupuloso da Constituição e dos seus valores, que, ao fim e ao cabo, são os valores da Nação que nos orgulhamos de ser.
O valor do respeito da dignidade da pessoa humana, antes do mais.
De pessoas de carne e osso. Que têm direito a serem livres, mas que têm igual direito a uma sociedade em que não haja, de modo dramaticamente persistente, dois milhões de pobres, mais de meio milhão em risco de pobreza, e, ainda, chocantes diferenças entre grupos, regiões e classes sociais.
Salvaguardar a vida, a integridade física e espiritual, a liberdade de pensamento, de crença e de expressão e o pluralismo de opinião e de organização é um dever de todos nós.
Como é lutar por mais justiça social, que supõe efetiva criação de riqueza, mas não se satisfaz com a contemplação dos números, quer chegar às pessoas e aos seus direitos e deveres.
Valores matriciais da Constituição são, de igual modo, os da identidade nacional, feita de raízes na nossa terra e no nosso mar, mas de vocação universal – plataforma que constituímos entre continentes e, sobretudo, entre culturas e civilizações.
Raízes nesta terra e neste mar, que formam um verdadeiro arquipélago com três vértices – Continente, Açores e Madeira –, e abarca o Oceano que nos fez e faz grandes. Daí o podermos e devermos continuar a assumir o Mar como prioridade nacional. Prioridade nascida de uma geoestratégica e, sobretudo, de uma vocação universal – como escrevia António Lobo Antunes: «se a minha terra é pequena, eu quero morrer no mar».
Vocação universal, de Nação repartida pelos cinco continentes, em que mais de metade de nós, entre nacionais e descendentes, vive a criar Portugais fora do nosso território físico, mas dentro do nosso território espiritual.
Vocação universal, no abraço que nos liga aos povos irmãos, que partilham a nossa língua, numa comunidade aberta e inclusiva.
Vocação universal, em que a História se junta à Geografia, e em que o sermos europeus no ponto de partida e na firme vontade de participarmos na unidade europeia se enriquece com o sermos transatlânticos e, mais do que isso, podermos aproximar gentes e falas e economias e sociedades as mais distintas, sem xenofobias, intolerâncias, complexos de falsa superioridade ou de incompreensível inferioridade.
Em suma, identidade nacional feita de solo e sangue, e aposta na Língua, na Educação, na Ciência, na Cultura, na capacidade de saber conjugar futuro com passado, sem medo de enfrentar o presente.
Uma identidade vivida em Estado de Direito Democrático, representativo, mas também participativo e referendário. Plural e fraterno. Respeitador da soberania popular, da separação e conjugação de poderes, da independência da Justiça, da autonomia político-legislativa dos Açores e da Madeira e da autonomia administrativa do Poder Local.
Zeloso na proteção das liberdades pessoais e políticas, mas apostado na afirmação dos direitos económicos, sociais e culturais. E, por isso, Estado Social de Direito.
Em que a criatividade da iniciativa privada se conjuga com o relevante Setor Social, e tem sempre presente que o poder económico se deve subordinar ao poder político e não este servir de instrumento daquele.
Dito de outra forma, o poder político democrático não deve impedir, nos seus excessos dirigistas, o dinamismo e o pluralismo de uma sociedade civil – tradicionalmente tão débil entre nós –, mas não pode demitir-se do seu papel definidor de regras, corretor de injustiças, penhor de níveis equitativos de bem-estar económico e social, em particular, para aqueles que a mão invisível apagou, subalternizou ou marginalizou.
É no quadro desta Constituição – que, como toda a obra humana, não é intocável, mas que exige para reponderação consensos alargados, que unam em vez de dividir – que temos, pela frente, tempos e desafios difíceis a superar.
Temos de saber compaginar luta, no plano universal, pelos mesmos valores que nos regem – dignidade da pessoa, paz, justiça, liberdade, desenvolvimento, equidade intergeracional ou valorização do ambiente – com a defesa da reforma de instituições que se tornem notoriamente desajustadas ou insuficientes.
Temos de ser fiéis aos compromissos a que soberanamente nos vinculámos – em especial, aos que correspondem a coordenadas permanentes da nossa política externa, como a União Europeia, a CPLP e a Aliança Atlântica –, nunca perdendo a perceção de que, também quanto a elas, há sinais de apelo a reflexões de substância, de forma, ou de espírito solidário, num contexto muito diverso daqueles que testemunharam as suas mais apreciáveis mudanças. Os desafios dos refugiados na Europa, da não discriminação económica e financeira na CPLP e das fronteiras da Aliança Atlântica, são apenas três exemplos, de entre muitos, de questões prementes relevantes, mesmo se incómodas.
Temos de sair do clima de crise, em que quase sempre vivemos desde o começo do século, afirmando o nosso amor-próprio, as nossas sabedoria, resistência, experiência, noção do fundamental.
Temos de ir mais longe, com realismo mas visão de futuro, na capacidade e na qualidade das nossas Educação e Ciência, mas também da Saúde, da Segurança Social, da Justiça e da Administração Pública e do próprio sistema político e sua moralização e credibilização constantes, nomeadamente pelo combate à corrupção, ao clientelismo, ao nepotismo.
Temos, para tanto, de não esquecer, entre nós como na Europa a que pertencemos, que, sem rigor e transparência financeira, o risco de regresso ou de perpetuação das crises é dolorosamente maior, mas, por igual, que finanças sãs desacompanhadas de crescimento e emprego podem significar empobrecimento e agravadas injustiças e conflitos sociais.
Temos de cicatrizar feridas destes tão longos anos de sacrifícios, no fragilizar do tecido social, na perda de consensos de regime, na divisão entre hemisférios políticos.
Tudo indesejável, precisamente em anos em que urge recriar convergências, redescobrir diálogos, refazer entendimentos, reconstruir razões para mais esperança.
Temos de reforçar o sentido de pertença a uma Pátria, que é a mesma para todos e perante a qual só há – ou deve haver – Portugueses de igual dignidade e estatuto.
São difíceis, complexos, envoltos em incógnitas os reptos evocados?
Obrigam a trabalhos reforçados perante um mundo incerto, uma Europa a braços com tensões novas em solidariedades internas e externas, finanças públicas a não comportarem temeridades, sistema financeiro que previna em vez de remediar e não crie ostracismos ou dependências contrárias ao interesse nacional, política a ensaiar fórmulas novas, exigência de respostas mais claras, mais rápidas e mais equitativas?
Sem dúvida.
Depois da transição da revolução para o constitucionalismo, da estabilização da democracia partidária, da adesão europeia e da adoção do euro, das expectativas elevadas da viragem do século e das frustrações, entretanto, vividas, bem como da resposta abnegada dos Portugueses, esperam-nos cinco anos de busca de unidade, de pacificação, de reforçada coesão nacional, de encontro complexo entre democracia e internacionalização estratégica, dentro e fora de fronteiras e entre crescimento, emprego e justiça social de um lado, e viabilidade financeira do outro, de criação de consonâncias nos sistemas sociais e políticos, de incessante construção de uma comunidade convivial e solidária.
Nunca perdendo a Fé em Portugal e na nossa secular capacidade para vencer as crises.
Nunca descrendo da Democracia.
Nunca deixando morrer a esperança.
Nunca esquecendo que o que nos une é muito mais importante e duradouro do que aquilo que nos divide.
Persistindo quando a tentação seja desistir.
Convertendo incompreensões em ânimo redobrado.
Preferindo os pequenos gestos que aproximam às grandes proclamações que afastam.
Com honestidade. Com paciência. Com perseverança. Com temperança. Com coragem. Com humildade.
É, arrimado a estes valores e animado destes propósitos, que inicia o seu mandato o quinto Presidente da República livremente eleito em Democracia.
E, porque, livremente eleito pelo voto popular, Presidente de todos sem exceção.
Um Presidente que não é nem a favor nem contra ninguém. Assim será politicamente, do princípio ao fim do seu mandato.
Mas, socialmente, a favor do jovem que quer exercitar as suas qualificações e, debalde, procura emprego.
Da mulher que espera ver mais reconhecido o seu papel num mundo ainda tão desigual.
Do pensionista ou reformado que sonhou, há trinta ou quarenta anos, com um 25 de Abril que não corresponde ao seu atual horizonte de vida.
Do cientista à procura de incentivos sempre adiados.
Do agricultor, do comerciante, do industrial, que, dia a dia, sobrevive ao mundo de obstáculos que o rodeiam.
Do trabalhador por conta de outrem ou independente, que paga os impostos que vão sustentando muito dos sistemas que legitimamente protegem os que mais sofrem no nosso Estado Social.
Do novo e ousado talento que vai mudando a nossa sociedade e a nossa economia.
Da IPSS, da Misericórdia, da instituição mais próxima das pessoas – nas Regiões Autónomas e nas Autarquias –, que cuida de muitos, de quem ninguém mais pode cuidar melhor.
Do que, no interior ainda distante, nas Ilhas, às vezes esquecidas, nas Comunidades que povoam o mundo, é permanente retrato da nossa tenacidade como Nação.
De todos estes e de muitos mais.
O Presidente da República é o Presidente de todos.
Sem promessas fáceis, ou programas que se sabe não pode cumprir, mas com determinação constante. Assumindo, em plenitude, os seus poderes e deveres.
Sem querer ser mais do que a Constituição permite.
Sem aceitar ser menos do que a Constituição impõe.
Um servidor da causa pública. Que o mesmo é dizer, um servidor desta Pátria de quase nove séculos.
Pátria que nos interpela a cada passo. Exigindo muito mais e muito melhor.
Mas a resposta vem de um dos nossos maiores, Miguel Torga. Que escreveu em 1987, vai para trinta anos:
«O difícil para cada português não é sê-lo; é compreender-se. Nunca soubemos olhar-nos a frio no espelho da vida. A paixão tolda-nos a vista. Daí a espécie de obscura inocência com que atuamos na História. A poder e a valer, nem sempre temos consciência do que podemos e valemos. Hipertrofiamos provincianamente as capacidades alheias e minimizamos maceradamente as nossas, sem nos lembrarmos sequer que uma criatura só não presta quando deixou de ser inquieta. E nós somos a própria inquietação encarnada. Foi ela que nos fez transpor todos os limites espaciais e conhecer todas as longitudes humanas…
…Não somos um povo morto, nem sequer esgotado. Temos ainda um grande papel a desempenhar no seio das nações, como a mais ecuménica de todas. O mundo não precisa hoje da nossa insuficiente técnica, nem da nossa precária indústria, nem das nossas escassas matérias-primas. Necessita da nossa cultura e da nossa vocação para o abraçar cordialmente, como se ele fosse o património natural de todos os homens.»
Pode soar a muito distante este retrato, quando se multiplicam, na ciência, na técnica, na criação da riqueza, tantos exemplos da inventiva portuguesa, entre nós ou nos confins do universo.
E, no entanto, Torga viu o essencial.
O essencial, é que continuamos a minimizar o que valemos.
E, no entanto, valemos muito mais do que pensamos ou dizemos.
O essencial, é que o nosso génio – o que nos distingue dos demais – é a indomável inquietação criadora que preside à nossa vocação ecuménica. Abraçando o mundo todo.
Ela nos fez como somos.
Grandes no passado.
Grandes no futuro.
Por isso, aqui estamos.
Por isso, aqui estou.
Pelo Portugal de sempre!