Arquivo mensal: Novembro 2020

SANFONINAS

dr. jose
As Artes – necessárias e incompreendidas
Confesso-me fascinado com a iniciativa de as aberturas de um programa televisivo serem preenchidas, ainda que por escassos minutos, por uma coreografia. Também atuações de cantores são mui frequentemente sublinhadas por um corpo de baile. Encantam-me as interpretações coreográficas de uma Companhia Portuguesa de Bailado, por exemplo – e cito estas por serem as que melhor conheço. O coreógrafo a dar forma física a uma melodia, a imaginar os mundos, os gestos, as ideias quiçá sonhadas pelo compositor…
Diariamente se salienta, neste período pandémico, o papel imprescindível que a Arte nas suas mais diversas modalidades tem desempenhado e continuará a desempenhar. Aqueles músicos vizinhos que decidem ir para a varanda e tocam durante largos minutos para delícia da vizinhança, a distraí-la dos males quotidianos…
Encanta-me, por isso, que no concurso televisivo Got Talent (só não gosto é do anglicismo, mas isso é outra ‘música’!...) apareçam artistas circenses, bailarinos (aquele ‘menino’ português que tem dado cartas a nível mundial, António Casalinho), grupos de dança…
O filho de uma colega minha estudou violoncelo no Conservatório de Lisboa. Ao fim-de-semana lá ia ele, de comboio, a caminho de Coimbra, sempre de pé, porque no comboio não havia espaço para o violoncelo. Admiro-o e é bom ver como este instrumento está a ser cada vez adotado para acompanhar inclusive fadistas. A sua sonoridade cava empresta ao conjunto dos instrumentos melancólica profundidade quentinha…
Sónia é uma dinâmica amiga minha. Uma fura-vidas. Por isso – ou talvez não por isso, que a vida está repleta de surpresas e ainda bem, para quebrar eventuais monotonias… – dei com ela, outro dia, a mudar de casa.
– Mudaste de casa outra vez? Arrumações de novo, claro, caixotes, malas, onde é que eu vou pôr isto…
– É verdade, mas tem que ser. Digo-te, porém, uma coisa: os quadros já estão nas paredes!
Congratulei-me. No meio das confusões, queda o olhar na paisagem preferida, naquela simbiose de cores que fomentam serenidade… Bravo, Sónia!

Refazer Portugal

80715761_827821950998902_6762306409892675584_n
O ano de 2020 não tem corrido de feição por todos os motivos e mais alguns. Com a pandemia virá uma crise económica e social, esperemos que não seja agravada por mais uma crise do sistema financeiro em Portugal o que poderá demorar anos a resolver e custar mais uns valentes trocos aos contribuintes portugueses.
Para enfrentar estes enormes desafios esperava-se que houvesse coragem da parte dos políticos para a construção de uma sociedade com mais justiça social e em que a política estivesse ao serviço do bem-estar dos cidadãos ao invés de estar sempre dependente de interesses dos grandes interesses partidários (e dos calendários eleitorais!).
Assume particular importância a resiliência dos pequenos e médios empresários (e todas as famílias em geral!) que apesar da brutal carga fiscal que têm suportado nestes últimos anos, tudo têm feito para manter abertas as portas dos seus negócios, em alguns casos, sacrificando as pequenas (e já de si depauperadas) pequenas poupanças familiares. Numa análise a dez anos, a carga fiscal de Portugal foi das que mais cresceu em 2018 na OCDE tendo o país a sexta maior variação, passando de 31,7% do PIB para 35,4%. Um aumento de 3,7 pontos sem que se veja uma melhoria real dos serviços públicos.
Nesta grande viagem que é a vida, cada geração é chamada a viver tempos bons e tempos maus. Dos escombros desta pandemia devemos a todos os que lutaram diariamente por manter viva a esperança, um pais mais justo e mais equitativo, onde a meritocracia fosse uma realidade, onde houvesse uma verdadeira justiça, um sistema nacional de saúde devidamente equipado em termos humanos e materiais e liderado por gente competente…no fundo, o que devia sair desta tempestade era a oportunidade de refazer Portugal com um rumo bem definido, com todos no mesmo barco e ao mesmo nível.
A nossa memória coletiva e comunitária sabe o que de bem se fez mas também tudo o que de mal está feito. Esta pausa nas nossas vidas dever-nos-ia lembrar que todos fazemos parte de uma comunidade, uma comunidade humana diversificada e cheia de vontade de fazer um pacto intergeracional e com uma visão mais inclusiva do contributo das diversas gerações. Somos o que somos porque vivemos em comunidade, com todos os defeitos e virtudes, mas sobretudo com uma grande vontade de ser parte da mudança.
A verdadeira crise resulta da forma desproporcional como a distribuição da riqueza destrói a vida de milhares de pessoas que não encontram um futuro melhor em termos económicos e sociais. Custa-me ver alguns “abutres” a esfregar as mãos à espera dos milhões que vêm da Europa para recuperar a economia. Entristece-me ver um país que tinha tudo para ser mais rico ser liderado por gente sem capacidade para ver para além das palas partidárias e dos seus próprios interesses pessoais, veja-se o caso do hidrogénio em que vamos investir mais dinheiro que a Alemanha, pasme-se!
Muito se fala em mudança, sobretudo por alturas de celebrar o 25 de Abril, mas a verdade é que apesar dos lindos discursos feitos de chavões e frases feitas, nada se faz e continua tudo na mesma. Por mais apelas que se façam para “apurar tudo até às últimas consequências”, a verdade é que passando a espuma dos dias tudo se esquece e tudo se mantêm exatamente na mesma.
Após quase nove séculos, Portugal é e será, uma viagem que fazemos juntos e uma grande viagem é como um grande amor.

IMAGINANDO

francisco cabral
PARTE 82
Continuando com as lendas da Vila de Sintra, conta-se, e já no Século XIX, a grande rivalidade entre as gentes da Vila de Sintra e  as gentes de S.Pedro.
Isto tinha para ambos os lados, uma razão pouco digna que não devia acontecer e talvez inconscientemente, por culpa da nossa monarquia que ignorava o que se estava passando. Apenas queriam desfrutar de um bom fim de semana ou umas férias tranquilizadoras, não dando qualquer relevo ao assunto, deveras preocupante.
Era ao tempo considerada  Vila de Sintra, o centro pròpriamente dito e os seus monumentos, não dando qualquer atenção à localidade de S.Pedro, mesmo ali ao lado.
No entanto para que os Monarcas, viajantes estrangeiros, além dos viajantes das redondezas visitassem ou se dirigissem à Vila de Sintra, tinham obrigatòriamente de passar por S.Pedro, incluindo os próprios comerciantes ambulantes, que transportavam em seus albergues incómodos colchões de tufos (lã ou penas), portadores de milhares de percevejos. Quando coincidia com o dia de feira em S.Pedro, provocavam uma reação pouco digna aos vendedores de rua e proprietários das tabernas, cujas portas naquela localidade estavam voltadas para a estrada.
Havia assim um contraste que se manifestava com preocupação como se a riqueza estivesse de um lado e a pobreza imperasse no outro lado.
Ainda e com certa revolta, quando os moradores em S.Pedro queriam montar suas festas em Santa Eufêmea, tinham que pedir uma autorização para suas carroças chegarem ao Parque da Pena.
Ainda outra lenda que achei uma certa graça e passo a relatar:
Estava D.João VI na companhia de alguns fidalgos, numa caça às lebres e coelhos em Vale de Flores.
Era um dia de grande calor e após uma longa caminhada, Sua Alteza suava por todos os lados, além de ter muita sede.
A dada altura do percurso, avistou uma humilde casa e apressadamente se dirigiu para lá, pedindo um pouco de água a uma senhora, que tentava apanhar algum fresco à porta de casa.
A senhora prontamente acedeu ao pedido, mas contudo, verificou o Rei que a limpeza não abundava. Então sofregamente e quase sem respirar engoliu a água naquele imundo copo.
Após ter saciado a sede, D.João perguntou à Senhora o nome daquela localidade. Ela respondeu que ali era o Vale de Flores.
Sua Alteza fixou o rosto da senhora e disse:
A partir de hoje, decreto para esta localidade o nome de “Vale de Porcas”.

A água, o Rio Dão, a Barragem de Fagilde

aida correia
Uma crise de água é considerada uma das cinco maiores ameaças à humanidade e também uma das mas prováveis, juntamente com as alterações climáticas, os fenómenos meteorológicos extremos e a perda de biodiversidade. O aquecimento global intensifica as crises de água, que por sua vez afetam a biodiversidade, que levam à escassez de alimentos e a inevitáveis crises alimentares. É este efeito “bola de neve” que temos que aprender a combater e impedir que a interação dos vários riscos nos levem a um “colapso sistémico global”.
A Terra vista do espaço, sobressai o azul da água, já que 3/4 da sua superfície é coberta de água. Mas, na sua maioria é do mar, salgada. Apenas cerca de 3% do total da massa de água existente é água doce. E desta só 0,1% corresponde à água doce disponível para a nossa utilização. É uma quantidade ínfima, muito pequena. A percentagem de água no organismo humano é de 70%, a mesma proporçao da água no planeta Terra. Parece coincidência, mas acredito que se trata de mais um dos mistérios da Natureza, cujo equilibrio permite manter a sobrevivência da vida na Terra.
A água é um bem comum. Os seres humanos além de a utilizarem para beber, também a utilizam para a agricultura, indústria e limpeza. É preciso ter consciência que o aquecimento global e os fenómenos climáticos extremos resultam da acção humana, da forma como nos comportamos e utilizamos os recursos que a Terra nos dá. É fundamental preservar o ciclo vital da água, que no fundo significa preservar a natureza, os ecossistemas e a vida. Urge preservar os rios, reflorestar as margens, evitar desperdícios, utilizar a água de forma consciente, evitar a todo o custo a poluição. Porque a poluição é uma ameaça real à qualidade da água, à saúde pública e ao meio ambiente. Utilizar a água de uma forma sustentável deve ser a grande preocupação de uma sociedade responsável tendo em vista as gerações futuras.
A água é muito importante e só lhe damos verdadeiro valor, quando falta. Em muitos locais a água é escassa. E ricos são aqueles que a têm em abundância. Mangualde pertence ao número de terras que afortunadamente têm rios onde é possível construir barragens. Possuir uma barragem no Concelho de Mangualde é uma riqueza incalculável. Refiro-me à Barragem de Fagilde no Rio Dão. Ter esta riqueza implica a preservação da Barragem de Fagilde, um potencial activo turístico muito importante no Concelho. Mas, é preciso começar pelo princípio e não fazer tudo ao contrário. Primeiro deve preservar-se o rio (Barragem), eliminando focos de poluição e só depois atrair os turistas. Conseguidos estes resultados, então sim, construir praias fluviais, limpas e classificadas.

CONSULTÓRIO

dr. raul
QUEDA DE CABELO - Será a manifestação de alguma doença grave?
Está a perder cabelo? Quando lava a cabeça nota que a quantidade de cabelos que lhe caem é superior ao normal? Vamos ver quais os factores desencadeantes potenciais que podem levar à queda mais acentuada dos cabelos.
É normal a queda diária de cerca de uma centena de cabelos.
Eles renovam-se em permanência segundo um ritmo bem definido. Mas se os cabelos começam a cair com mais abundância, de maneira difusa (por oposição à perda de cabelos localizadas a certas zonas), é certamente por efeito de factores desencadeantes.
Quais são esses factores desencadeantes?
Um regime alimentar muito restritivo.
Um acidente grave.
Um choque psico-afectivo importante.
Um stress.
Uma anestesia geral.
Um choque operatório.
Uma febre elevada e prolongada.
Uma hemorragia.
A tomada de alguns medicamentos: quimioterapia, psicotrópicos, anti-hipertensores, anticoagulantes, anti-inflamatórios.
As variações hormonais: após a puberdade, durante os dois ou três meses a seguir ao parto, no momento da menopausa, durante os 2 a 3 meses que seguem a paragem da contracepção oral (vulgo pílula).
Uma anemia: uma carência em ferro pode atrasar o processo de renovação dos cabelos. É frequente nas mulheres, nomeadamente nas que sofrem períodos menstruais abundantes e durante a gravidez. Este factor é fácil de eliminar, pois basta fazer a determinação de um hemograma.
Uma anomalia da tiróide: um disfuncionamento da glândula tiróide traduz-se por um conjunto de sintomas não específicos como, modificação do peso, alteração do ritmo cardíaco, fadiga, etc. Assim, uma perda de cabelos associada a estes sintomas deixa supor uma origem tiroidiana. O doseamento das hormonas da tiróide permite esclarecer a situação.
Existem factores que podem desencadear uma queda de cabelos rápida e brutal (stress, anestesia geral, febre, choque psico-afectivo…) e outros uma queda mais progressiva (variação hormonal, medicamentos, anomalias da tiróide, anemia…).
Se a queda é difusa, basta eliminar ou tratar o factor desencadeante para que tudo normalize. Quando tal não é possível o seu médico vai ter que investigar outras causas que possam estar na origem dessa queda.
Existe uma queda de cabelos que é localizada a certas zonas: trata-se geralmente de uma pelada ou de uma alopécia que necessita sempre de uma consulta médica.
Por fim, as agressões ao couro cabeludo podem estar na origem de queda de cabelos localizada: produtos químicos (corantes, permanentes, frisantes ou desfrisantes), entrançados ou carrapitos muito apertados.

MANGUALDE CELEBRA “FEIRA DOS SANTOS À MESA”

Devido à pandemia que o mundo atravessa, a “Feira dos Santos” em Mangualde, com mais de 300 anos de história, foi adiada pela primeira vez para 2021, tendo como principal preocupação a saúde pública. Contudo, o Município de Mangualde não deixa de relembrar esta efemeride, adaptando-se ao mundo atual pandémico e celebrando de forma segura com a também já tradicional “Feira dos Santos à Mesa”. Em conjunto com vários restaurantes locais, a “Feira dos Santos à Mesa” proporcionará uma celebração de forma adaptada da festividade comemorada há tantos anos no município. O evento decorrerá nos dias 7 e 8 de novembro nos restaurantes que aderiram sempre ao longo dos anos, adaptando a sua atividade, de acordo com as regras da DGS. A “Feira dos Santos à Mesa” comemora-se através da gastronomia típica desta festividade, dando enfase a produtos gastronómicos locais, como enchidos da região, rojões à moda de Mangualde, febras à Feira dos Santos, requeijão com doce de abóbora, queijo da serra e ainda o vinho do Dão.

“APOIE A ECONOMIA LOCAL – COMPRE NO COMÉRCIO TRADICIONAL DE MANGUALDE”

CAMPANHA JÁ MOBILIZOU MAIS DE 500 MIL EUROS EM COMPRAS NO COMÉRCIO LOCAL/TRADICIONAL
Sorteios dos vouchers têm decorrido mensalmente.
No âmbito do Programa de apoio às Famílias, Empresas e Instituições, a Câmara Municipal de Mangualde e a AEM – Associação Empresarial de Mangualde lançaram em junho o concurso “Apoie a Economia Local – Compre no Comércio Tradicional de Mangualde”. A iniciativa, que se estende até dezembro, tem como objetivo revitalizar e alavancar o reinício da atividade económica no concelho. Para o efeito são disponibilizados prémios em vales de compras, não convertíveis em dinheiro, para usar no comércio tradicional.
Até à data, o concurso já mobilizou mais de 500 mil euros em compras no comércio local/tradicional, uma vez que já foram adquiridas mais de 50 mil senhas para o concurso. Cada 10,00€ de compras dá direito a uma senha. Os sorteios têm decorrido mensalmente, tendo hoje mesmo decorrido o quarto sorteio.
O concurso, que visa incentivar e dinamizar o comércio tradicional, disponibiliza dois mil euros de estímulo por mês, durante seis meses (de julho a dezembro), num total de 12 mil euros, em que o prémio mensal se desmultiplica em 20 vouchers de 100€ cada para aplicar em compras no comércio tradicional de Mangualde.
Elísio Oliveira, Presidente da Câmara Municipal de Mangualde, sublinha que “esta iniciativa está a revelar-se um sucesso e com ela estamos a promover e a potenciar o nosso comércio tradicional, mobilizando os seus comerciantes, que neste momento são mais de uma centena, e envolvendo os clientes, estimulando a população a fazer compras a nível local. Assim dinamizamos a economia local e, ao mesmo tempo, revitalizamos a cidade e as vivências sociais”.

COVID-19

elisio
Face ao aumento de casos que se tem verificado nas últimas semanas, no passado sábado, dia 31 de outubro, reuniu o Conselho de Ministros extraordinário, no qual foram determinadas novas regras e normas a aplicar por com vista ao combate da pandemia no nosso país.

Deste Conselho de Ministros foi emitido o seguinte comunicado:
“1. O Conselho de Ministros aprovou hoje (31/10) a resolução que renova a situação de calamidade em todo o território nacional continental, das 00h00 do dia 4 de novembro de 2020 até às 23h59 do dia 15 de novembro de 2020, e, face à situação epidemiológica que se verifica em Portugal, alargam-se a outros concelhos as medidas especiais que tinham sido estabelecidas para os concelhos de Felgueiras, Lousada e Paços de Ferreira, introduzindo-se ainda algumas alterações adicionais.
As medidas especiais adotadas para aqueles concelhos passam a abranger novos concelhos tendo em consideração os seguintes critérios: em primeiro lugar, um critério quantitativo, em função do número de casos por cada 100.000 habitantes; um segundo critério, qualitativo, em função da proximidade com um outro concelho que preencha o critério quantitativo.

Desta forma, determina-se:
o dever de permanência no domicílio, devendo os cidadãos abster-se de circular em espaços e vias públicas, bem como em espaços e vias privadas equiparadas a vias públicas, exceto para o conjunto de deslocações já previamente autorizadas, às quais se juntam as deslocações para atividades realizadas em centros de dia, para visitar utentes em estruturas residenciais para idosos e para pessoas com deficiência, unidades de cuidados continuados integrados da Rede Nacional de Cuidados Integrados ou outras respostas dedicadas a pessoas idosas, bem como as deslocações a estações e postos de correio, agências bancárias e agências de corretores de seguros ou seguradoras e as deslocações necessárias para saída de território nacional continental;
determina-se, como regra, que todos os estabelecimentos de comércio a retalho e de prestação de serviços, bem como os que se encontrem em conjuntos comerciais, encerram até às 22h00;
define-se as 22h30 como hora de encerramento dos restaurantes;
passa a prever-se que o presidente da câmara municipal territorialmente competente possa fixar um horário de encerramento inferior ao limite máximo estabelecido, mediante parecer favorável da autoridade local de saúde e das forças de segurança;
determina-se a proibição da realização de celebrações e de outros eventos que impliquem uma aglomeração de pessoas em número superior a cinco pessoas, salvo se pertencerem ao mesmo agregado familiar e determina-se a proibição da realização de feiras e mercados de levante, sendo permitidas as cerimónias religiosas e espetáculos de acordo com as regras da Direção Geral da Saúde;
prevê-se a obrigatoriedade de adoção do regime de teletrabalho, independentemente do vínculo laboral, sempre que as funções em causa o permitam, salvo impedimento do trabalhador;
determina-se que o regime excecional e transitório de reorganização do trabalho (constante do DL 79-A/2020) é aplicável às empresas com locais de trabalho com 50 ou mais trabalhadores, nas áreas territoriais dos concelhos identificados no anexo II da RCM (atualmente este regime era aplicável às áreas metropolitanas de Lisboa e Porto).
(…)

Para além das medidas excecionais acima descritas, limita-se a seis o número de pessoas em cada grupo em restaurantes, para todo o território nacional, salvo se pertencerem ao mesmo agregado familiar.
No restante território nacional continental continua a aplicar-se o regime da situação de calamidade que se encontrava definido.
2. Foi aprovado um decreto-lei que aprova as seguintes medidas excecionais e temporárias, no âmbito da pandemia da doença Covid-19:
aprova um regime excecional de contratação de profissionais de saúde para as unidades de cuidados intensivos do Serviço Nacional de Saúde;
aprova um regime excecional de contratação de enfermeiros aposentados para exercício de funções nas unidades de saúde pública das Administrações Regionais de Saúde, I.P. e das Unidades Locais de Saúde, E.P.E.;
aprova um regime excecional aplicável aos mandatos dos titulares dos órgãos máximos de gestão das unidades de saúde que integram o Serviço Nacional de Saúde;
cria a declaração provisória de isolamento profilático preventivo sequência de contacto com o Centro de Contacto do Serviço Nacional de Saúde (SNS24);
estabelece um regime excecional e temporário de teletrabalho obrigatório, salvo impedimento do trabalhador, nos territórios a definir por Resolução de Conselho de Ministros;
estende o limite máximo de duração do serviço efetivo em regime de contrato no âmbito militar até 30 de junho 2021;
prorroga o prazo de informação do registo de fundações até 31 de dezembro de 2020.”

EM MANGUALDE
A situação epidemiológica no concelho de Mangualde, a exemplo do que se vem a verificar em todo o país, também continua a aumentar. Apesar deste aumento, salientar, que Mangualde não se encontra, para já, na lista dos 121 concelhos aos quais foram aplicadas medidas excecionais de combate à Covid-19, todavia, o cuidado e o cumprimento das normas de segurança são essenciais para bem e segurança de todos.
À hora de fecho desta edição, o concelho de Mangualde conta com 69 casos ativos de infeção por Covid-19.

SAÚDE EM MANGUALDE - PROLONGAMENTO DE HORÁRIOS
Em meados de março, devido à pandemia provocada pelo Covid-19, o SAP de Mangualde fechou portas, deixando os habitantes do concelho bastante apreensivos no que à saúde diz respeito.
Durante a noite deixou de haver resposta e durante o dia os horários nem sempre são fáceis de cumprir e casos mais simples, como por exemplo, um corte num dedo, que precise de um ou dois pontos, ou a troca de uma sonda nasogástrica, são obrigados a dirigir-se ao Hospital de São Teotónio, contribuindo grandemente para o aumento de casos que a urgência daquela unidade de saúde distrital recebe e todos os transtornos que daí possam surgir como, horas intermináveis de espera ou deslocação de vários quilómetros.
A resposta nos Centros de Saúde, seria benéfica, visto que, o aumento de casos de Covid-19 e a chegada do frio irão trazer uma sobrecarga desnecessária ao HST.
Em declarações à comunicação social, Elisio Oliveira, Presidente da Câmara Municipal de Mangualde referiu que “ nas últimas conversações com os responsáveis da ARS (Administração Regional de Saúde) e do ACES (Agrupamento dos Centros de Saúde) Dão Lafões, vão arrancar durante o mês de novembro novos horários, mais 2 h por dia e o funcionamento das 9h às 15h𝗌aos sábados e feriados”. Este, é apenas um pequeno passo, frisou novamente Elisio Oliveira, acrescentando que “mantemos a exigência e a postura de que queremos a abertura do SAP 24h por dia, 7 dias por semana”. Elisio Oliveira reforça ainda a sua postura referindo que “Mangualde tem uma população envelhecida e vulnerável mas, tem empresas que todos os dias criam riqueza para o país, por isso, o país tem que ter retorno em matéria de saúde, que é a primeira resposta que o país deve dar às pessoas do interior”.
Também Marco Almeida, Presidente da União de Freguesias de Mangualde, Mesquitela e Cunha Baixa mostrou a necessidade do SAP de Mangualde retomar o seu funcionamento normal “a ausência de serviços de saúde em Mangualde das 8 da noite às 8 da manhã, provoca uma sensação de insegurança às pessoas, privando-as de um acesso e de uma resposta ao serviço de saúde e ao mesmo tempo sobrecarregando o HST em Viseu”, frisou.
Fique então a informação que Mangualde conta desde já com um alargamento de horário nos seus serviços de saúde, não se sabendo para já, quando é que estes serviços irão funcionar novamente na sua plenitude.

biblioteca municipal de mangualde atualiza normas de utilização

Plano de serviços COVID-19, acompanhando a evolução da pandemia
A Biblioteca Municipal de Mangualde atualiza as suas medidas de proteção de combate ao vírus da COVID19, após a realização de duas primeiras fases em maio, para a continuação segura dos seus serviços ao público, entra agora na sua terceira fase de controlo dos seus serviços para proteção da saúde dos seus funcionários e utilizadores de acordo com as medidas da DGS.
Fruto de um cuidadoso acompanhamento do conhecimento da forma como lidar com a situação em que vivemos, há dois aspetos que se alteram: o número de dias de quarentena dos livros, que passam para 3 dias (está provado que o vírus não sobrevive a mais do que isso) e, com a possibilidade de aceder ao manuseamento dos livros, uma vez que o espaço conseguiu aumentar o número de lugares sentados das salas de leitura.
Mantêm-se obviamente todas as regras de distanciamento e higiene social já adotadas, delimitação do espaço e reforço de todos os cuidados e orientações da DGS.